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29 de abr. de 2009

As I Lay Dying - This Is Who We Are (DVD)


Uma das minhas bandas prediletas no momento lançou no dia 14 de abril (por enquanto apenas no states) seu primeiro DVD. Faz um tempão que eu aguardava esse registro oficial ao vivo do As I Lay Dying. This Is Who We Are é um DVD triplo contendo um documentário sobre a banda, uma porção de extras (todos os vídeo-clipes e algumas perfomances ao vivo extras) e um show ao vivo. Aliás, vários shows ao vivo. Achei esquisito quando, assistindo ao DVD do show, de cara a banda tocasse numa igreja, para poucas pessoas, praticamente sem palco e com a iluminação de luzes de natal no fundo. Pensei: "o Killswitch Engage faz um show numa arena lotada e o AILD faz só isso?". Foi quando entendi que não seria apenas um show, mas uma jornada pelo passado da banda! No primeiro show, na Igreja da Comunidade de Seacost, na Califórnia, a banda executa músicas de seus primeiros trabalhos. Para o DVD fora escolhidas duas (Falling upon deaf ears e Forever). Na sequência passamos ao pub Jumping Turtle, em San Diego, onde a banda executa do início ao fim o álbum Shadows Are Security para 250 pessoas, com duas músicas escolhidas para o DVD (Meaning in tragedy e Darkest nights, em perfomances explosivas). No momento seguinte, o DVD pula para seu ápice, com o show no The Grove, para 1.700 pessoas, onde a banda executa na íntegra seu último álbum An Ocean Between Us. Durante todo o DVD os integrantes tagarelam que consideram esse álbum seu melhor trabalho, coisa que eu e a maioria dos fãs com certeza discorda. Mas vá lá... é um puta disco, que fica ainda melhor executado ao vivo com as músicas coladinhas umas nas outras. São oito faixas tocadas para um público insandecido. Depois do show, já começava a ficar um gostinho esquisito na minha boca... Ainda estava faltando algo... Mas o algo veio! Nos depoimentos finais (depoimentos esses que permeiam o DVD inteiro), os integrantes falam sobre grandes shows, tocados para públicos de até 80.000 mil pessoas, como o maior festival de metal do mundo, o Wacken Open Air, na Alemanha, de onde temos duas perfomances ao vivo da banda (o clássico Through struggle e Confined), do With Full Force, também na Alemanha, com uma faixa (Reflection) e ainda do festival americano Cornerstone, com a música que chamou a atenção da mídia para a banda no início da carreira, 94 hours. Caralho! Muita informação, que só vai ser bem processada para aqueles que entendem um pouco de inglês, afinal o DVD mistura em partes iguais show e documentário. No final fica de conclusão que a espera valeu a pena. This Is Who We Are é isto o que o As I Lay Dying se tornou: um dos grandes nomes do metal do novo milênio.

Mais informações aqui e aqui. Gostou do AILD? Não deixe de conhecer a Sobre o Fim.

16 de abr. de 2009

Revival!

Nesses tempos os japoneses resolveram ressuscitar dois de seus animês de maior sucesso em todos os tempos: Dragon Ball e Fullmetal Alchemist. Eu vi os primeiros episódios de cada um e falo o que achei logo abaixo. Como não tenho falado muito de rock por aqui, falo também da continuação do maravilhoso documentário Metal - Uma jornada pelo mundo do Heavy Metal, Global Metal, e ainda do novo CD da banda capixaba Dead Fish, Contra todos. Um verdadeiro revival de informações, afinal trouxeram de volta do meu passado DBZ, FMA e DF!

Nostalgia
Em 1999 eu começava a assistir o animê que me colocaria no mundo dos animês, Dragon Ball Z. Entenda: antes disso eu (como tantos outros adolescentes brasileiros na época) já havia sido fisgado por outro furacão chamado Cavaleiros do Zodíaco, mas DBZ foi "a gota d'água", por assim dizer. Nessa época, a novidade que acabava de chegar ao Brasil já completava 10 anos no Japão. 20 anos depois do lançamento de Dragon Ball Z, chega às TVs do oriente Dragon Ball Kai. Não se trata da tão esperada e especulada continuação de Dragon Ball GT (animê que sucedeu DBZ), mas da revitalização de Dragon Ball Z. O animê original tinha 291 episódios, que foram remasterizados e serão lançados em alta definição. E o melhor: o próprio criador do mangá que originou a série, o genial Akira Toriyama, está editando a série, e já anunciou que essa nova versão terá apenas 100 episódios, ou seja, 191 episódios foram enxugados! Você que não viu DBZ talvez ache isso um cúmulo, mas todos os amantes da série adoraram a novidade. O motivo é simples: como a maioria dos animês shonen, DBZ tinha muita ENROLAÇÃO, que, esperamos, será limada dessa nova versão. Eu vi o primeiro episódio e, apesar de um estranhamento inicial (lembre-se, esse desenho animado é de 1989), até gostei do resultado. A maneira como o mestre Toriyama alterou a ordem de alguns fatos no início do episódio para aumentar a dramaticidade deu um calafriozinho bom, que compensou o traço antigão do animê. Para mim só faltou uma remasterização da abertura original com o classicaço Cha-la Head-cha-la e a maravilhosa dublagem nacional (Goku com voz de mulher no original dói de ouvir...). Nada melhor do que isso para esquecer a tenebrosa adaptação de cinema que estreou esse dias...

