tag:blogger.com,1999:blog-386961132024-03-13T15:23:47.144-03:00Zé WellingtonEscritor e quadrinista.Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.comBlogger155125tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-10646009913712716712023-07-16T11:14:00.001-03:002023-07-16T11:14:19.374-03:00"Assombros" é um dos ganhadores do Prêmio LeBlanc<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGJqskTYN1wo9b5hbdXtIdGSM9ug9BbmjbKAA77WqM8kXsqnNnHeiggdnIB-_B8c9IGmL_e3U0ZTlCswWisOiw36yF7iIY2030HI-8EJy4XzoLpZ_AYHSa8tTE9-IlIucq_CKuj5vmbs_LUTXl23bJXNgnF9mL7sJ6x9WitNa-u5cFsAWaI8ejww/s1080/Assombros%20PremioLeblanc%20Vencedor.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGJqskTYN1wo9b5hbdXtIdGSM9ug9BbmjbKAA77WqM8kXsqnNnHeiggdnIB-_B8c9IGmL_e3U0ZTlCswWisOiw36yF7iIY2030HI-8EJy4XzoLpZ_AYHSa8tTE9-IlIucq_CKuj5vmbs_LUTXl23bJXNgnF9mL7sJ6x9WitNa-u5cFsAWaI8ejww/w640-h640/Assombros%20PremioLeblanc%20Vencedor.png" width="640" /></a></div><p> </p><p>Meu livro de contos <i><b><a href="https://www.zewellington.com/p/assombros.html">Assombros</a></b></i> foi anunciado como um dos vencedores do <b>Prêmio LeBlanc</b>, na categoria de antologia/coletânea nacional inédita de fantasia, ficção científica e terror publicada em 2022! <br /><br />Gostaríamos de agradecer aos organizadores e jurados do prêmio pela oportunidade e, principalmente, a todos os leitores e amigos que votaram na primeira fase do prêmio. Como uma obra publicada através de financiamento coletivo, <i>Assombros</i> já nasceu do esforço e vontade de um monte de pessoas que apoiam e acreditam nas palavras que este escritor escreve, mesmo quando elas são histórias escabrosas de fantasia, ficção científica e terror. Esse prêmio é nosso!<br /><br />Lembrando que o livro continua à venda <a href="https://editoradraco.com/produto/assombros-ze-wellington/" target="_blank">no site da Editora Draco</a>, <a href="https://amzn.to/3rtHSVR" target="_blank">na Amazon</a> e <a href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/Assombros/p/463514355/category=0">diretamente comigo</a>. Garanta agora mesmo seu exemplar da primeira tiragem do livro!<br /></p><p></p>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-46050302770431115652023-02-25T11:02:00.004-03:002023-02-25T11:02:59.255-03:00Zona de Perigo: devo fazer a dancinha da vez? (lista do Zé #40)<p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Gdg4hzdYF_SsVZhprOUJPe2aQiASrU7mijYrty3zJ61VO-kMUyeFfTiif9OE8_yU4ZCsmMioms57dXDo0MZiHx4RIqPlvg4myfSc9lufa8oYbX58_RKMkL41F4F-JTir9Qpe05c7iWFilgwaNZyhoD-FTVp1o0F0GWj7W21qv8goTZ8DusE/s940/zonadeperigo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="442" data-original-width="940" height="188" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Gdg4hzdYF_SsVZhprOUJPe2aQiASrU7mijYrty3zJ61VO-kMUyeFfTiif9OE8_yU4ZCsmMioms57dXDo0MZiHx4RIqPlvg4myfSc9lufa8oYbX58_RKMkL41F4F-JTir9Qpe05c7iWFilgwaNZyhoD-FTVp1o0F0GWj7W21qv8goTZ8DusE/w400-h188/zonadeperigo.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/criancas-de-uganda-que-viralizaram-fazem-coreografia-de-zona-de-perigo/" target="_blank">Crianças de Uganda que viralizaram fazem coreografia de "Zona de Perigo".</a></td></tr></tbody></table></p><p>Uma das questões que tem me atormentado mais como escritor nos
últimos anos é essa coisa do marketing. Vale dizer que “essa coisa de
marketing” não é exatamente um bicho-papão para mim. Na real, é
basicamente meu objeto de estudo e de trabalho desde que me formei em
administração (pois é, mas pelo menos não uso sapatênis) no agora
longínquo ano de 2007. Por anos, fui sócio de agência de publicidade e
prestei serviços como consultor de marketing digital. Então essa coisa
de se promover na Internet era pra ser moleza, certo?</p><p><span>Para
contribuir com esse quadro, vez por outra sou alvo de anúncios nas redes
sociais de escritores que prometem ensinar como fazer meu livro chegar a
muitos leitores, como ganhar muitos seguidores, como gerar o tal do
engajamento etc. Também não canso de ler por aí que algumas editoras
(não todas) estão cada vez mais analisando a presença nas redes sociais
de escritores e artistas, em detrimento do quanto sua obra é boa mesmo. O
mesmo para gravadoras com músicos e até mesmo empresas procurando novos
empregados. Será que é isso mesmo? Será que é melhor separar uma parte
do meu limitado tempo para fazer </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=KsnwWgTp8Ac" rel="nofollow ugc noopener">a dancinha do Leo Santana</a><span> e entrar na trend da vez?</span></p><p><span>Bom,
eu preciso ser sincero, como profissional de marketing, e dizer que
SIM, ter um público engajado nas redes sociais e muitos seguidores vai
ajudar você como autor. Inevitavelmente as editoras vão se interessar
mais no seu trabalho se você for gigante no seu perfil no Twitter ou
Instagram, porque os risco de publicação do livro já começam bem
menores. E, convenhamos, por mais legais que alguns editores possam ser,
eles precisam tipo… VENDER LIVROS. Coisa que já não lá muito fácil,
diga-se de passagem. Então se você é uma pessoa que tem recursos para
contratar um profissional de marketing (de repente colocar isso em seu
orçamento </span><a href="https://zewellington.substack.com/p/2444145_janeiro-2017-lista-do-z-12" rel="nofollow ugc noopener">numa inscrição de edital</a><span> ou na sua </span><a href="https://zewellington.substack.com/p/5195207_maio-2022-lista-do-z-37" rel="nofollow ugc noopener">campanha de financiamento coletivo</a><span>),
vai fundo, isso vai te ajudar bastante. O conselho vale também para
você que se sente à vontade ou tem habilidades em manipular as redes
sociais da vez, como o Tik Tok e o Instagram. Se mexer nessas coisas é
uma coisa natural para você, se você tem tempo e, sei lá, de repente até
gosta de fazer isso, manda brasa!</span></p><p><span>“Então é isso,
tenho que me dedicar mais às redes sociais?” Não, não foi isso que eu
falei lá em cima. Eu disse que esse é um caminho massa SE, e apenas SE,
você tem os recursos ou se sente à vontade para isso. Quando eu era um
consultor na área de marketing, sempre tinha esse papo com meus
clientes, quase sempre pequenos empresários. Os clientes sempre traziam
exemplos de concorrentes que usavam bem as redes sociais, que faziam </span><em>stories</em><span>
de tudo, até da vida pessoal, e de como isso poderia converter em
vendas. E eu ia lá e falava que era isso mesmo, que essa lógica fazia
sentido, mas que isso não significava que esse era o melhor caminho para
todos. Se estar nas redes sociais exige de você um grande esforço, se
isso pode inclusive te ADOECER, então significa que esse NÃO é o caminho
para você. Na real, quanto mais minha existência nesse planeta se
prolonga, mas eu percebo que qualquer coisa que eu faça em prol do
capitalismo e que me adoeça não é bom.</span></p><p>Chegar a essas conclusões de alguma forma me libertou nos últimos
anos. Se qualquer autor já se cobra sobre presença nas redes sociais,
imagina eu, que já trabalhei com isso? No meu caso (e aí, veja bem, não
sei se é o melhor para você, analise com moderação as palavras
seguintes), tenho cada vez menos me dedicado a movimentos em redes
sociais que me tomam tempo demais ou que eu simplesmente eu não curta
fazer. Isso transformou minhas redes sociais num amontoado de posts de
divulgação estáticos e, aqui e acolá, uma foto da minha família. E tudo
bem.</p><p><span>Mas, olha só, quando uma ideia para um conteúdo vem e
eu sinto que vou curtir fazê-la, eu me programo para executar aquilo. É
cada vez mais raro, mas vez por outra eu faço um </span><em>reel</em><span>
para o Instagram (ainda não criei coragem para entrar no Tik Tok, mas
talvez seja só a velhice me deixando mais rabugento). Me dedicar menos
às redes sociais provavelmente vai fazer com que as coisas aconteçam de
forma muito mais lenta do que com outros autores, mas pelo menos vai
fazer com que eu siga o caminho da escrita, já bem tortuoso, de um jeito
mais leve. Vale também a reflexão (e que merece um texto à parte no
futuro): como vou me divulgar? Se você não sente que tem as sacadinhas
rápidas para </span><em>hitar</em><span> no Twitter, pode fazer posts
fotográficos no Instagram. Se não manja de fotografia, pode indicar
filmes legais em posts no Facebook. Se não curte a dinâmica do Tik Tok,
pode fazer uma lista de e-mails no Substack (opa, me entreguei aqui).
Para pensar um pouco agora: que tipo de conteúdo eu gosto e seria
confortável de fazer na Internet?</span></p><p><span>Enquanto isso, você pode se concentrar mais no que, no fim das contas, é o real objetivo da coisa: </span><strong>PRODUZIR</strong><span>. Afinal, ter muitos seguidores e não ter obras para lançar é algo que realmente não faz muito sentido, certo?</span></p><p><span><b><a href="https://zewellington.substack.com/" target="_blank">Para receber textos como esse, inscreva-se na minha lista de e-mails. </a></b><br /></span></p><p><span> </span></p>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-79714654695005186782022-08-31T16:52:00.006-03:002022-08-31T17:04:52.543-03:00Publicando livros e quadrinhos online (Lista do Zé #39)<p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQCC5gXIQgRyx07Hpx6qarsC8-HQzQ0pTvYGWCYNMJP6ry5jP-rdYfHZW5BJpWOcsdDPPf8HfWgYkqvRXqjrp8RiTYrc9VslGOIRIVcWxeqMerpnxogF8UALFekgeqAl5iko8v1PDk8blnIvlAO63zGA4XKDJlhTt8rczAD09Nk3GkcqNsBKg/s1278/Splendor%20Blues%201.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Imagem de Splendor Blues, webtoon que coroterizei" border="0" data-original-height="1278" data-original-width="800" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQCC5gXIQgRyx07Hpx6qarsC8-HQzQ0pTvYGWCYNMJP6ry5jP-rdYfHZW5BJpWOcsdDPPf8HfWgYkqvRXqjrp8RiTYrc9VslGOIRIVcWxeqMerpnxogF8UALFekgeqAl5iko8v1PDk8blnIvlAO63zGA4XKDJlhTt8rczAD09Nk3GkcqNsBKg/w400-h640/Splendor%20Blues%201.jpg" title="Imagem de Splendor Blues, webtoon que coroterizei" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem de <i><a href="https://www.webtoons.com/en/challenge/splendor-blues-pt-br/list?title_no=796450" target="_blank">Splendor Blues</a></i>, webtoon que coroterizei.</td></tr></tbody></table><br /><p></p><div class="mceText" style="font-size: 16px; text-align: left; width: 100%;"><p>É
raro encontrar por aí algum autor de primeira viagem que não sonhe em
ter em suas mãos seu primeiro livro ou quadrinho impresso. Eu lembro do
cheiro do meu primeiro fanzine (aquele cheiro de xerox barata de
faculdade) e também do peso satisfatório do primeiro exemplar de <i><a href="https://www.zewellington.com/p/quem-matou-joao-ninguem.html" target="_blank">Quem Matou João Ninguém?</a></i>,
meu primeiro álbum publicado. Mas pode ser que você seja de uma geração
diferente da minha e, no fim das contas, só queira mesmo ser lido, sem
ter que derrubar umas árvores pra isso. Então vamos falar de publicação
digital.</p><p>A publicação digital não é mais uma coisa do futuro, é um
mercado que já pulsa forte já há algum tempo. No lado da literatura, a
coisa já tá muito avançada e <a href="https://kdp.amazon.com/pt_BR/" target="_blank">vender ebooks na <b>Amazon</b></a>
é um caminho muito bem estabelecido e explorado por autores e editoras.
Eu tenho, sim, meu receios com a toda poderosa livraria online, mas não
posso negar que ela criou um ecossistema fértil para autores que
queiram se autopublicar. Através de um sistema próprio qualquer escritor
pode disponibilizar seu livro e estabelecer um preço (do qual a Amazon
vai ficar um percentual). O sistema não substitui as imprescindíveis
funções do editor, diagramador e etc., mas quebra um galho danado se
você não tem grana pra essas coisas. Além disso, a plataforma é uma rede
social e, conforme recebe avaliações, seu livro é indicado pra outros
leitores e pode crescer muito organicamente. Foi isso que aconteceu com
meu ebook <i><a href="https://amzn.to/3CJR7ou" target="_blank">Mata-mata</a></i>, que, sem grana para divulgação (mas com um grande esforço meu e da <b>Editora Draco</b>),
ficou meses entre os contos mais lidos da plataforma. Chegamos a muita
gente como você pode ver pelas avaliações e comentários sobre ele na
Amazon.</p><p>Mas você pode querer ainda mais interação social, então a indicação são redes sociais para escritores, como o <a href="https://www.wattpad.com/?locale=pt_PT" target="_blank"><b>Wattpad</b></a>.
Você cria o seu perfil e pode publicar seus textos, curtos ou longos, e
receber comentários de outros usuários da plataforma. Se procurar na
internet, você vai encontrar histórias de autores conhecidos que
começaram a conquistar seus primeiros leitores (e contratos com editoras
grandes) por lá.</p><p>E nos quadrinhos? <a href="https://kdp.amazon.com/pt_BR/how-to-publish-comics-graphic-novels" target="_blank">A Amazon também oferece suporte para publicar HQs</a>, que inclusive podem ser lidas pelo seu popular dispositivo <a href="https://amzn.to/3RfVjQU" target="_blank"><b>Kindle</b></a>.
No entanto, a experiência para o leitor ainda fica a anos luz da versão
impressa. Se para literatura há um sem fim de comodidades para o leitor
(você pode mudar a fonte, consultar dicionários, marcar trechos do
livro etc.), para o leitor de quadrinhos resta a frustração das versões
mais baratas do Kindle não terem cores e ainda a péssima experiência com
imagens.</p><p>Para quadrinhos online, outras plataformas tem apresentado soluções mais interessantes, como o <a href="https://tapas.io/" target="_blank"><b>Tapas</b></a> e o <a href="https://www.webtoons.com/en/" target="_blank"><b>Webtoon</b></a>. Ambas oferecem a possibilidade de você publicar quadrinhos online, com uma série de recursos interessantes para o leitor.</p><p>Aqui
cabe um parêntese, onde precisamos separar quadrinhos feitos para serem
impressos e que são adaptados para serem lidos de forma digital e
quadrinhos criados especialmente para o meio digital. O Tapas oferece
uma experiência muito legal se você já fez o quadrinho para ser impresso
e pretende só criar uma versão digital (ou se vai publicar digital, mas
pensa em imprimir em algum momento). Já o Webtoon aperfeiçoou o que nos
primórdios da internet a gente chamava de <i>webcomics</i>, ou seja,
quadrinhos que se aproveitam do digital para fornecer experiências que
não são possíveis em papel. O grande desafio, nesse caso, é pensar a HQ,
desde o começo, como um produto para Webtoon, o que inclui coisas como
esquecer a dinâmica tradicional das páginas: você vai trabalhar quase
quadro a quadro, podendo ainda usar o “rolar” da página para oferecer
experiências de leitura para o leitor. É possível adicionar movimento
com GIFs e até sons. Tudo isso fez esta plataforma, criada na Coreia do
Sul, crescer de forma brutal. Hoje inclusive o Webtoon já apresenta
ferramentas onde você pode ser remunerado pelos fãs do seu trabalho
através da plataforma (numa integração com o <b>Patreon</b>).
Mas tem um ponto negativo: dificilmente sua HQ feita para usar os
recursos do Webtoon funcionará da mesma forma impressa. Acrescente aí
que o público do Webtoon é diferente do público tradicional de
quadrinhos. Estamos falando de leitores jovens, com maior disposição
para o estilo oriental de fazer quadrinhos (mangás e manhwas).</p><p>Aí eu deixo uma dica para quem quer experimentar o Webtoon: <a href="https://www.webtoons.com/en/creators101/webtoon-canvas" target="_blank">a plataforma tem uma série de tutoriais</a> para você construir sua HQ aproveitando o que há de melhor nela. Mas como está tudo em inglês lá, eu recomendo mesmo é <a href="https://alepresser.com/webtoon-guide/" target="_blank">esse guia maravilhoso</a> que <b>Ale Presser</b> fez com um monte de informações pra quem quer publicar no Webtoon.</p><p>Então
na hora de escolher como vai disponibilizar seu livro ou quadrinho de
forma digital, é preciso pensar primeiro qual seu objetivo. <b>Quer vender?</b> Talvez a Amazon e o Webtoon sejam os melhores caminhos para quem quer um retorno financeiro. <b>Quer divulgar meu trabalho, criar um público e receber feedback?</b> Então dê uma boa pesquisada no funcionamento do Wattpad e do Tapas.</p><p class="last-child">O importante é não deixar de contar suas histórias.</p><p class="last-child"> </p><p class="last-child"><!--Begin Mailchimp Signup Form-->
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/* Add your own Mailchimp form style overrides in your site stylesheet or in this style block.
We recommend moving this block and the preceding CSS link to the HEAD of your HTML file. */
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</p></div><div id="mc_embed_signup">
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<h2>Receba textos como este no seu e-mail:</h2>
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* Translated default messages for the $ validation plugin.
* Locale: PT_PT
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<!--End mc_embed_signup--> <br />Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-82722633033637096072022-06-30T16:18:00.003-03:002022-07-01T09:48:23.421-03:00Quem é Arsène Lupin? (Lista do Zé #38)<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://amzn.to/3x4x5ld" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEXXtAcGpP8k-8ogNU1JD2-yzjytR0vwOEeko929htqogWHqUKz1O5soQs-zlaINPDxFC_MSw7madV-kvxpEcQ3RLb1YO960NYVj3FaUuUfCy_HZ_b5NNsfvvYvo7VV-_UyqjKC4PHoGqplt7H8kXtdSVcbAFxiG4TiLcONka4iookIybHjaQ/w640-h640/01.jpg" width="640" /></a></div><br /><p></p><p data-pm-slice="1 1 []">Uma das coisas mais divertidas que assisti nos últimos tempos foi <a href="https://www.netflix.com/br/title/80994082" target="_blank"><i><b>Lupin</b></i></a>, série da Netflix inspirada num famoso personagem da literatura francesa. Agora vocês imaginam a minha alegria quando, pouco depois de ver a primeira temporada, fui convidado para um trampo para adaptar o livro original para quadrinhos? Foi uma delícia me debruçar sobre o personagem e hoje eu queria contar um pouquinho para vocês sobre isso. O texto abaixo é uma versão resumida (bem resumida mesmo) da proposta que a editora pediu antes que eu iniciasse o roteiro. Vamos tentar desvendar quem é <b>Arsène Lupin</b>?</p><p data-pm-slice="1 1 []"><i><b>Arsène Lupin, o ladrão de casaca</b></i> foi o romance que reuniu as primeiras aventuras (em nove contos) de Arsène Lupin, famoso ladrão ficcional francês. No sentido de adaptar o máximo possível da obra original, costuramos os nove contos em uma história só na nossa história em quadrinhos. Dentro dessa estrutura, cinco contos compõe o esqueleto da obra: a tríade da prisão de Lupin (“A prisão de Arsène Lupin”, “Arsène Lupin na prisão” e “A fuga de Arsène Lupin”), que apresentam uma continuidade entre si; “O colar da rainha”, um conto de origem; e “Herlock Sholmes chega tarde demais”, que não só narra o encontro de Lupin com uma versão do detetive inglês, como também dá certa continuidade a tríade da prisão. As outras quatro histórias são contadas por Lupin, com mais ou menos detalhes, ao seu maior perseguidor, o inspetor <b>Ganimard</b>, em dois momentos da trama.</p><p>A maior parte das aventuras de Lupin coincide com a <i><b>Belle Époque</b></i> francesa, que durou de 1871 a 1914. No primeiro livro, a maioria das histórias acontece nos primeiros anos do século XX, exceto “O colar da Rainha'', que se passa no final do século XIX. A Belle Époque foi um período de grande otimismo e paz desfrutado pelas potências ocidentais, sobretudo as europeias, até o início da I Guerra Mundial. O ponto marcante desta época foi o estilo de vida boêmio e otimista, com destaque para a França, que se tornou o centro global de toda influência educacional, científica, médica e artística. A nação francesa era um polo difusor e Paris era o núcleo da Belle Époque mundial. Nas histórias de Lupin você percebe isso: há um uso sem moderação do autor de carros, máquinas fotográficas e outros itens extremamente modernos para a época. Vale destacar, enquanto movimento artístico da Belle Époque, o estilo “Art Nouveau”, um fazer ornamental de cores vibrantes e formas sinuosas, presente desde as fachadas dos edifícios até nos objetos decorativos, como joias (que aparecem bastante na história) e mobiliários. Todos esses elementos foram levados em consideração tanto na arte quanto na história da nossa adaptação para quadrinhos. Esse caldeirão de influências traz um tom leve e cheio de ironia para as histórias de Lupin, o que nos fez pensar que também deveríamos seguir essa proposta.</p><p>Mas quem é Arsène Lupin? Se na maioria das adaptações de Lupin se conhece de cara o rosto por trás do ladrão, o autor do personagem, <b>Maurice Leblanc</b>, através dos diálogos de seus personagens, sempre o viu como um camaleão:</p><p style="text-align: center;"><i>“Arsène Lupin, o homem de mil disfarces, chofer, tenor, bicheiro, filho de família, adolescente, ancião, caixeiro-viajante marselhês, médico russo, toureiro espanhol!”</i></p><p style="text-align: center;"><i>“Seu retrato? Como poderia fazê-lo? Vinte vezes vi Arsène Lupin e vinte vezes foi um ser diferente que me apareceu; ou antes, o mesmo ser de que vinte espelhos me teriam dado outras tantas imagens deformadas, cada uma com olhos diferentes, uma forma de rosto, um gesto, um vulto, um caráter próprio.”</i></p><p>Lupin, por sinal, é um nome inventado e não de nascença. A melhor pista para o verdadeiro nome do personagem está no conto “O colar da rainha” (mas não vou dar spoilers aqui...). É difícil até saber se todos os crimes atribuídos ao ladrão foram cometidos por ele mesmo... O ladrão se torna famoso e vira um queridinho da imprensa, que atribui todo crime não solucionado ao nosso ladrão. Claro que Lupin, em algumas histórias, chega a usar isso para manipular a imprensa e população a seu favor. Assim, para essa adaptação, definimos que Lupin era quase um fantasma, uma figura alegórica do imaginário parisiense. E ele ama isso, como ele mesmo diz:</p><p style="text-align: center;"><i>“Tanto melhor que não possam nunca dizer com certeza: ‘Eis aqui Arsène Lupin’. O essencial é que digam sem medo de errar: ‘Arsène Lupin fez isso’.”</i></p><p style="text-align: center;"><i>“Por que (...) hei de ter uma aparência definida? Por que não evitar o perigo de uma personalidade sempre igual? Meus atos já me revelam bastante. (...)”</i></p><p>Mais do que utilizar disfarces, Lupin assume IDENTIDADES diferentes. E ele é capaz de tudo para se passar por outra pessoa, inclusive elaboradas alterações corporais, enxertando produtos químicos em si mesmo ou ficando em uma posição por bastante tempo para mudar sua postura. E o que esse tipo de coisa fazia com a cabeça do personagem? Suas próprias falas denunciam que ele tem dificuldade de lidar com sua própria identidade e com as implicações psicológicas de uma vida sem rosto definido:</p><p style="text-align: center;"><i>“Eu mesmo (...) não sei mais quem sou. Num espelho, não me reconheceria.”</i></p><p style="text-align: center;"><i>“Está muito bem (...) mudar de personalidade como de camisa e escolher sua aparência, sua voz, seu olhar, sua letra. Mas acontece que a gente acaba não se reconhecendo mais no meio disso tudo, e isso é triste. Sinto atualmente o que devia sentir o homem que perdeu a sua sombra. Vou me procurar... e me encontrar.”</i></p><p>Por isso mesmo, em nossa história em quadrinhos, nos pareceu incorreto dar um rosto único a Arsène Lupin, já que trairíamos um dos principais conceitos do escritor Maurice Leblanc. Por sinal, isso é uma das coisas mais interessantes da leitura dessas histórias: muitas vezes demoramos a saber quem é ou onde está Lupin. Em alguns contos Lupin se revela no início, às vezes como narrador. Em outras vezes o conto é inteiro narrado por ele e só sabemos no final. Às vezes o narrador fala sobre um amigo próximo e descobrimos no desfecho que se tratava de Lupin. Isso faz da leitura do romance original uma coisa deliciosa, algo que tentamos levar para esse novo produto, fiel ao original, mas que soa como algo completamente novo, mesmo para os já iniciados no personagem.</p><p style="text-align: center;"><b> <a href="https://amzn.to/3R28Lbu" target="_blank">Compre agora a adaptação para quadrinhos de Arsène Lupin, o ladrão de casaca!</a></b></p><p style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://amzn.to/3R28Lbu" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="970" height="396" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi-XuASQiXPn18qcO5hvxjbPQVO9innV1os6-u3RRdPJD08670bn-vfLcfEb6IKlm9w-sm3m-kRzG08QROLqV19NrVxaY6J0cRAbbvLpGkTZTyZNPQr15hTDIJI_0tNT1hxacXerTyW9gOydwRX-IJXL6oTkY6AIZCv4PGI8ovgj5e8M-W1LY/w640-h396/d7449775-8721-4c5e-82a2-3b4c28dc6a0f.__CR0,0,970,600_PT0_SX970_V1___.png" width="640" /></a></b></div><b><br /><!--Begin Mailchimp Signup Form-->
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<!--End mc_embed_signup--> <br /><p></p>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-59123853414429069452022-05-29T12:58:00.005-03:002022-05-29T15:37:23.971-03:00Publicando seu livro ou quadrinho com financiamento coletivo (Lista do Zé #37)<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIaCeFxh_qp4CLvgMMoo5aCzLOrEAf4UNbQOzQ2cmS0GRGnsPPY-5wO2-tpqHOzFr_pIQJetRB_QMbh0SsgGFmmpzFJoXey6ab5zaNTN9rZ5womA1ORylWeBM8L8q4nuTdhhqlLM-AtXw43punmhhs-KOcW4No7Nr-SYPaJWKGVNSuDeqHH3w/s2000/515.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2000" data-original-width="2000" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIaCeFxh_qp4CLvgMMoo5aCzLOrEAf4UNbQOzQ2cmS0GRGnsPPY-5wO2-tpqHOzFr_pIQJetRB_QMbh0SsgGFmmpzFJoXey6ab5zaNTN9rZ5womA1ORylWeBM8L8q4nuTdhhqlLM-AtXw43punmhhs-KOcW4No7Nr-SYPaJWKGVNSuDeqHH3w/w640-h640/515.jpg" width="640" /></a></div><br /><p></p><p data-pm-slice="1 1 []">Faltava nos meus textos um que falasse de financiamento coletivo. O motivo era que… <b>eu nunca tinha participado de um</b>. Mas o dia chegou e, no final do ano passado, disponibilizamos no <a href="https://www.catarse.me/matamata" tabindex="-1">Catarse</a> uma campanha para financiar meus dois últimos livros. Vou te contar um pouco sobre como isso funciona.</p><p data-pm-slice="1 1 []">Começando do básico: numa campanha de <b>financiamento coletivo</b> (em inglês, <i><b>crowdfunding</b></i>), você usa uma plataforma na internet para pedir AJUDA para financiar um projeto. Estamos falando de livros e quadrinhos aqui, mas se pode financiar absolutamente qualquer coisa (empresas, máquinas, startups, eventos, campanhas de caridade, CDs de bandas etc.). O princípio é fazer algo acontecer com a ajuda do público. O realizador só precisa ir ao site e informar quanto precisa, montar uma campanha atrativa e sair divulgando por aí. Esse texto é um resumo e foca nas campanhas do tipo “<b>tudo ou nada</b>”, onde você tem um prazo para arrecadar um montante em dinheiro de apoiadores e só recebe se alcançar uma meta. Recomendo conhecer as outras modalidades existentes, pode ser que outra atenda melhor a sua necessidade, ok?</p><p>Primeiro: preciso do livro pronto antes de montar a campanha? O ideal é que SIM. Quando sua campanha for ao ar, serão até 60 dias de muito trabalho de divulgação e depois toda uma logística de fechar o livro e enviá-lo aos apoiadores. Acrescentar nesse samba o final da escrita pode deixar o processo mais puxado do que ele já é e comprometer a qualidade do seu livro ou HQ. Não entre nessa! Termine seu original e <a href="https://www.zewellington.com/2021/11/como-publicar-meu-livro-ou-quadrinho.html" tabindex="-1">leia o texto que escrevi falando sobre todas as formas de publicar o seu livro</a> antes de tentar o financiamento coletivo.</p><p>Mas se você decidiu tentar essa forma de publicação, vamos entender primeiro as <b>recompensas</b>. Normalmente quem apoia uma campanha de financiamento coletivo recebe algo em troca. Existem níveis para essas recompensas, definidos pelo próprio realizador. No caso de um livro ou HQ, você pode começar, por exemplo, com um agradecimento no livro para quem apoiar com X reais, o livro físico para quem apoiar com Y reais, o livro físico junto com uma camisa para quem apoiar com Z reais e todas as recompensas anteriores mais um jantar com o escritor para quem apoiar com tantos reais. Preste atenção neste caso e vai perceber que, conforme acrescenta coisas além do seu livro físico nas recompensas, precisará também lembrar delas no orçamento final do projeto. Aí é que tá: uma campanha de financiamento coletivo começa com muito <b>planejamento</b>, porque é você quem define quanto quer pedir de apoio. Então vão ser necessárias muitas CONTAS. Felizmente as plataformas mais conhecidas do mercado oferecem apoio nesse momento, com planilhas pré-prontas e consultores para tirar dúvidas. Use e abuse disso.