A volta da irmandade de metal
Outra volta que animou os fãs japoneses foi a dos personagens de Fullmetal Alchemist. Considero-me suspeito para falar da série, que na minha opinião é um dos melhores desenhos animados em série de todos os tempos (veja bem, eu falei DESENHO ANIMADO e não ANIMÊ, ou seja, incluo tudo de animação que já vi). Fullmetal Alchemist: Brotherhood não é um remake e muito menos uma continuação do original. Ao que parece, o animê parte do ponto onde a animação original difere do mangá. A princípio fiquei um pouco apreensivo com essa versão, afinal é difícil mexer no que é quase perfeito. Sem contar que o final do original (que na verdade terminou num belíssimo filme) para mim é irretocável, e já sei que é bem diferente do final do mangá (que eu só tive oportunidade de ler as três primeiras edições). Ao assistir a nova série, fui rapidamente teletransportado novamente para o universo de FMA. Nem lembrava como tinha gostado do animê. Está tudo lá: os dois cativantes personagens principais com a dublagem original e todos os outros detalhes da intricada trama. Novatos talvez se sintam desconfortáveis de início, por que são jogados dentro do universo sem muitas explicações, mas aos poucos devem ser integrados a história, já que no segundo episódio saberemos mais sobre as motivações de Edward e Alphonse Elric. A animação é simplesmente sensacional, bem melhor do que a já ótima animação original. O primeiro episódio tem cenas de ação muito empolgantes, mas sem sombra de dúvida foca mais no humor, única coisa que estranhei. Fico aguardando o drama que tão bem caracterizou a primeira série nos próximos episódios (e tomara que ele venha mesmo).

Metal pelo mundo
No meu blog antigo falei sobre o maravilhoso documentário Metal - Uma jornada pelo mundo do Heavy Metal (Metal - A headbanger´s journey), apresentado pelo antropólogo canadense Sam Dunn. Quatro anos depois, Dunn viaja ao mundo procurando pelo metal dentro da cultura dos mais diversos países. Mais uma vez o documentarista acerta em cheio no filme, e nos revela curiosidades sobre como pessoas de países extremamente fechados ao estrangeiro têm acesso a um dos estilos musicais mais discriminados do planeta. E a primeira parada é o Brasil, representado principalmente pela banda Sepultura (de quem Dunn é fã), e ainda com entrevistas a integrantes do Angra e do lendário Carlos Lopes, do Dorsal Atlântica (se você gosta de metal e hardcore TEM que conhecer essa banda, a pioneira da junção desses dois gêneros aqui no Brasil). A viagem ainda passa pelo Japão, destacando uma banda que os otakus conhecem bem: X-Japan. E se no primeiro filme o metal norueguês chamou atenção com seu fanatismo religioso, ele faz mais uma macabra participação numa história do metal israelense...

Contra todos (mesmo!)
A banda de hardcore capixaba Dead Fish recuperou seus pontos comigo com seu novo álbum, Contra todos. É o velho feeling de Rodrigo e cia de volta, com uma guitarra apenas, muitíssimo bem conduzida, num álbum direto, que em muito me lembrou o DF que conheci na época do seu álbum mais maduro da fase independente, Afasia. As letra continuam (afinal nunca deixaram de ser) belíssimas poesias urbanas. E o peixe morto realmente é uma daquelas bandas que deveria ser mais conhecida e mais escutada... Mesmo no mainstream o peixe continua fazendo o mesmo hardcore barulhento, contra todas as expectativas! Recomendadíssimo, para aquelas horas em que você quer esmurrar alguém.

6 de abr. de 2009

Quem quer ser um vampiro adolescente?