</p><p data-pm-slice="1 1 []">Na fase de planejamento, você define um dia para a campanha começar e um prazo para ela acontecer. O tempo normal das campanhas é entre 40 e 60 dias, mas isso é flexível na maioria das plataformas. Menos tempo que isso pode ser insuficiente para arrecadar o que é necessário e mais tempo pode tirar um pouco o senso de urgência que é necessário para seus apoiadores investirem seu rico dinheirinho em você. Uma dica sobre esse momento é escolher um período tranquilo da sua vida para iniciar a campanha. Você vai trabalhar muito e se dedicar intensamente nesse período, melhor estar focado nisso.</p><p>Com a campanha no ar, agora é divulgar por aí. Essa talvez seja a etapa mais difícil. Quem já lançou um livro sabe a dificuldade que é conseguir espaço para falar sobre ele e vendê-lo, agora imagina fazer isso sem ter o produto pronto? Falando da minha experiência, durante o tempo da campanha me comprometi a produzir conteúdos para as minhas redes sociais <b>diariamente</b> (algo que cada vez menos tenho ânimo). Mas o que trouxe mais resultado foi o contato INDIVIDUAL com cada seguidor. Diariamente eu usava as mensagens diretas do Instagram ou o Messenger do Facebook para enviar mensagens para amigos. Cansou (e exigiu um certo nível de cara-de-pau a qual eu não estou acostumado), mas deu muito resultado.</p><p>Depois do final do prazo da campanha, se ela foi bem sucedida, é hora de cumprir suas promessas, afinal é isso que as recompensas da campanha representam para o apoiador. A plataforma vai lhe mandar uma relação completa dos apoiadores com as recompensas escolhidas. Você vai arrumar pacotes e dar conta do envio de todos, incluindo possíveis extravios. O que alguns colegas do meio têm recomendado é colocar no orçamento do projeto um valor para contratar pessoas para ajudar nessa etapa. Organizar recompensa por recompensa, fazer pacotes e postá-los é mais trabalhoso do que parece.</p><p>Outra coisa essencial durante toda a campanha, mas ainda mais importante depois dela, é a comunicação. Todos os apoiadores são adicionados numa lista de e-mail pela plataforma e você consegue estar em contato direto com eles o tempo todo, atualizando, por exemplo, sobre o andamento das entregas de recompensas. Pelo grupos de WhatsApp que participo há sempre conversas sobre essa etapa, sobre como alguns projetos atrasam o seu andamento por diversos motivos e seus realizadores nem ao menos avisam aos apoiadores sobre o que está acontecendo. E, sim, projetos atrasados em ANOS são mais comuns do que deveriam ser. Atrasar é comum e esperado, especialmente se a campanha é de um autor independente, só tente ser transparente com seus apoiadores a respeito e mantenha-os informados sobre tudo.</p><p>Tive a tremenda sorte de ter a <b>Editora Draco</b> como parceira na minha campanha e boa parte dessas etapas foi administrada por eles, que já tem quase 40 campanhas financiadas nessa modalidade. Quando a campanha começou, pude contar com minha própria base de fãs e ainda a base de apoiadores regulares da editora. Eu falo isso para fechar esse texto com uma das questões mais importantes do financiamento coletivo: é preciso ter muitos fãs/seguidores para ter sucesso na campanha? A resposta é não, mas não ter uma base de fãs vai deixar tudo um pouco mais desafiador. A maioria das plataformas de <i>crowdfunding</i> funciona como redes sociais, ou seja, há pessoas circulando por esses sites procurando projetos interessantes para apoiar. Isso ajuda o autor iniciante, mas pode não ser suficiente. Se você está indo para esse tipo de plataforma lançar seu primeiro livro prepare-se para trabalhar muito na fase de captação de apoiadores. As emoções serão intensas.</p><p>Por fim, entre em projetos bem sucedidos que parecem com o seu e estude-os. Qual o valor total que eles buscavam? Quantos apoiadores tiveram? Quais recompensas ofereceram e quanto cobraram por elas? Como eles apresentaram o projeto na plataforma? Anote as respostas e mãos à obra no planejamento.</p><p>x x x</p><p> Ah, meus livros lançados no Catarse já estão disponíveis <a href="https://www.zewellington.com/p/loja.html">na minha loja online</a>.</p><p>E tem promoção no combo, com direito a dedicatória e brinde. Aproveite:</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/Combo-Liter%C3%A1rio-Mata-mata-vers%C3%A3o-estendida-Assombros/p/463856270/category=0" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSWVzdQvDyeFuaON3Ne9f-qtxYo6HaG3pxIbWkvcFuATGk0QFekiSY1V3BcVucwlRLqpLtLFWEKk5M5ypKwnMIwDI_YJQrEzeS99nFHbxPI1F9TMmlgFuyz3AaXh2JO-MNVwwz3ioxwsBGVWbsGUn61671fEM8LOjIw7lAxwJ1CJabajoHEdM/w640-h640/combomatamataassombros.png" width="640" /></a></div><p><br /> </p><p><!--Begin Mailchimp Signup Form-->
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<!--End mc_embed_signup--><br /><p></p> <br /><br /><p></p>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-20613733727534600952021-11-19T13:00:00.004-03:002021-11-23T10:56:48.544-03:00Como publicar meu livro ou quadrinho? (Lista do Zé #36)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Ct2aq5MNfRc/YZfJpb2rqBI/AAAAAAAAIN4/l-Ou2D3y7kgekgXGDyUQ7H5ZENGt9RqtwCLcBGAsYHQ/s2048/crowd.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-Ct2aq5MNfRc/YZfJpb2rqBI/AAAAAAAAIN4/l-Ou2D3y7kgekgXGDyUQ7H5ZENGt9RqtwCLcBGAsYHQ/w400-h266/crowd.jpg" width="400" /></a></div> <p></p><p>Eu sou capaz de apostar que, se você é um escritor ou quadrinista no
início de carreira, está cheio de dúvidas sobre como tornar viável seu
próximo (ou primeiro) trabalho. Era uma das minhas grandes dúvidas. Hoje
eu queria falar aqui sobre algumas formas possíveis de colocar o seu
trabalho na rua, na mão do leitor.</p><p><b>Mas, primeiro</b>…</p><p>Esse
tema não foi escolhida à toa. Eu mesmo vou experimentar uma nova forma
de financiar e distribuir meu novo trabalho. Depois de alguns anos
usando o <b>combo edital-editora</b>, chegou a hora de me arriscar no <b>financiamento coletivo</b>, ainda em parceria com a <a href="https://editoradraco.com/"><b>Editora Draco</b></a>, que sempre comprou minhas ideias. É dessa forma que queremos colocar no mundo uma inédita edição impressa de “<b>Mata-mata</b>”,
ebook que lancei no final do ano passado. Essa versão inclui uma nova
revisão do material lançado online e ainda uma série de contos, cordéis e
ilustrações que contam o <b>ANTES</b> e o <b>DEPOIS</b>
da história original. Sim, é a hora de entender melhor a família
Tainha, se embrenhar nos confrontos entre irmãos no evento Mata-mata e
saber o que aconteceu com os personagens principais depois do trágico
fim do ebook.</p><p>A campanha também vai nos ajudar a reimprimir alguns
trabalhos meus que estão esgotados (se está faltando alguma HQ minha na
sua coleção, fique atento) e ainda a pôr no mundo um <b>OUTRO</b> trabalho meu. Mas sobre esse livro novo eu falarei na próxima semana…</p><p class="last-child">A campanha está prevista para começar no próximo dia <b>25/11 (quinta-feira)</b>,
com condições especialíssimas para os primeiros apoiadores. Por isso
mesmo, convido você a clicar no banner abaixo e se cadastrar para ser um
dos primeiros a receber as novidades sobre o projeto no site da
pré-campanha:</p><p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://www.catarse.me/matamata" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="720" height="356" src="https://1.bp.blogspot.com/-R0Vnl5okUQ0/YZfJJRjWI1I/AAAAAAAAINw/q_0Y-rgw3TMu_pKnVfIaJgD_Dg-PE6zRgCLcBGAsYHQ/w640-h356/ImagemDestaque-Catarse.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Clique na imagem para saber mais e apoiar o projeto<br /></td></tr></tbody></table><br /><p></p><h2 style="text-align: left;">As formas de publicar seu primeiro trabalho<br /></h2><div class="mceText" style="font-size: 16px; width: 100%;"><p>Esse texto não pode iniciar de outra forma que não seja essa: <b>você não precisa de dinheiro para colocar suas histórias no mundo</b>.
Se sua vontade é apenas colocar para fora o que está dentro de você,
existem um monte de formas para divulgar gratuitamente seus textos pela
internet, seja em redes sociais para escritores, como o <a href="https://www.wattpad.com/?locale=pt_PT"><b>Wattpad</b></a>, e quadrinistas, como o <b><a href="https://tapas.io/" target="_blank">Tapas</a></b>, ou mesmo publicando online na <a href="https://amzn.to/3crGwQH"><b>Amazon</b></a>. Nem há cem anos grana era um impedimento para publicar, imagina <b>agora</b>.</p><p>Mas
a verdade é que muito escritor ainda tem aquele fetiche de ver o seu
trabalho impresso, o que leva a custos de impressão. E mesmo quem fica
tranquilo em colocar seu trabalho apenas no mundo digital pode querer
pelo menos contratar alguém para editar, revisar e diagramar o trabalho
(entre outros serviços), que fazem uma diferença BRUTAL na forma como as
pessoas vão ver um livro. <b>Mas como bancar isso?</b></p><p>A primeira forma é do próprio bolso. Reza a lenda que o escritor <b>André Vianco</b>
bancou a produção do seu primeiro livro com o seu FGTS. Sem dúvidas, se
você tem essa possibilidade, é aquela em que haverá mais liberdade para
desenvolver o seu livro. Se você quer apenas ter o gostinho de ver seu
trabalho pronto, essa modalidade cumprirá esse papel. Mas, mesmo
dispondo dos recursos para isso, pense que essa autopublicação pode
deixar você com um monte de livros no guarda-roupa e não cumprir a
função de apresentar devidamente seu trabalho para os leitores, por
conta das próprias limitações que o autor tem para divulgar e distribuir
seu trabalho sozinho. Eu gosto sempre de sugerir que essa seja a <b>última alternativa</b>. Vamos explorar outras possibilidades, pela ordem que eu sugiro que você as procure.</p><p>Quando se fala do mercado editorial, lembra-se logo das <b>editoras</b>.
Com uma boa editora (e aqui friso o “boa”, porque existem as que não
são também) seu trabalho pode chegar a mais gente, fora o acabamento
profissional que uma editora pode dar. O processo de publicação por elas
varia bastante, mas geralmente você procura no site ou outros canais de
comunicação da editora as chamadas <b>regras de submissão ou de envio de originais</b>. Geralmente você envia o original pronto do seu livro para que ele seja lido por alguém da editora... <b>e espera</b>.
O mais comum é que as editoras respondam apenas aos autores dos livros
que ficaram interessadas e essa resposta pode demorar meses. A sugestão
é: 1) estudar bastante as editoras disponíveis e mandar para aquelas que
possuam uma <b>linha editorial </b>próxima da sua história
(procure editoras com livros que pareçam o seu) e 2) se nas regras da
editora que é seu alvo não falar nada do contrário, envie seu original
para mais de uma editora ao mesmo tempo. Aí, aguarde dois ou três meses
(tempo médio para análise). Se não tiver resposta, parta para o próximo
passo.</p><p><a href="https://www.zewellington.com/2017/01/e-o-tal-do-edital-lista-do-ze-12.html">Já falei em outro texto sobre editais</a>,
mas resumindo bem resumido: você participa da seleção de um órgão
governamental ou de uma empresa que está disposta a patrocinar a
publicação de seu livro ou HQ. Participar de editais exige primeiro que
você esteja de antena ligada para saber quando eles estão abertos (usar
alertas no Google pode ajudar bastante). As seleções normalmente são bem
concorridas e eu nem considero essa a parte mais difícil desse
processo. As principais complicações são: 1) você vai gerir a grana que
receber para fazer o seu livro, logo terá que gerenciar e articular
todos os prestadores de serviço necessários, e 2) envolve muita, mas
muita <b>burocracia</b>. Se você lida bem com o ponto 1, mas não com o ponto 2, talvez a próxima modalidade sirva melhor para você.</p><p>O <i><b>crowdfunding</b></i>, ou <b>financiamento coletivo</b>,
surgiu para que você possa mobilizar pessoas que gostam ou acreditam no
seu trabalho no sentido de viabilizá-lo. Você vai criar um projeto num
site próprio para isso, como o <a href="https://www.catarse.me/"><b>Catarse</b></a> ou o <a href="http://kickante.com.br"><b>Kickante</b></a>, e vai divulgar o máximo possível para outras pessoas. Hoje já existem várias modalidades de <i>crowdfunding</i>,
na mais comum você define uma meta financeira e tem um prazo entre 40 e
60 dias para arrecadar a grana que precisa. Se conseguir atingir a
meta, parabéns, você vai receber a grana que precisa para viabilizar seu
livro. Se não conseguir, você não recebe nada (claro) e o dinheiro é
devolvido para quem te apoiou. Essa é uma outra forma interessante de
não depender de ninguém. Por outro lado, exige MUITA organização, desde o
momento em que você tem que definir o valor que precisa, com muito
cuidado para não faltar dinheiro, passando pela eletrizante fase de
divulgar o trabalho e chegando até o momento de enviar as recompensas
para os apoiadores do projeto. Todas essas fases exigem bastante
planejamento. Já vi colegas construírem suas carreiras baseadas em <i>crowdfunding</i>
com muito sucesso. E já vi outros enlouquecerem em campanhas e
prometerem nunca mais se meter em algo do tipo. Analise bem como
funciona esse processo antes de entrar nele. Por sorte, as plataformas
oferecem ajuda para os proponentes.</p><p class="last-child">Lembrando que você pode misturar modalidades, como edital para financiar a produção somada com <i>crowdfunding</i> para distribuir ou ainda <i>crowdfunding</i>
para arrecadar fundos e editora para distribuir etc. São vários
caminhos, estude o que os outros autores estão fazendo e encontre o seu.
Só não vale guardar suas ideias só para si.</p></div>
<p></p><br /><p><!--Begin Mailchimp Signup Form-->
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We recommend moving this block and the preceding CSS link to the HEAD of your HTML file. */
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* Translated default messages for the $ validation plugin.
* Locale: PT_PT
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min: $.validator.format("Por favor, introduza um valor maior ou igual a {0}.")
});}(jQuery));var $mcj = jQuery.noConflict(true);</script>
<!--End mc_embed_signup--><br /><p></p> <br />Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-49688699049442680802021-10-18T14:29:00.007-03:002021-10-19T09:41:04.621-03:00Viver de escrever? (Lista do Zé #35)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Qx2UoIfAZwM/YW2uv7VJuJI/AAAAAAAAIMs/1GaelQRUI3AUe4z8R7yeu0fce0N1FRBVwCLcBGAsYHQ/s1000/write.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="751" data-original-width="1000" height="480" src="https://1.bp.blogspot.com/-Qx2UoIfAZwM/YW2uv7VJuJI/AAAAAAAAIMs/1GaelQRUI3AUe4z8R7yeu0fce0N1FRBVwCLcBGAsYHQ/w640-h480/write.jpg" width="640" /></a></div> <p></p><p>Hoje eu me peguei pensando que uma boa forma de me conhecer como artista
seria entrevistando minha esposa. Vez por outra me perguntam sobre
minha rotina e sobre produtividade (uma FARSA que será tema de um do
texto meu muito em breve) e conversando com ela nesses dias percebi que é
impossível ter uma rotina bonitinha com a vida profissional a que me
propus. Se um entrevistador chegasse para a dona Lara com a proposta de
perguntar sobre o dia a dia do marido dela, ela provavelmente diria que
fica tonta só pensar no meu cérebro organizando, o tempo todo, minhas
pendências de trabalho. Na profissão de escritor no Brasil, escrever é
só um um pedaço da coisa. Um pedaço BEM PEQUENO em vários momentos.<br />
<br />
<b>Rotina</b>? Agora estou escrevendo esse texto para enviar
para uma lista de e-mails, daqui a pouco estarei resolvendo uma
pendência numa prestação de contas de edital, logo depois preciso
conferir o que tenho de recebimentos pendentes e à noite... Bom, à noite
eu vou dar aula na faculdade (meu plano A, porque não posso chamar de
plano B o que paga a maior parte das minhas contas). "E você não
escreve?". Sim, em algum momento eu vou escrever, durante um longo
período de dias, alucinado e focado (e deixando todas as outras coisas
atrasarem). Enquanto isso, vou matando a burocracia que há por trás
disso.<br />
<br />
Apostar na <b>escrita como profissão</b> não é para quem é obcecado por rotina
ou estabilidade (essa última é outra mentirinha capitalista). Eu demorei
para entender isso, mas, quando finalmente entendi, consegui lidar muito
melhor com as expectativas e frustrações que vem embarcadas em produzir
arte no Brasil. E é uma coisa que pode demorar. Só depois de uma década
nessa indústria vital, eu consegui falar (sem ficar envergonhado) que <b>trabalho</b> com isso. Talvez porque na primeira década eu mais gastava do que ganhava grana escrevendo.<br />
<br />
Além da burocracia, tem um pouco mais... Para muita gente, meu trabalho
como escritor é escrever e lançar livros autorais (aqueles feitos de
forma natural, com ideias minhas mesmo). Fica escondido debaixo do
tapete um sem fim de "freelas" que dão mais sustentabilidade financeira.
Enquanto este ano eu lançava apenas uma obra inédita e autoral (<a href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/Luzia/p/258740685/category=0" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #007c89; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank">já comprou sua <i><b>Luzia?</b></i></a>),
eu estava fazendo também dois quadrinhos institucionais (encomendas para empresas),
escrevendo 92 páginas de um roteiro de HQ encomendado por uma editora e
ainda desenvolvendo alguns roteiros para vídeos institucionais. E falando em grana,
não podemos esquecer dos eventos, que (quando pagam) são uma das
melhores fontes financeiras desse ramo.<br />
<br />
Resumindo: é preciso deixar um pouco de lado o romantismo dessa
profissão. Meus amigos que vivem apenas disso, até mesmo alguns que
podem se chamar de <i>bestsellers</i>, têm que ralar MUITO com
atividades paralelas à escrita para conseguir, de vez em quando, lançar
aquele trabalho que realmente saiu do coração deles.<br />
<br />
Eu falei sem romantismo? Tá, vou me permitir uma coisa breguinha e
cafona no final deste texto. A resposta que muito escritor dá quando lhe
perguntam se ele vive de escrever, você já deve ter ouvido, é que eles
ESCREVEM PARA VIVER. E é bem isso mesmo. A melhor forma de encarar essa
atividade é entendendo que você faz porque precisa e, no decorrer do
processo, vai botar para fora o que acha que precisa botar. Para mim,
hoje, isso é um grande privilégio.
</p><p></p><br /><p><!--Begin Mailchimp Signup Form-->
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<!--End mc_embed_signup--><br /><p></p> <br />Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-38773586045990635272021-05-02T21:11:00.009-03:002021-05-12T12:12:06.892-03:00A bíblia de Luzia (Lista do Zé #34)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-JIt3qyMvApw/YI8_eIk6xxI/AAAAAAAAH6E/VIDkZa6hNKY01Rzy9vWQ1WMCvpsgqiO9QCLcBGAsYHQ/s1080/Divulga.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-JIt3qyMvApw/YI8_eIk6xxI/AAAAAAAAH6E/VIDkZa6hNKY01Rzy9vWQ1WMCvpsgqiO9QCLcBGAsYHQ/w640-h640/Divulga.png" width="640" /></a></div> <p></p><p>São muitas etapas para construir uma história... E hoje eu revelar uma das que eu mais gosto de fazer, que é escrever a "bíblia do projeto". Vem comigo?<br /><br />Mas antes é importante dizer que meu mais novo trabalho, <i><b>Luzia</b></i>, já está disponível para venda!</p><p style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/Luzia/p/258740685/category=0"><b>COMPRE AQUI</b></a></span><br /></p><p>Sempre quando vou criar uma nova história, costumo fazer uma imersão no universo dos temas referentes a ela. Com <i>Luzia</i> não seria diferente. Dessa imersão surge, normalmente, um documento que norteia a construção do livro, que no roteiro para audiovisual chamam de “bíblia da história”. Pois bem, apresento a vocês a “Bíblia de Luzia”, escrita de mim para a desenhista Débora Santos, na intenção de complementar o roteiro que fiz para ela.<br /> <br />Essa é uma versão resumida. A original tem 20 páginas e bom... acho que seria um pouco demais para um texto no blog. Mantive aqui o que escrevi sobre o conceito geral da história e uma análise sobre as duas principais personagens (fiz para outros três personagens). Há spoilers, mas os coloquei em fundo preto (para ler, basta selecionar o texto ou copiar e colar no bloco de notas, <b>mas recomendo só ler esses trechos depois que você ler a HQ ou o livro original</b>). Antecipadamente peço perdão por não citar os autores originais de todos os textos que li na fase de pesquisa... Não costumo divulgar essa fase da minha criação, então não tive essa preocupação de anotar os nomes quando estava fazendo este documento. Se na época que montei esse material eu tivesse pensado que iria mostrar isso para outras pessoas, teria tomado o cuidado de anotar todas as referências. Enfim, meu principal objetivo aqui é mostrar para você um pouquinho dos bastidores do trabalho.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-xt_15cFR5jo/YI9VwIZMMDI/AAAAAAAAH6Q/adEstp6IqsQeCfU78I080sTukqo1ImuAgCLcBGAsYHQ/s1280/interna2.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1029" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-xt_15cFR5jo/YI9VwIZMMDI/AAAAAAAAH6Q/adEstp6IqsQeCfU78I080sTukqo1ImuAgCLcBGAsYHQ/w514-h640/interna2.jpeg" width="514" /></a></div><br /> <p></p><h2 style="text-align: left;">Conceito geral</h2><p>Há uma passagem de <b>Lúcia Miguel Pereira</b> que tenta classificar<b><i> Luzia-Homem</i></b> como obra:<br /><br /></p><div style="text-align: center;"><i>“Realista na forma, sem os tiques dos nossos naturalistas, talvez simbólico na concepção, sem ser simbolista, regionalista pelo tema, sem colocar o elemento local acima do humano, todas essas tendências ao mesmo passo se completando e se abrandando umas pelas outras, é difícil classificar este livro.”</i></div> <br />Quando pensei pela primeira vez em <i>Luzia-Homem</i> desenhada como uma história em quadrinhos, comecei a refletir sobre como seria o estilo do desenho. O caminho mais óbvio que me vinha à mente era tentar entender o movimento literário ao qual ela fazia parte e buscar referências das artes visuais do mesmo movimento. O lugar onde LH é mais colocada na história literária é como obra <b>naturalista-regionalista</b>, com características <b>realistas</b>. No entanto, há uma certa polêmica quanto à essa classificação. O que se fala é que ela foi classificada assim obedecendo apenas a data de publicação. Mas, num dos trabalhos mais legais que li sobre LH (<i><b>A pictórica em Luzia-Homem</b></i>, do prof. <b>José Leite de Oliveira Júnior</b>), o autor defende que a obra seja classificada como<b> impressionista</b>.<br /> <br />Dei uma estudadinha sobre o impressionismo e achei muitas coisas legais, começando pelo conceito de que uma obra é uma impressão do momento, sintetizada na frase: <b>quando você entra num rio pela segunda vez, ele já não é o mesmo que você conheceu na primeira</b> (alguém importante disse isso, mas não anotei a referência). Visualmente, os principais pintores impressionistas são <b>Monet</b>, <b>Manet</b>, <b>Renoir</b>… Eu não acho que a gente deva levar esse estilo para o quadrinho (a não ser que você encontre uma forma confortável), mas achei interessante fazer esse preâmbulo, que de repente pode te inspirar de alguma forma.<br /> <br />Fora isso, quero manter algumas características do naturalismo, que tem uma visão mais crua da vida, especialmente quando falarmos da pobreza na história. Foi a pior seca que o nordeste já passou (1877-78-79), morriam 25.000 por ano no Ceará em decorrência dela (pra você ter uma ideia, Fortaleza tinha 30.000 habitantes na época). Os <b>retirantes</b> são um fenômeno maluco e que deixou malucos os governantes da época, chegando a haver campos de concentração para conter os pobres. <b>Domingos Olímpio</b> lança um olhar muitas vezes bem preconceituoso sobre essa massa de pessoas e ainda tem uma visão bem defensora do poder público. Percebe no romance original que ele não para de dizer como a Comissão de Socorros cuida dos pobres com sua esmola (que na verdade é um pagamento por um trabalho quase em condições de escravidão) ou que o julgamento do delegado e do promotor é justo? Domingos Olímpio era promotor público nessa época, então… De qualquer forma, quero aplicar uma visão mais real: vamos contar esse romance, mas, onde nos for possível, vamos também denunciar os descasos, respeitando (até onde for possível) a linha da história.<br /> <br />Voltando ao estilo, me veio a ideia maluca de trabalhar os cenários (quase sempre desérticos) a luz do impressionismo (com seus contornos difusos e pinceladas irregulares), mas quando aproximarmos dos personagens aplicarmos o naturalismo (evidenciando as rugas, ferimento, suor e sangue desse período complexo). Esse papo de movimento artístico me deu vontade de buscar algumas obras de artes (não só do impressionismo) para inspirar alguns quadros. Enfim, é só uma sugestão, beleza?<br /><br /><div style="text-align: center;"><i>“Aquilo que não é ligeiramente disforme, parece insensível: disso decorre que a irregularidade, ou seja, o inesperado, a surpresa, o espanto são uma parte essencial e característica da beleza”.</i><br /><b>Baudelaire, pintor impressionista</b></div><div style="text-align: center;"><b> </b></div><div style="text-align: center;"><b><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-DjzcJT9IRdw/YI8-_4lJrHI/AAAAAAAAH58/k-uB8rxIw9Am_zEq-UEOkuepsYKRaGGPQCLcBGAsYHQ/s2635/rembrandt-luzia.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Filósofo em Meditação, Rembrandt - Luzia" border="0" data-original-height="841" data-original-width="2635" height="204" src="https://1.bp.blogspot.com/-DjzcJT9IRdw/YI8-_4lJrHI/AAAAAAAAH58/k-uB8rxIw9Am_zEq-UEOkuepsYKRaGGPQCLcBGAsYHQ/w640-h204/rembrandt-luzia.png" title="Filósofo em Meditação, Rembrandt - Luzia" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Filósofo em Meditação</i>, Rembrandt / <i>Luzia</i></td></tr></tbody></table><br /> </b></div><p> Acho importante comentar com você alguns elementos relevantes nesta narrativa:</p><ul><li><b>Luz</b> - o nome de Luzia deriva de luz. O sol é parte importante da trama também.</li><li><b>Olhos</b> - Santa Luzia é a padroeira da visão e tem em sua história uma relação com os olhos (eles são arrancados dela e servidos numa bandeja). Além disso,<span style="background-color: black;"> </span><span style="color: black;"><span style="background-color: black;">Luzia arranca o olho de Crapiúna no final do livro</span></span>.</li><li><b>Cabelos</b> - parte central do interesse por Luzia pelos homens. Ela constantemente os penteia, ela chega a os oferecer para conseguir dinheiro. Eles estão em destaque no final da história.</li><li><b>Cravo</b> - a flor que Luzia recebe de Alexandre é também uma peça central, que inclusive marca o desenvolvimento da relação entre eles: <span style="color: black;"><span style="background-color: black;">1) Luzia ganha os cravos; 2) Luzia devolve os cravos; 3) Alexandre traz os cravos de volta; 4) os cravos são trespassados pela faca de Crapíúna</span></span>.</li><li><b>Julgamento</b> - Domingos Olímpio era promotor, então a questão da justiça permeia toda a obra, seja diretamente (há um roubo e há intensa participação do delegado e do promotor para darem um final justo ao caso), bem como indiretamente (Luzia se sente sempre julgada pelos olhares dos outros).</li><li><b>Luzia-Homem como mito fundador de Sobral</b> - é inegável a relação da personagem com a cidade. Entrevistei uma escritora sobralense <i>[<b>Carmélia Aragão</b>, que acabou fazendo o posfácio da HQ]</i> e ela me contou uma história de uma pessoa que ela conhecia ter relatado que sua avó tinha conhecido Luzia. Sabendo que se tratava de uma personagem fictícia, a escritora pediu para conhecer a avó da pessoa. Quando chegou lá, a tal mulher tirou um livro da estante e disse que contava a história para os filhos, ela mesma acreditando ter acontecido (é tipo a versão antiga de “se tá na internet é verdade”). E é isso. Aqui em Sobral várias pessoas pensam não se tratar de ficção. E vejo no texto do Domingos Olímpio (já sob influência do Realismo) um interesse em mostrar a cidade e seus personagens (muitos deles realmente estiveram aqui) buscando tornar tudo real. Uma questão que encontrei em outros artigos científicos sobre o livro foi: estaria o escritor tentando criar seu “Rômulo e Remo sobralense”? Essa linha tênue entre realidade e ficção (e a ligação com a cidade) é um elemento massa de explorar (de alguma forma foi uma das coisas que me fez querer adaptar o livro). Pensei em usar Raulino para conduzir isso, utilizando seus causos de uma forma diferente da história, quase como devaneios.