Fala, moçada! Antes tarde do que nunca, venho falar um pouco sobre minhas duas últimas experiências no cinema: Crepúsculo e Quem quer ser um milionário?. De bônus, comento o DVD Watchmen - Contos do Cargueiro Negro.

Malhação vampírica

Fiquei muito desapontado com a versão cinematográfica do best-seller Crepúsculo (Twilight), de Stephenie Meyer. Não que eu esperasse muita coisa de um filme da mesma diretora de Aos Treze (já vi várias boas críticas desse filme na Internet... eu sinceramente NÃO recomendo), mas cheguei a ler as primeiras páginas do livro e tenho a obrigação de dizer que ele é bem decente. Sou obcecado por romances de vampiros e achei muito interessante a forma como a autora escreve. Não é uma Anne Rice, mas prefiro os adolescentes lendo esse livro do que assistindo Malhação. Acontece que o filme acabou se tornando mesmo uma Malhação com vampiros... Faltou ao filme a ousadia que sobra no livro, e tive a impressão de estar assistindo uma produção da Globo... Os efeitos especiais me deixaram extremamente sem jeito de tão primários, algo estranho para uma adaptação de um dos livros do momento... Talvez o problema não seja esse, e eu apenas esteja velho demais para ver vampiros em um filme tão iluminado e colorido...


Cidade das Índias

Você já viu algo da novela global Caminho das Índias? Nos poucos relances que tive oportunidade de ver, percebi uma Índia rica e colorida, onde repentinamente as pessoas começam a dançar a dança do ventre na sala de casa, sem motivo aparente nenhum... Já em determinado momento do filme Quem quer ser um milionário? (Slumdog Millionaire), o carro de um grupo de turistas é assaltado, e o personagem principal exclama para eles: "Você não queria conhecer a verdadeira Índia? Essa é a verdadeira Índia!". Esse é apenas mais um dos momentos belíssimos do novo filme de Danny Boyle, que conta a história de Jamal, um jovem que está preste a ganhar um prêmio milionário em um programa de perguntas na televisão (leia-se: Show do Milhão). Só que tudo isso não passa de um mcguffin para mostrar o lado pobre de Mumbai e os desafios que Jamal e seu irmão mais velho encararam durante seu duro amadurecimento. Difícil não comparar o filme ao clássico Cidade de Deus... Também pudera, com uma belissíma fotografia, uma edição moderna e um ótimo roteiro Quem quer ser um milionário? se diferencia pelos detalhes que te lembram que você está na capital indiana: o amor dos indianos pelo cinema e pelo cricket, os maiores call centers do mundo (você sabia disso?), o Taj Mahal... Vencedor de oito Oscar, a película trouxe reconhecimento no tempo certo para o inglês Danny Boyle, diretor de filmes como o cult Trainspotting - Sem limites e do incompreendido A praia. Melhor que isso tudo só a coreografia do elenco no final do filme, como em todo bom musical de Bollywood.

CURIOSIDADE:
da mesma forma que Crepúsculo, Quem quer ser um milionário? também é uma adaptação de um livro para o cinema.


Mais Watchmen


Assisti nesses dias os dois "complementos" de Watchmen - o filme: Contos do Cargueiro Negro (Tales of the Black Freighter) e Sob o capuz (Under the hood). Em Contos do Cargueiro Negro, temos a HQ que estava dentro da HQ Watchmen, com a macabra história de um náufrago, aqui em formato de animação, com o personagem principal dublado por Gerard Butler (o Leonidas, de 300). Dentro do quadrinho essa história faz todo o sentido do mundo, mas sozinha não faz tanto assim... Já Sob o capuz é um interessante documentário que se aprofunda no mundo de Watchmen a partir da visão de Hollis Mason, o primeiro Coruja. Na verdade, o documentário é uma forma de compensar a falta que os trechos do livro de Mason (que também tem o nome de Sob o capuz) fazem no filme. Os dois têm pouco mais de 20 minutos e se juntarão ao filme na versão do diretor, que terá uma hora a mais e sairá no futuro DVD do filme. Eu sinceramente recomendo que você vá o cinema e assista ao filme e, caso você ainda não tenha lido a HQ, só veja esses complementos já inseridos nessa montagem final em DVD. Com certeza vai dar uma base bem melhor do que é a HQ (mas só uma base, pois a experiência da HQ você só sente LENDO a HQ). Se mesmo assim quiser ver esses curtas, ambos sairão no Brasil no fim desse mês em um DVD.