</li></ul> <br />Vale falar um pouco sobre as personagens centrais.<br /><br /><h2 class="null" style="text-align: left;"><b>Luzia</b></h2><div style="text-align: center;"><br /><i>“A extraordinária mulher, que tanto impressionara o francês Paul, encobria os músculos de aço sob as<b> formas esbeltas e graciosas das morenas moças do sertão</b>. Trazia a cabeça sempre velada por <b>um manto de algodãozinho</b>, cujas curelas prendia aos alvos dentes, como se, por um requinte de casquilhice, cuidasse com meticuloso interesse de preservar o rosto dos raios do sol e da poeira corrosiva, a evolar em nuvens espessas do solo adusto, donde ao tênue borrifo de chuvas fecundantes, surgiam, por encanto, alfombras de relva virente e flores odorosas. <b>Pouco expansiva, sempre em tímido recato</b>, vivia só, afastada dos grupos de consortes de infortúnio, e quase não conversava com as companheiras de trabalho.” <b>(Luzia-Homem, Domingos Olímpio)</b></i></div> <br />Como trabalhar uma personagem que é chamada de “Luzia-Homem” e é identificada pelo autor como extremamente masculina durante boa parte da trama, mas ao mesmo tempo desperta interesse sexual não só em dois homens heterossexuais, mas em outros pela trama? É uma parada muito curiosa para uma obra de 1903 e deixa a história muito contemporânea. De qualquer forma, penso Luzia como uma típica cabocla cearense, com uma etnia próxima à indígena. Uma pista que me leva para esse caminho é sua origem no município de Ipu, berço dos <b>Tabajaras</b>, grupo do qual inclusive fazia parte <b>Iracema</b>, de José de Alencar (seria Luzia descendente da índia mais famosa da literatura cearense?). Pelas descrições de Domingos Olímpio, acho que seria errôneo trazer em seu corpo apenas características de etnias indígenas. Penso nela como uma misturinha mesmo, como são os sobralenses.<br /> <br />Há quem veja uma certa descoberta da feminilidade de Luzia no decorrer da história (me ajude com isso <i>[apelo direcionado à Debora]</i>). Gostaria de encobri-la mais no início e desnudá-la no decorrer da trama (nos sentidos físico e psicológico). Há alguns contrastes interessantes na narrativa para mostrar o cenário nessa evolução, afinal as primeiras descrições são quentes, no esforço da construção da penitenciária, até o findar da história, no meio à sempre verde e fértil <b>Serra da Meruoca</b> (que em um texto satírico sobre Sobral foi descrita como os alpes sobralenses).<br /><br /><div style="text-align: center;"><i>“dura, indomável, aparentemente incapaz de verdejar em mostras de felicidade. Caem as primeiras chuvas: e a terra se cobre de riquezas. Vence Luzia os recalques de sua natureza sertaneja, ama; ei-la a revelar seus sentimentos femininos, puros, naturais”<br /><b>Miécio Tati</b></i></div> <br /><br /><h2 class="null" style="text-align: left;"><b>Teresinha</b></h2><div style="text-align: center;"><br /><i>“loura, delgada e grácil, de olhar petulante e irônico, toda ela requebrada em movimentos suaves de gata amorosa”<br /><b>(Luzia-Homem, Domingos Olímpio)</b></i><br /><br /></div> Teresinha se enxerga como um final possível para Luzia, como um aviso de como as coisas serão se algo der errado. É assim que ela se apresenta, tentando impedir que a protagonista “chegue aonde ela chegou”. É uma síntese da mulher durante o período da história, embora ela exerça muito sua própria vontade, fugindo da família, por exemplo. Essas marcas de vida estão no seu corpo, que é como ela justifica sua magreza, suas sardas e seus “peitos murchos”. <b>É DE LONGE minha personagem favorita na história</b>.<br /> <br />Ah, e como eu poderia esquecer essa análise apurada da relação <b>Luzia-Teresinha</b>, que eu tentarei fazer guiar meu texto:<br /><br /><div style="text-align: center;">“A impressão que tive, até agora, é como se a Luzia fosse a dimensão da mulher pura, imaculada, inocente (por isso tão forte e destemida) e a Teresinha fosse a dimensão mundana, da experiência, de conhecer como as pessoas realmente são (as coisas que ela passou antes de chegar lá e ela ter tido a iniciativa de investigar e buscar uma solução pro caso do Alexandre, sem informar tudo à Luzia, como se ela fosse a responsável pelo trabalho sujo). Elas são a mulher idealizada e a mulher mundana, porém boa de coração, porque sua alma foi lavada pelo sofrimento que viveu. Vítima das circunstâncias, Teresinha pode sujar as mãos para poupar a Luzia do trabalho sujo. É quase que uma guardiã, uma mãe também, que reconhece a inocência dela e se apropria da tarefa de proteger e cuidar da Luzia. Essa coisa que a gente tem na nossa cultura nordestina mesmo da mulher servindo sempre alguém: a filha que cuida da mãe, a mulher que cuida de outra mulher, que cuida do homem amado, a gente vê tudo isso lá. E eu vejo isso muito presente nas mulheres da minha família também.”<br /><b>(Débora Santos, estudiosa da amizade das mulheres, pelo WhatsApp)</b></div><div style="text-align: center;"><b> </b></div><div style="text-align: left;"><b> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-P0v3TyxPIxY/YI9ViA3YRNI/AAAAAAAAH6M/bBYkp9CNSqQ_D0j1dki4wnQvbMxsGphRgCLcBGAsYHQ/s2048/Teresinha.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1104" data-original-width="2048" height="344" src="https://1.bp.blogspot.com/-P0v3TyxPIxY/YI9ViA3YRNI/AAAAAAAAH6M/bBYkp9CNSqQ_D0j1dki4wnQvbMxsGphRgCLcBGAsYHQ/w640-h344/Teresinha.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Primeiros estudos de Teresinha, por Débora Santos<br /></td></tr></tbody></table><br /></b></div><div style="text-align: left;"><b> </b></div><div style="text-align: center;"><b>x x x</b></div><div style="text-align: left;"><b> </b></div><div style="text-align: left;">Enfim, isso é só um pouquinho dessa etapa do trabalho.</div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;">Convido você a conhecer Luzia comprando no link abaixo:</div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><a href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/Luzia/p/258740685/category=0"><b>COMPRE AQUI</b></a></span><br /></div><div style="text-align: left;"><br />E a pergunta importante agora é: já leu <i>Luzia</i>? Ajuda MUITO se você divulgar em suas redes sociais ou deixar uma avaliação para o livro no <a data-cke-saved-href="https://www.goodreads.com/book/show/57829747-luzia" href="https://www.goodreads.com/book/show/57829747-luzia" target="_blank">Goodreads</a> ou no <a data-cke-saved-href="https://www.skoob.com.br/luzia-11886183ed11883253.html" href="https://www.skoob.com.br/luzia-11886183ed11883253.html" target="_blank">Skoob</a>. É só clicar nos links aí atrás para ir para a página do livro.<br /><br />É sempre bom lembrar que o que eu penso eu registro no <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/zewellington" href="http://instagram.com/zewellington" target="_blank">meu Instagram</a> e no <a data-cke-saved-href="https://twitter.com/zewellington" href="https://twitter.com/zewellington" target="_blank">meu Twitter</a>.<b> </b></div><div style="text-align: left;"><b><br /></b></div><div style="text-align: left;"><b><!--Begin Mailchimp Signup Form-->
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Eu olhava para as margens semiáridas da estrada que partia ou chegava em Sobral, minha cidade, quando comecei a sonhar com uma história de… <b>samurais</b>. Era a história de um assassino aposentado. Agora ele era mendigo nas ruas de uma grande metrópole e, depois de receber a visita de um repórter, se viu obrigado a voltar à ativa contra a organização que o ensinou sobre a arte de matar. A história veio assim, quase toda, incluindo algumas boas ideias para um final (algo que acontece raramente). Estava com outros mil projetos na época, então anotei a ideia em vários pedacinhos de papel e pendurei num flanelógrafo no meu escritório. Quanto tempo essa ideia passou lá? Vou chutar aqui que uns cinco anos.<br /><br />Essa introdução toda é apenas para iniciar uma conversa sobre um assunto que interliga várias perguntas comuns ao escritor iniciante: a) de onde vêm as ideias para as histórias ou b) como ter ideias para histórias ou c) por onde começar uma história. A resposta para essas perguntas é muito imprecisa, mas tem alguns caminhos mais comuns.</p><p><br />A maior parte das minhas ideias surge quando estou lendo um livro ou quadrinho ou assistindo um filme ou série. Quase sempre é um “e se...?”, uma variação daquilo que estou vendo. Eu nunca consigo desligar meu cérebro de escritor, nem mesmo quando estou com o material de outro artista. Isso significa que eu fico tipo público de show de mágica, tentando descobrir o segredo do truque daquilo que estou lendo/vendo. O truque, no caso, é descobrir a) como estão conseguindo me manter interessado naquela obra e b) como aquilo vai acabar. O item “b” é sempre muito interessante para gerar novas ideias… Às vezes eu tento adivinhar o final da história e falho miseravelmente. Aí eu olho para aquele final que eu pensei e, se eu achar ele melhor do que o que eu acabei de ver, provavelmente eu vou guardar aquela ideia de tentar “recontar” aquela história.<br /><br />“Mas, Zé, isso não é plágio?”. Em alguns casos, pode ser. Então, CUIDADO. Eu poderia aqui indicar (e indico fortemente) que você veja o documentário <a href="https://vimeo.com/32677841" target="_blank"><i><b>Everything’s a remix</b></i></a>, que explica que, no fim das contas, toda criação deriva de uma mistura de várias coisas que vieram antes, mas, antes, prefiro dizer que respeito muito as criações de outros colegas. Quando a vontade de recontar uma história vem, ela tem de vir junto com soluções que diferenciem a minha história daquela que deu origem a ela. Uma coisa que sempre me deixa muito tranquilo é que uma ideia minha passa por MUITOS tratamentos (uma forma de chamar as revisões e reconstruções da história, enquanto ela ainda está sendo criada). São tantas idas e vindas, que é muito provável que qualquer coisa que assemelhe a minha história a outra que a inspirou vire um sopro no produto final. Construir uma história inspirada em outras é o caminho mais comum do escritor iniciante, que muitas vezes quer fazer seu próprio <i>Cavaleiros do Zodíaco</i>, <i>X-Men</i>, <i>Senhor dos Anéis</i> ou <i>Star Wars</i>. O grande desafio é encontrar a forma de se inspirar sem ser um genérico. Às vezes a gente só precisa olhar um pouco ao redor.<br /><br />Ideias podem vir também da simples observação do mundo. Já dizia o poeta <a href="https://jessierquirino.com.br/" target="_blank"><b>Jessier Quirino</b></a> que escritores são “prestadores de atenção”. Uma situação que você observou ou, MELHOR AINDA, que aconteceu com você, pode ser o pontapé inicial para uma história. Uma coisa que aprendi é que as melhores histórias que já contei são aquelas que advém de coisas que mexeram comigo. É muito provável que falar sobre algo que incomoda você faça muitas outras pessoas se identificarem com a sua história. Lembro de ouvir um podcast com o escritor e quadrinista <a href="https://www.instagram.com/mutarellilourenco/" target="_blank"><b>Lourenço Mutarelli</b></a> falando sobre seu método criativo, que constava em sentar numa praça, observar as pessoas e tentar imaginar o que elas estavam passando naquele momento. Em <a href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/Steampunk-Ladies-Choque-do-futuro-FRETE-GR%C3%81TIS-BR/p/210908405/category=0" target="_blank"><b><i>Steampunk Ladies: Choque do futuro</i></b></a>, há uma sequência onde dois garotos fazem pouco de uma garota quando ela os convida para brincar de boneca. Essa cena é inspirada numa situação vivida por mim, quando flagrei um garoto fazendo pouco da minha filha numa situação parecida. Quem já leu a HQ sabe que a garotinha dá a volta por cima. É assim que escritores se vingam da vida real: <b>escrevendo histórias</b>.<br /><br />Corta agora para o final de 2020: surge um edital da Lei Aldir Blanc na minha cidade (<a href="https://www.zewellington.com/2017/01/e-o-tal-do-edital-lista-do-ze-12.html">já falei sobre editais aqui</a>). Foram várias seleções de projetos pelo Brasil nessa lei e a principal característica de todos era um prazo apertadíssimo. Mas que história eu inscreveria naquele edital, tendo ela que ser inédita e precisando estar pronta em menos de dois meses? Olhei para o flanelógrafo e vi os papeizinhos recortados da ideia que tive na estrada. Parecia boa, mas ainda me incomodava, porque parecia demais com outras histórias que já vi por aí. Para não cair no risco de copiar algo involuntariamente, eu precisava adicionar alguns elementos em busca de alguma originalidade. Foi aí que meu senso de prestador de atenção entrou em ação.<br /><br />Na minha adolescência, a chegada de um garoto novo na escola causou estardalhaço por conta de um boato que correu pelos corredores: ele seria sobrinho de um famoso pistoleiro do estado. Se aquilo era verdade ou não, eu nunca vou saber. O fato é que essa história voltou na minha cabeça quando peguei aqueles papeizinhos, me fazendo transformar toda a ideia, começando por uma mudança de cenário para o Ceará. Claro que essa mudança também vem do meu atual movimento de escrever mais sobre coisas que estão ao meu redor. E assim nasceu <a href="https://matamata.iradex.net/" target="_blank"><i><b>Mata-mata</b></i></a>: uma história sobre pessoas que vivem para matar outras (uma ideia construída em cima de outras), mas também uma história sobre família e legado (uma vivência).</p><p>Tudo isso começou com samurais, dá para acreditar? Engraçado que, relendo a história, comecei a entender melhor o porquê da arma da última morte, algo que rolou inconscientemente, eu juro...<br /><br />De onde vem as inspirações para suas histórias?</p><p> </p><p></p><p style="text-align: center;">Baixe <i><b>Mata-mata</b></i> gratuitamente clicando na imagem abaixo:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://matamata.iradex.net/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="426" src="https://1.bp.blogspot.com/-gXeOwGzLFVM/YATAflB7IFI/AAAAAAAAHwA/76qdzn63gOw1cGHixvbUHxQqpgEhlf1ygCLcBGAsYHQ/w640-h426/Mata-mata%2BMockup.png" width="640" /></a></div><p></p><p></p>
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E o melhor: por conta da <b>CCXP Worlds</b>, você já pode garantir suas cópias em pré-venda com condições especialíssimas.<br /><br />Meu próximo quadrinho, <i><b>Luzia</b></i>, citado num e-mail anterior desta lista, já pode ser adquirido por apenas <b>R$ 29,90 (frete incluso)</b>. Estamos nas etapas finais da HQ, então a previsão de envio é de <b>até fevereiro de 2021</b>. Mas, nesse exato momento, nós e a editora estamos dando o gás para que o livro esteja na sua casa antes disso. O fato é que só agora você terá o menor preço com frete incluso, então aproveite por que <b>esta oferta só é válida até o dia 6 de dezembro</b>. <a data-cke-saved-href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/LUZIA-PR%C3%89-VENDA-FRETE-GR%C3%81TIS-BR/p/258740685/category=0" href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/LUZIA-PR%C3%89-VENDA-FRETE-GR%C3%81TIS-BR/p/258740685/category=0" target="_blank"><b>Garanta a sua aqui!</b></a><br /><br />E tem lançamento surpresa: volto à literatura com a noveleta policial <b><i>Mata-mata</i></b>. E para você que está lendo este e-mail, é daquele jeito que eu sei que você adora: <b>GRATUITO</b>. Lançado (por enquanto) apenas em formato digital, este livrinho é um projeto transmídia que contará ainda com ilustrações, trilha sonora e até um áudio drama. O lançamento oficial será no dia <b>27 de dezembro</b> e você pode garantir o seu agora sem nenhum custo. Você faz a "compra" na minha loja e no dia do lançamento o livro será enviado para o seu e-mail. <b><a data-cke-saved-href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/Mata-mata-eBook-gratuito/p/258741639/category=0" href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/Mata-mata-eBook-gratuito/p/258741639/category=0" target="_blank">Garanta o seu aqui!</a></b><br /><br />Para saber mais sobre os lançamentos, role o e-mail um pouquinho para baixo. Falo também da minha participação na CCXP Worlds neste mesmo texto, incluindo uma intensa programação de eventos ao vivo, com palestras e bate-papos. Te espero lá!</p><p style="text-align: center;"> x x x</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-TkGwfL_3aXU/X3CVE1ZpIbI/AAAAAAAAHp8/1sQSidggyyYH2LMRfHWpDdSe8x0wax-kACPcBGAYYCw/s2048/85.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1474" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-TkGwfL_3aXU/X3CVE1ZpIbI/AAAAAAAAHp8/1sQSidggyyYH2LMRfHWpDdSe8x0wax-kACPcBGAYYCw/w460-h640/85.jpg" width="460" /></a></div><br /><p></p><div style="text-align: center;"><a data-cke-saved-href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/LUZIA-PR%C3%89-VENDA-FRETE-GR%C3%81TIS-BR/p/258740685/category=0" href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/LUZIA-PR%C3%89-VENDA-FRETE-GR%C3%81TIS-BR/p/258740685/category=0" target="_blank"><b>Quadrinho disponível em PRÉ-VENDA (envio até fevereiro/2021)</b></a><br /></div><p><br />A Grande Seca, como foi conhecido um grande período de estiagem ocorrido no Nordeste de 1877 a 1879, foi o mais devastador fenômeno de seca da história do Brasil, e pode ter sido responsável pela morte de até meio milhão de pessoas. Em meio a uma multidão de retirantes no sertão de Sobral, cidade do interior do Ceará, Luzia sonha com uma vida melhor, enquanto lida com a doença da mãe e o assédio de um soldado. Por ter músculos fortes, força incomparável e características masculinizadas, ela ganha a alcunha de "Luzia-Homem". Mesmo neste clima desfavorável, a retirante vê florescer uma nova amizade e também um grande amor.<br /><br />Adaptado para o cinema e para o teatro, <i>Luzia-Homem</i> é um clássico absoluto da literatura brasileira. Publicado pelo escritor cearense Domingos Olímpio no ano de 1903, descreve as agruras do sertanejo num dos períodos mais difíceis da história do Ceará, enquanto trata de temas como assédio e violência de gênero. <b><i>Luzia</i></b> é uma adaptação inédita do romance para os quadrinhos e tem roteiro de <b>Zé Wellington</b> (<i>Cangaço Overdrive</i>, <i>Steampunk Ladies</i>) e desenhos de <b>Débora Santos</b> (<i>Gringo Love</i>, <i>Pombos</i>). Este projeto é apoiado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura - Nº 13.811, de 16 de agosto de 2006.</p><p style="text-align: center;">x x x</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-B_C9DJiGPts/X7-kqTowyaI/AAAAAAAAHsM/3qt8vfvIkJYhFbd87OGG_YOy7cWn8GDogCPcBGAYYCw/s2048/capaprovisoria.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1474" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-B_C9DJiGPts/X7-kqTowyaI/AAAAAAAAHsM/3qt8vfvIkJYhFbd87OGG_YOy7cWn8GDogCPcBGAYYCw/s320/capaprovisoria.png" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: center;"><a data-cke-saved-href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/Mata-mata-eBook-gratuito/p/258741639/category=0" href="https://www.zewellington.com/p/loja.html#!/Mata-mata-eBook-gratuito/p/258741639/category=0" target="_blank"><b>Lançamento oficial em 27 de dezembro<br />Garanta sua cópia digital gratuita</b></a><br /></p><p style="text-align: left;"><br />Durante os anos 1980 e 1990, o Ceará e boa parte do Nordeste viveram um período caótico, no auge dos tempos de pistolagem. Políticos guerrearam muito além do campo das palavras, utilizando pistoleiros para executar adversários. Esses controversos matadores ganharam fama no período e eram temidos principalmente nas pequenas cidades. Já nos dias atuais, quando este período parecia ter ficado para trás, um assistente social se envolve no último serviço de um pistoleiro aposentado.<br /><br /><i><b>Mata-mata</b></i> é uma noveleta de <b>Zé Wellington</b>, escritor e roteirista de histórias em quadrinhos como <i>Cangaço Overdrive</i> (semifinalista do Prêmio Jabuti) e <i>Steampunk Ladies</i> (vencedora do Troféu HQMIX). Esse projeto é financiado pela Chamada Pública 003/2020-SECJEL com fundamento na Lei Federal 14.017/2020, Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural.</p><p style="text-align: center;">x x x</p><p style="text-align: left;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-rEyJsG1PLWE/X8RTMUe8DDI/AAAAAAAAHsw/PaevDda08yYOJvhPALBu8L7c_3-MwuN5gCLcBGAsYHQ/s1200/ccxpworlds_transp.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1200" src="https://1.bp.blogspot.com/-rEyJsG1PLWE/X8RTMUe8DDI/AAAAAAAAHsw/PaevDda08yYOJvhPALBu8L7c_3-MwuN5gCLcBGAsYHQ/s320/ccxpworlds_transp.png" width="320" /></a></div><br />Na impossibilidade de realizar um evento presencial, a <b>CCXP</b> este ano segue para uma inovadora versão online. É só zapear pelo site oficial do evento pra ver que eles não estão de brincadeira. Além de uma incrível lista de convidados que inclui <b>Neil Gaiman</b> e <b>Art Spiegelman</b>, o evento vai oferecer uma experiência que foge do formato de conferências online que se popularizou durante a pandemia. Além disso, está garantido o espaço dos artistas, renomeado nesta versão para <b>Artists' Valley</b>. Uma boa parte do evento poderá ser acessado gratuitamente. <a data-cke-saved-href="https://ingressos.ccxp.com.br/" href="https://ingressos.ccxp.com.br/" target="_blank">Garanta seu acesso ao evento aqui</a>.<br /><br /><a data-cke-saved-href="https://www.ccxp.com.br/artists-valley/ze-wellington-371" href="https://www.ccxp.com.br/artists-valley/ze-wellington-371" target="_blank">Este aqui é o link do meu perfil na Artists' Valley da CCXP Worlds!</a><br /><br />Por enquanto meu perfil tem apenas um preview das minhas HQs. Mas durante os dias do evento (04 a 06/12/20), você terá acesso a uma loja com meus produtos com preços muitos especiais e poderá interagir comigo e outros convidados em vários horários através de eventos online, que poderão ser assistidos através da plataforma da CCXP ou pelo Youtube. Na falta do contato pessoal com os leitores no evento, através do meu canal do Youtube (<a data-cke-saved-href="https://www.youtube.com/c/Z%C3%A9Wellington" href="https://www.youtube.com/c/Z%C3%A9Wellington" target="_blank">inscreva-se aqui</a>) e também de outros colegas, vamos poder conversar sobre diversos assuntos em<b> transmissões ao vivo</b>. Confira os dias e horários abaixo:<br /><br /><b>04/12 (sexta-feira)</b><p></p><ul><li>11h - Escrevendo quadrinhos ao vivo (<a data-cke-saved-href="https://youtu.be/h4r6IQVXJK0" href="https://youtu.be/h4r6IQVXJK0" target="_blank">clique aqui para definir um lembrete</a>)</li><li>17h - O processo de criação de "Luzia" (com Debora Santos) (<a data-cke-saved-href="https://www.youtube.com/user/editoradraco" href="https://www.youtube.com/user/editoradraco" target="_blank">ao vivo no canal da Editora Draco</a>)</li><li>20h - Política e quadrinhos (com Pedro Ponzo e Thais Kisuki) (<a data-cke-saved-href="https://youtu.be/NHdP1aKroyg" href="https://youtu.be/NHdP1aKroyg" target="_blank">clique aqui para definir um lembrete</a>)</li></ul><br /><b>05/12 (sábado)</b><ul><li>10h - Papo entre amigos (com Luis Carlos Sousa) (<a data-cke-saved-href="https://www.youtube.com/playlist?list=PLmn9BXM3p3BAYC2RfcInXjWB_vpLgldwc" href="https://youtu.be/0wRaEDPSGKY" target="_blank">clique aqui para definir um lembrete</a>)</li><li>20h - Um papo sobre Cangaço Overdrive (<a data-cke-saved-href="https://youtu.be/WRTJUPDwIsk" href="https://youtu.be/L7ty_D8Y_Kw" target="_blank">clique aqui para definir um lembrete</a>)</li></ul><br /><b>06/12 (domingo)</b><ul><li>15h - Roteiristas de quadrinhos (Daniel Esteves e Milena Azevedo) (<a data-cke-saved-href="https://www.youtube.com/user/ESTEVESHQEMFOCO" href="https://www.youtube.com/user/ESTEVESHQEMFOCO" target="_blank">ao vivo no canal do Daniel Esteves</a>)</li><li>20h - Roteiro para quadrinhos (com Wilson Jr.) (<a data-cke-saved-href="https://www.youtube.com/channel/UCYVGNbhomrk2z1kZLkuJ2YQ" href="https://www.youtube.com/channel/UCYVGNbhomrk2z1kZLkuJ2YQ" target="_blank">ao vivo no canal do Escambau</a>)</li></ul><p style="text-align: left;"> </p><p> </p><p> </p>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-13155578018498057532020-09-28T10:45:00.011-03:002020-09-28T22:34:02.604-03:00Vivo e ao vivo (Lista do Zé #31)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-_yH7FwT-nlU/X3HoLzl3ODI/AAAAAAAAHqE/EFvYNt5KX88uSr-8xUwLiOnNn3ErRRaOgCLcBGAsYHQ/s1920/calma.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="868" data-original-width="1920" height="181" src="https://1.bp.blogspot.com/-_yH7FwT-nlU/X3HoLzl3ODI/AAAAAAAAHqE/EFvYNt5KX88uSr-8xUwLiOnNn3ErRRaOgCLcBGAsYHQ/w400-h181/calma.jpg" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p>Como estão vocês? Por aqui seguimos bem. As coisas andam meio diferentes nos últimos meses (mas acho que vocês já perceberam) e, se em algum momento todo o contexto que a gente vive hoje pareceu uma espécie de pausa até que as coisas voltassem ao normal, essa sensação foi para as cucuias e o mundo engatou as marchas seguintes. Ainda que todo o mecanismo da coisa tenha mudado.<br /><br />Eu acho que já falei aqui em algum momento que ano passado eu tive um ano bem montanha-russa, com um vale profundíssimo no primeiro semestre e uma subida rumo ao Everest no segundo. 2020 começava promissor e me preparei para tal: comprei material para expor os livros, reforcei meu estoque, agendei uma série de eventos e me livrei de alguns compromissos profissionais para abrir espaço para a escrita. Quando a pandemia começou ficou aquela sensação de que tudo isso era apenas um "break", vamos deixar as ideias guardadas para daqui a pouco. Mas depois de seis meses, sem a mínima condição de um planejamento a longo prazo, você começa a perceber que esperar não é uma boa estratégia. Com ou sem vacina, as coisas mudaram de verdade. Elas podem até vir a ser como antes em algum momento, mas está mais do que claro que isso pode demorar. Então é hora de ajustar o itinerário: entender o que é possível agora, respeitar suas próprias limitações e seguir numa nova direção.<br /><br />Para um cara que tenta lidar diariamente com suas crises de ansiedade, planejar com incerteza não é lá muito fácil. Mas, no geral, até que as coisas têm funcionado bem. Ainda que tenha vivido um ou outro período explosivo, a vida seguiu nesse ano e muitos projetos voltaram a andar. Eu não penso mais no depois, já que não dá pra saber se e quando será.<br /><br />Bom, isso é um desabafo (que pode, sei lá, servir para alguém), mas também uma justificativa, talvez longa demais, para um hiato aqui na lista. Esse final de ano, como a maioria dos finais de ano na minha vida, vai ser intenso, com a maratona para finalizar minha próxima HQ, a adaptação para quadrinhos do romance <b><i>Luzia-Homem</i></b>, enquanto vários outros projetos foram ajustados e outros criados para este novo momento. Então vou dando sinal de vida quando possível. Boas notícias virão muito em breve.<br /><br />Espero.</p><p>Para receber textos como esse no seu e-mail, inscreva-se na minha lista: <a href="http://bit.ly/listadoze">bit.ly/listadoze</a> <br /></p><p style="text-align: center;"> x x x</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.zewellington.com/p/loja.html" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="685" data-original-width="468" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-v9jDRQUAXqg/X3Hoagha6QI/AAAAAAAAHqI/VTh77BK2nnUeDXT6fj0CSL1Z3dcMmibpACLcBGAsYHQ/s320/vitrine_blog_zewellington.png" /></a></div><br /><br /><p></p><p>Talvez alguém aqui se interesse em saber que consegui finalmente fazer uma lojinha razoável <a data-cke-saved-href="https://www.zewellington.com/p/loja.html" href="https://www.zewellington.com/p/loja.html" target="_blank">no meu site oficial</a>. Todas as minhas HQs estão lá, promocionalmente e por tempo limitado com frete grátis para todo Brasil. Como sai direto da minha casa, pode ir com dedicatória e sempre vai com brindes.<br /><br />Os destaques são o retorno de <b><i>Quem Matou João Ninguém?</i></b> (meu primeiro álbum, de 2014) e os combos com precinhos especiais.</p><p style="text-align: center;">x x x</p><p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://festivaleconomiacriativa.com.br/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-qX-6mda7_6M/X3HowJcAi7I/AAAAAAAAHqU/NcpcE1-jBe0PyBccw_TO6yJY2-aYf7jQACLcBGAsYHQ/w400-h400/Evento%2BSebrae.png" width="400" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: left;"><b>Amanhã estarei no Festival Nordestino de Economia Criativa.</b> <span>Meu irmão baiano<b> Hugo Canuto</b> e minha comparsa na dominação mundial dos quadrinhos nordestinos<b> Thaïs Kisuki</b> vão estar comigo num papo sobre fazer quadrinhos no nordeste, no dia 29 de setembro (terça-feira), a partir das 16h. O evento vai rolar dentro da programação do Festival Nordestino de Economia Criativa, uma realização dos Sebrae, que começa hoje. É tudo GRATUITO, basta se inscrever no site e o link pro evento vai chegar no seu e-mail: <a data-cke-saved-href="http://www.festivaleconomiacriativa.com.br" href="http://www.festivaleconomiacriativa.com.br" target="_blank">www.festivaleconomiacriativa.com.br</a><br /><br />Vale a pena conhecer <a data-cke-saved-href="http://festivaleconomiacriativa.com.br/programacao/#28" href="http://festivaleconomiacriativa.com.br/programacao/#28" target="_blank">o restante da programação</a>, que tem Patativa do Assaré, Movimento Armorial, cinema, games e mais um montão de coisas relacionadas com o fazer cultura do Nordeste.</span></p><p style="text-align: center;"><span>x x x</span></p><p style="text-align: left;"><span> </span></p><p style="text-align: left;"><span>Acho que vale a pena falar do montão de eventos que eu participei do meu último e-mail para cá, né? Todos disponíveis para serem assistidos/ouvidos.</span></p><ul><li><b><i>Cangaço Overdrive</i> foi tema do podcast Imaginários.</b> <span>Em episódio do podcast da <a data-cke-saved-href="http://www.editoradraco.com" href="http://www.editoradraco.com" target="_blank"><b>Editora Draco</b></a>, os editores <b>Raphael Fernandes</b> e <b>Erick Sama</b> receberam a mim e ao escritor <b>Fábio Fernandes</b> para conversar sobre meu quadrinho semifinalista do <b>Prêmio Jabuti</b>. <b><a data-cke-saved-href="https://open.spotify.com/episode/6ucj1UqOoTKEBsc14rQEVu?si=YcaGQQpQTU2FW4V28-J4wQ" href="https://open.spotify.com/episode/6ucj1UqOoTKEBsc14rQEVu?si=YcaGQQpQTU2FW4V28-J4wQ" target="_blank">Escute aqui.</a></b></span></li><li><span><b>Ainda sobre cyberpunk, rolou um debate sobre distopias nos quadrinhos nacionais.</b> O papo aconteceu </span>durante <b>Painel Aberto de Quadrinhos</b>, um evento da
Com-Arte Jr., empresa júnior do curso de Editoração da ECA-USP. Além de mim, estiveram presentes o <b>Gabriel Jardim</b>, a <b>Kione Ayo</b> e o <b>Isaac Santos</b>. <a href="https://youtu.be/h9bUXZmwT48" target="_blank"><b>Assista aqui.</b></a><span><b> </b></span></li><li><span><b>Rolou uma conversa pra lá de íntima sobre minha relação com quadrinhos.</b> Foi no canal do Youtube do <a data-cke-saved-href="https://www.estudiodanielbrandao.com/" href="https://www.estudiodanielbrandao.com/" target="_blank"><b>Estúdio Daniel Brandão</b></a>. Conduzido pelo próprio Daniel, que antes de qualquer coisa é um amigo muito próximo, falei como nunca antes sobre minha carreira. <b><a data-cke-saved-href="https://www.youtube.com/watch?v=WCMZTUmKC4E" href="https://www.youtube.com/watch?v=WCMZTUmKC4E" target="_blank">Assista aqui.</a></b></span></li><li><span><b>Terror, regionalismo e quadrinhos no sertão, num bate-papo no Youtube.</b> Conversei com o amigo e também escritor <a data-cke-saved-href="https://www.instagram.com/oterrordemarciobenjamin/" href="https://www.instagram.com/oterrordemarciobenjamin/" target="_blank"><b>Márcio Benjamin</b></a>, como parte da programação do Sesc ConVida. <a data-cke-saved-href="https://www.sesc.com.br/portal/site/convida/content/encontrosliterarios?tema=biblioteca%20e%20literatura&css=biblioteca" href="https://www.sesc.com.br/portal/site/convida/content/encontrosliterarios?tema=biblioteca%20e%20literatura&css=biblioteca" target="_blank"><b>Assista aqui.</b></a></span></li><li><b>Teve também podcast sobre o fazer quadrinhos do Nordeste.</b> Ainda como parte da programação do Sesc ConVida, participei de um podcast com outros quadrinistas nordestinos. <a data-cke-saved-href="https://open.spotify.com/episode/3A5mCqvh1cGfLRzlXh0Is7?si=oDV2U0wBQve5BDsOnK6tSQ" href="https://open.spotify.com/episode/3A5mCqvh1cGfLRzlXh0Is7?si=oDV2U0wBQve5BDsOnK6tSQ" target="_blank"><b>Escute aqui.</b></a></li><li><b>Falei sobre criar histórias no sertão e no Ceará no Youtube.</b> <span>Na plataforma do <b>Cultura Dendicasa</b>, da <b>Secretaria da Cultura do Ceará</b>, saiu a minha participação no projeto num vídeo sobre a minha experiência escrevendo<i> Cangaço Overdrive</i> e os muitos aprendizados do processo. No final, indico vários quadrinhos de autores cearenses.</span> <b><a data-cke-saved-href="https://culturadendicasa.secult.ce.gov.br/formacao/sertao-em-quadrinhos/" href="https://culturadendicasa.secult.ce.gov.br/formacao/sertao-em-quadrinhos/" target="_blank">Assista aqui.</a></b></li></ul><p style="text-align: left;"><span> </span></p><p>Sigam minhas redes sociais, especialmente <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/zewellington" href="http://instagram.com/zewellington" target="_blank">meu Instagram</a>, para ficarem por dentro dos próximos eventos. Se precisarem entrar em contato, respondam este e-mail.<br /><br />Se cuidem por aí.</p>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-60029416249921151582020-06-17T22:31:00.000-03:002020-06-17T22:31:08.481-03:00Turnê Virtual de Lançamento de Steampunk Ladies: Choque do Futuro<p dir="ltr" id="docs-internal-guid-90462a99-7fff-ea11-4a53-f6b3fa5b8031" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-W5XJHk7EHVM/Xuq_dYEEcMI/AAAAAAAAHlo/LfSDp9ZAsqkGJp_AQ6VVoFLP-6ExiYs2ACK4BGAsYHg/s1080/Turne%2BVirtual.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-W5XJHk7EHVM/Xuq_dYEEcMI/AAAAAAAAHlo/LfSDp9ZAsqkGJp_AQ6VVoFLP-6ExiYs2ACK4BGAsYHg/w500-h500/Turne%2BVirtual.png" width="500" /></a></div><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"><br /></span><p></p>Em dezembro de 2019 lançamos <em><strong>Steampunk Ladies: Choque do Futuro</strong></em>. Depois de um péssimo primeiro semestre na minha vida profissional, era um jeito massa de encerrar um dos anos mais emblemáticos da minha vida. Um dos grandes aprendizados do ano passado para mim foi que TALVEZ essa coisa de escrever possa dar certo profissionalmente. Mas boa parte dessa possibilidade residia nos EVENTOS. Se 2020 fosse um pouquinho melhor do que seu antecessor (que foi espetacular nesse quesito no segundo semestre) eu ia conseguir dar passos concisos nos meus objetivos com a arte.<br /><br /><strong>Mas aí veio a pandemia.</strong><br /><br />Sem a possibilidade dos encontros presenciais, lançar uma história em quadrinhos virou um desafio. Toda uma articulação que eu havia construído pra fazer lançamentos do quadrinho novo pelo nordeste foi pro ralo. Pra completar mais uma vez na minha vida eu me vi às voltas com ela... <strong>a pilha de quadrinhos no guarda-roupa</strong>. Faziam anos que eu não acumulava livros meus aqui, por conta da boa saída que eles vinham tendo em eventos. Algo tinha de ser feito.<br /><br />Num exercício de coragem e paciência, comecei a enviar mensagens para comics shops e livrarias pelo Brasil para montar uma alternativa. E a resposta foi muito positiva.<br /><br />Assim, começando amanhã até o dia 3 de julho, acontecerá a <strong>Turnê Virtual de Lançamento de <em>Steampunk Ladies: Choque do Futuro</em></strong>. Uma nova forma de distribuição, que monetiza também as lojas, foi pensada pra esses eventos. Respeitando as recomendações das organizações de saúde, os eventos digitais acontecerão em forma de transmissões ao vivo no Instagram das lojas, com minha participação e de outros colaboradores da HQ. Os quadrinhos nem vão chegar a ir para as comic shops, pra agilizar e baratear o processo eles vão sair daqui de casa, com autógrafo, dedicatória e brindes exclusivos (tudo que o leitor teria direito num evento presencial), direto para a casa dos compradores. A compra vai ser feita pelas lojas virtuais das comic shops e livrarias envolvidas. Inicialmente, a turnê “passará” pelas cidades de <strong>Fortaleza</strong>, <strong>Teresina</strong>, <strong>São Paulo</strong> e <strong>Curitiba</strong>.<br /><br />É uma experiência. Vamos ver o que aprenderemos com isso.<br /><br />O calendário de lançamentos ficou assim:<br /><br /> <strong> 18/06 - 18h30: Comic Boom! (São Paulo)</strong> - <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/comic_boom_" href="http://instagram.com/comic_boom_" target="_blank">no perfil @comic_boom_</a><br /> <strong> 23/06 - 17h: Quinta Capa (Teresina)</strong> - <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/quintacapalivraria" href="http://instagram.com/quintacapalivraria" target="_blank">no perfil @quintacapalivraria</a><br /> <strong>26/06 - 20h30: Reboot (Fortaleza)</strong> - <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/rebootcomicstore" href="http://instagram.com/rebootcomicstore" target="_blank">no perfil @rebootcomicstore</a><br /> <strong> 29/06 - 17h: Arte e Letra (Curitiba)</strong> - <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/arteeletra" href="http://instagram.com/arteeletra" target="_blank">no perfil @arteeletra</a><br /> <strong> 01/07 - 16h: Itiban (Curitiba)</strong> - <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/itibancomicshop" href="http://instagram.com/itibancomicshop" target="_blank">no perfil @itibancomicshop</a><br /> <strong> 03/07 - 19h: Excelsior (São Paulo)</strong> - <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/excelsior_comic_shop" href="http://instagram.com/excelsior_comic_shop" target="_blank">no perfil @excelsior_comic_shop</a><br /><br />São vários papos e várias oportunidades de falar sobre a HQ e outros assuntos. É só chegar no perfil da loja no Instagram no dia e horário marcado. Por sinal SIGAM OS PERFIS das lojas, que estão passando por um momento tão complicado quanto eu. A essas lojas, fica o meu agradecimento pela confiança.<br /><br />Posso contar com a sua presença?<div><br /></div><div><br /></div><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"></span></p><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"></span>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-23476964080982270942020-04-21T15:24:00.000-03:002020-04-21T15:24:16.687-03:00Prometeu inconfidente (conto) (Lista do Zé #30) <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-DjzRmZDJ3fI/Xp859BvaLCI/AAAAAAAAHkU/qyg4luli730p5EKe6E39-4PoEQoOJvqRgCK4BGAsYHg/tiradentes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="270" src="https://1.bp.blogspot.com/-DjzRmZDJ3fI/Xp859BvaLCI/AAAAAAAAHkU/qyg4luli730p5EKe6E39-4PoEQoOJvqRgCK4BGAsYHg/w480-h270/tiradentes.jpg" width="480" /></a></div><div><br /></div><div><br /></div><div>Olá, olá!</div><br />Que tal um conto hoje?<br /><br />Era 2011 ou 2012, quando apareceu na Internet uma chamada para uma antologia da <a data-cke-saved-href="http://www.estronho.com.br" href="http://www.estronho.com.br" target="_blank"><strong>Editora Estronho</strong></a> com contos que misturassem os acontecimentos da <strong>Inconfidência Mineira</strong> com ficção científica ou fantasia (<a data-cke-saved-href="https://amzn.to/2RWspci" href="https://amzn.to/2RWspci" target="_blank">que hoje está disponível para venda aqui</a>). Naquela época, como forma de treinar a escrita, eu tentava participar de todas antologias desse tipo abertas. E foi assim, com um tempo apertadíssimo, que escrevi o conto que vocês poderão ler logo abaixo, um encontro desse momento da história brasileira, lembrado nesse feriado nacional de hoje, com as ideias imortalizadas pela escritora <strong>Mary Shelley</strong> na sua obra-prima, <em><strong><span>Frankenstein ou o Prometeu Moderno</span></strong></em>, um dos meus livros favoritos.<br /><br />Curiosidades sobre este conto<br />1. A cabeça de <strong>Tiradentes</strong> desapareceu mesmo.<br />2. Os textos extras que aparecem no início e no fim do conto só foram colocados para que ele alcançasse o número mínimo de caracteres exigido na seleção (você pode até ignorar se quiser, embora eu ache hoje que eles dão um certo charme).<br /><div>3. Fiquei com uma vontade danada de revisar e reescrever o conto... Mas qual seria a graça, né? Melhor mostrar pra vocês essa foto da minha produção de dez anos atrás. Reli e ainda gosto da maior parte dele.</div><div><br /></div><div>Receba textos como esse no seu e-mail. Inscreva-se na minha lista: <a href="bit.ly/listadoze" target="_blank"><b>bit.ly/listadoze</b></a><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>x x x<br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><span><strong>Prometeu inconfidente</strong><br /><strong>Por Zé Wellington</strong><br /> <br /><em>“Quereis, minhas senhoras, que vos conte uma história para disfarçar o enfado destas longas e frigidíssimas noites de maio? Mas, por melhor que seja a minha vontade, não sei como possa </em><em>satisfazer ao vosso pedido... digo mal, – cumprir as vossas ordens. Este frio enregela-me as asas da imaginação; este vento glacial, que uiva pelos telhados, como uma matilha de cães danados, estes guinchos de corujas, que parecem lamentos de precitos, fazem a inspiração recolher-se toda encolhida aos mais íntimos esconderijos do crânio, tiritando de frio e de medo. A falar-vos verdade, minhas senhoras, tenho o espírito tão seco e estéril, como a caveira de um defunto enterrado há cem anos. Ah! falei-vos em caveira!... E não é que esta ideia de caveira veio despertar-me a reminiscência entorpecida pelo frio?! Foi como a vara mágica de Moisés, que fez rebentar água em jorros da aridez do rochedo do deserto. E, pois, vou contar-vos a história de uma caveira memorável. Não se arrepiem, minhas senhoras; não é história de almas do outro mundo, de trasgos, nem de duendes. É uma simples tradição nacional, ainda bem recente, e da nossa própria terra. Essa história eu a poderia intitular: História de uma Cabeça Histórica.”</em></span><div style="text-align: right;"><span>A cabeça do Tiradentes, Bernardo Guimarães</span></div> <span> <br /> <br /><strong>I</strong><br />Certamente a maioria das pessoas odeia ir ao dentista. Eliseu até que gostava: era uma das poucas situações em que o menino não precisava falar com quem estava com ele. Com aquele monte de ferramentas na boca, a sagrada obrigação de ser uma criatura social pertencia ao doutor.<br /><br />– Com anestesia ou sem anestesia, Eliseu?<br /><br />– Qual é o que dói menos? – disse o garoto com dificuldade, cuspindo na bata do médico.<br /><br />– Possivelmente as duas doem do mesmo jeito...<br /><br />Eliseu arregalou os olhos e antes que pudesse responder, o dentista puxou rapidamente o alicate da boca do garoto. Sangue espirrou para todos os lados, especialmente sobre o rosto do menino, que nem teve tempo de sentir dor. Delicadamente aquele doutor limpou o rosto de Eliseu, seu sorriso acalmando a perda do dente.<br /><br />– Não é interessante, garoto, o funcionamento do corpo? Todo o fluido que corre nas nossas veias... O delicado fluxo do indivíduo? – disse o dentista.<br />Com a mão na boca, recuperando-se do trauma, Eliseu não conseguiu responder. O doutor riu e mudou de assunto, talvez pensando que o garoto pudesse não ter compreendido.<br /><br />– É o meu último dia aqui, e você me dá sangue de presente, Eliseu... Vou demorar horas limpando este consultório.<br /><br />– Você vai embora, doutor Joaquim? – Eliseu já se recuperava.<br /><br />– Já chega deste lugar. Em tempos como estes a carreira militar é o melhor para um rapaz pobretão como eu. Seguirei patrulhando pelo Caminho Novo.<br /><br />– Ser soldado deve ser emocionante... – disse Eliseu, levantando-se da cadeira.<br /><br />– Tire essa ideia da cabeça, menino. Você é rico. Já deve ter uma cadeira na Universidade de Coimbra com seu nome. Você vai ser alguém na vida, não vai ser esquecido assim que morrer. Parece que quando falam de mim só dessa terrível alcunha que me botaram é que se lembram...<br /><br />– Tiradentes, – um rapaz adentrou a sala gritando – já é hora!<br />Silvério, um rapaz comunicativo e bem mais novo que Tiradentes, invadiu o ambiente de forma expansiva, mexendo no material do dentista. Eliseu se incomodou com a liberdade do novo visitante, mas imaginou que ele poderia ser bem próximo ao doutor.<br /><br />– Nosso trem parte logo.<br /><br />– Calma, Silvério... Nunca vi alguém mais ansioso pela própria morte... Por que enfim é isso que procuramos na vida militar, correto? – disse Tiradentes, voltando-se para Eliseu.<br /><br />– E o salário, Tiradentes... Esqueceu do polpudo salário que nossa maravilhosa coroa de Maria Louca nos proverá? – disse o jovem Silvério, sorrindo com seus dentes sujos e mal cuidados.<br /><br />Tiradentes virou-se para Eliseu e tocou carinhosamente seu queixo:<br /><br />– Preciso ir, menino. Quem sabe não nos encontramos por aí. Da próxima vez o doutor pode ser você... Um doutor de verdade, de diploma e tudo mais. Muito mais que um “arranca-dentes” minerador... Faça algo bom de sua vida, criança.<br /> <br /><strong>II</strong><br />A Universidade de Coimbra era um ambiente com um quê selvagem. Entre nobres circulavam figuras exóticas, cabeças que pensavam à frente do seu tempo. Ou pelo menos assim achavam. Filho do Barão de Congonhas do Campo, Eliseu ganhara a oportunidade de viajar a Portugal, onde receberia educação formal superior. O jovem havia optado pelas ciências naturais como sua área de interesse.<br /><br />– É um ramo interessante, Eliseu. Mas o que precisam na colônia é de engenheiros. Precisamos abrir estradas e canalizar os rios do Brasil selvagem! – um empolgado jovem, de cabelos ensebados e roupas bem passadas, declamou levantando-se da mesa, onde vários universitários congregavam.<br /><br />– Eu certamente compreendo a sua exaltação, Luís Antônio. Mas desde criança me interessou entender a natureza, o funcionamento dos seres humanos... Na verdade, as ciências que me escolheram.<br /><br />– Nunca deixe que sua paixão mande em você, Eliseu – de forma mais reservada, outro rapaz se manifestou. Francisco tinha o costume de posicionar-se com esse tipo de frase misteriosa – Conheço homens que perderam a razão aventurando-se em campos como a filosofia ou a lógica, desesperados pela verdade.<br /><br />– A mim basta entender melhor o corpo humano, ir além da medicina – Eliseu apontou o próprio peito – Existem mais coisas nos guiando que se pode imaginar.<br /> <br />– Para alguns só um instrumento pode guiar o homem: o dinheiro. Nesse grupo se encaixa a realeza brasileira! – Luís Antônio esbravejava novamente, abrindo os braços em seu discurso – Nada mais minha família consegue tirar de ouro. Os impostos são vergonhosos. O tal do “quinto” é um ultraje! Agora peço que reflitam comigo: vejam o que aconteceu na França... Não cairia bem uma revolução no Brasil?!<br /><br />– Se você quer a forca, Luís Antônio, deve gritar mais alto e fazer com que todos que passam pelo pátio da universidade lhe escutem... – disse Francisco.<br /><br />Eliseu levantou-se da mesa e fez sinal de despedida aos amigos. Não tinha grandes interesses em revoltas ou política. Havia marcado para aquela tarde um encontro com um mestre na biblioteca. Durante a semana o professor João de Assis havia falado de um nobre estudante suíço, com ideias que, essas sim, poderiam revolucionar alguma coisa: o campo das ciências.<br /><br />A biblioteca da Universidade de Coimbra era uma das maiores da Europa. Dezenas de fileiras de estantes criavam um labirinto ao qual Eliseu ainda não se habituara. Depois de alguns minutos circulando entre os escritos, o jovem encontrou seu mestre orientador, que estava junto de outros magistrados. Na roda, várias cabeças brancas, aparentando estarem seduzidos por um jovem de cabelos longos e negros que discursava com uma publicação de Paracelso na mão.<br /><br />– Eliseu! Aguardávamos sua chegada ouvindo as incríveis proposições de nosso convidado. Permita-lhe apresentá-lo...<br /><br />– Meus cumprimentos, Eliseu – o sotaque forte do jovem denunciava sua ascendência germânica. Mesmo assim, o domínio da língua portuguesa impressionava – Muito ouvi falar de você.<br /><br />– O prazer é meu, senhor...<br /><br />– Por favor... Apenas Victor. Não me chame pelo sobrenome, fazendo-me parecer velho, como os senhores aqui querem que eu pense que sou – apesar do tom sério, Victor esforçava-se para mostrar alguma simpatia.<br /><br />– Ora, Victor, com suas ideias é difícil acreditar em sua pouca idade. É necessária uma vida inteira para pensar na mesma intensidade que você – o professor João parecia não se importar em bajular o convidado – Mas acredito que Eliseu adoraria ouvir um pouco dessas ideias enquanto tomamos um chá no refeitório da universidade.<br /><br />– Seria um imenso prazer – disse Eliseu, já apontando a saída da biblioteca.<br /><br />Durante uma tarde inteira, Eliseu e o professor ouviram Victor. Seu fascínio pelas leis da vida contagiava os ouvintes. Discursava sobre questões relacionadas ao conceito da abiogênese, a irreversibilidade da morte e ainda polêmicas relacionadas à alquimia, esta última perdendo espaço dia a dia para outras ciências do mundo moderno. Ao mesmo tempo em que falava, notava-se certa inconformação e olhar triste em seu semblante. Victor parecia fazer de seus estudos uma guerra particular.<br /><br />– Acho que certas leis da vida talvez não possam ser revertidas... – Eliseu não conseguiu evitar pensar em voz alta.<br /><br />– Ora, nobre colega, cada descoberta que o homem fez nos últimos anos partiu de um questionamento, de uma impossibilidade. Sei que muitas das minhas ideias tiram o sono de religiosos... – disse Victor com um pequeno sinal de irritação – Sei bem como Galileu se sentiu quando expôs sua teoria sobre o sol no centro do universo, os preconceitos e superstições que barraram suas descobertas.<br /><br />– Quando pensar no sol, Victor, não se lembre de Galileu: lembre-se de Dédalo e Ícaro. Ou ainda de Prometeu – o professor João deu um curto sorriso ao final dessa afirmação. A ironia foi captada imediatamente pelo convidado, que pareceu incomodado.<br /><br />– Hum. Acho que devo voltar à Suíça. Minha viagem a Portugal, ao que parece, não deve trazer grandes frutos. <em>Auf Wiedersehen</em>, senhores.<br />Victor levantou-se do seu banco, fez um cumprimento da forma mais educada que pôde e não aguardou a resposta dos seus ouvintes. Aquela discussão ainda ecoaria na cabeça de Eliseu por alguns dias.<br /> <br /><strong>III</strong><br />A cansativa viagem de navio de volta ao Brasil estava finalmente acabada. Eliseu foi recebido pelos pais de forma efusiva. Junto deles, Elisabete, antes uma amiga de infância barulhenta e típica garotinha rica, agora uma bela dama de família nobre e quem se insistia dizer ser a melhor pretendente para o jovem recém-chegado.<br /><br />– Meus cumprimentos, meus pais. Senhorita Elisabete... – Eliseu fez uma pequena reverência.<br /><br />– Vejam se não é o novo médico da família! – o pai de Eliseu abraçava-o desengonçadamente.<br /><br />– Estudei ciências naturais, meu pai... Acredito que “cientista” seja mais adequado.<br /><br />– Não complique, meu filho... Estávamos ansiosos por sua volta. A jovem Elisabete não parava de falar em você durante esses anos – finalizava a mãe de Eliseu, transformando a situação na mais desconfortável possível.<br /><br />Na carruagem que levava a família inteira ao lar, o pai de Eliseu o inteirava sobre as novidades na colônia. Percebia-se certo clima tenso nas ruas de Vila Rica.<br /><br />– Depois dos franceses, deu nos jovens brasileiros de separar nossa capitania do restante do Brasil... Não que eu esteja satisfeito com a coroa... Continuam taxando o ouro até que pouco sobre a quem o minera. Mas, mais do que a gravata-borboleta, a forca parece ser o adereço de pescoço na moda no momento. Certos pensamentos não podem fazer as pessoas perderem a cabeça... Se é que você me entende, filho...<br /><br />– Não se falava em outra coisa na universidade, pai.<br /><br />– Enfim, vários foram presos. Alguns devem ser soltos. Têm suas costas largas, pertencem a cultos que vão além dos poderes da realeza... No entanto haverá aqueles que serão exemplos, que não devem escapar da punição. Inclusive, entre os presos, há alguém que talvez você conheça... Fazia bicos cuidando dos dentes da nobreza da cidade...<br /> <br />– Doutor Joaquim! – Eliseu não conseguiu esconder a surpresa.<br /><br />– Por aqui era conhecido pelo apelido de “Tiradentes”... Andou se envolvendo em confusões no Rio de Janeiro. Está preso junto com outros de sua laia.<br /><br />Eliseu pareceu sentido por não poder fazer algo a respeito. Imaginar que o doutor lutava pelos direitos da população fazia Eliseu nutrir algum respeito por ele, talvez nem tenha percebido a contaminação com essas ideias no ensino superior.<br /><br />Já em sua casa, Eliseu continuava os estudos. Andava um pouco perturbado nos últimos meses: havia chegado a uma encruzilhada. Incomodava a ideia de não ir além das conclusões dos autores que estudava. Às vezes pensava não ter o estímulo certo, a inspiração adequada para encontrar novas conclusões. Tentava colocar os pensamentos em ordem quando ouviu a porta bater.<br /><br />– Eliseu! A senhorita Elisabete o aguarda na sala de jantar! – a voz empolgada da mãe de Eliseu do lado de fora do quarto machucava seus tímpanos.<br /><br />Foi encontrar-se com a jovem senhorita na sala de casa. Por mais bela que fosse a convidada, Elisabete com certeza não era das companhias mais interessantes no momento. Acostumado com as rodas calorosas de debates científicos, assuntos cotidianos como a vida social da burguesia ou o último romance de Castelo Branco não eram interessantes o suficiente para afastar os pensamentos de Eliseu de seu trabalho, um tratado que questionava as bases da biogênese. A sineta na porta de entrada da casa salvou o jovem de uma estafante descrição dos desenhos bordados no vestido mais novo da rainha.<br /><br />Um empregado entregou um grande pacote a Eliseu.<br /><br />Ao ver o nome do remetente, os olhos de Eliseu brilharam. Pediu licença à Elisabete, já se desculpando, afirmando ter de ir ao banheiro tratar de “assuntos naturais”. A garota sorriu e disse voltar em outra hora, recomendando a leitura de um bom romance à toalete, caso o intestino resolvesse não “trabalhar” de forma adequada.<br /><br />Eliseu bateu com força a porta de seu quarto, trancando-o. Verificou mais uma vez o nome do remetente no envelope. Dentro dele um calhamaço de papel com uma série de estudos e o que parecia ser um diário. Um sucinto bilhete completava o pacote:<br /><br />“Prezado colega, por vários momentos ensaiei jogar esse material à lareira. No entanto o conhecimento é um presente sem valor, se você não pode compartilhá-lo com alguém. Ao tempo que sigo na minha jornada moral final, procurando expiar meus pecados, deixo-lhe que analise todas as minhas descobertas. Sinto que esteve certo no nosso encontro e peço-lhe para que tome as providências adequadas para com este estudo. Peço perdão pela rudeza em minha despedida e espero que essa correspondência forneça o final adequado à nossa relação. Atenciosamente, Victor”.<br /> <br /><strong>IV</strong><br />O decreto de condenação de Tiradentes à forca era o assunto da cidade. Eliseu recebeu a notícia com tristeza. Mas não pensou sobre isso durante muito tempo. No último ano a evolução de seu estudo foi notável. Nada seria possível sem as anotações de Victor, a quem o jovem cientista tinha enviado diversas correspondências sem obter nenhum retorno, como se o suíço tivesse desaparecido da face da Terra. De qualquer forma aquele parecia um caminho sem volta. Logo contestaria a teoria da biogênese. Eliseu sentiu que em breve criaria a vida em laboratório, por meios próprios.<br /><br />Diariamente o jovem cientista visitava o necrotério da cidade, onde lhe eram permitidas autópsias em escravos e indigentes. Passava horas debruçado sobre os corpos recém mortos, exercitando o <em>solve et coagula</em>. Demorou a acreditar que Victor havia encontrado suas respostas em textos alquímicos, que uma prática antiga e obscura derrotaria as ciências naturais. Não apenas isso: suas descobertas poderiam oferecer uma derrota à própria morte.<br /><br />No exato momento em que separava a cabeça de um velho negro morto, Eliseu ouviu barulhinhos agudos, como saltos finos, acertando o chão de madeira às suas costas.<br /><br />– Eu... Eu... Poderia falar com você, Eliseu...? Lá fora, por favor! – enojada com a cena com que se deparava, Elisabete tinha um lenço cobrindo nariz e boca e nem esperou o jovem responder para sair da sala de autópsia.<br /><br />Eliseu não parecia satisfeito pela interrupção de seu trabalho, mas as obrigações sociais, às quais ele ainda se sentia apegado, fizeram-no acompanhar à moça a calçada.<br /><br />– Há uma semana espero algum comunicado seu, Eliseu! Você prometeu me levar ao teatro... – a jovem parecia indignada.<br /><br />– Estou numa fase crucial da pesquisa, Elisabete. Sempre existem grandes peças em cartaz. Sei que a senhorita pode aguardar mais algumas semanas...<br /><br />– Creio não ser possível, caro senhor. Caso não apareça pela noite em minha residência serei obrigada a aceitar o convite do nobre bancário da cidade.<br /><br />– Pode ser que apareça, cara dama. Se conseguir executar meu experimento a tempo...<br /><br />– Você foi avisado, Eliseu. Até mais ver. – Elisabete deu às costas, fazendo seu vestido serpentear no chão de terra batida como o rabo de um camaleão.<br /><br />O jovem cientista retornou ao seu experimento não parecendo se importar com a ameaça da moça. Estava justamente testando a peça final de seu quebra-cabeça. Não poderia haver distrações. No entanto, Eliseu decepcionou-se ao ver que a cabeça do autopsiado era incompatível com seus planos. Teria que esperar um novo corpo, nas condições ideais, chegar ao necrotério.<br /><br />Ansioso, Eliseu retornou à sua residência. Não almoçou e nem jantou. Foi direto ao seu quarto e folheou o diário de Victor, tentando conter sua agitação. O tom de horror que a narrativa do estudioso suíço tomava ao final dos escritos não impressionava mais o jovem cientista. Interessava-lhe muito mais emular o experimento do colega implantando algumas de suas próprias considerações. Mal tinha deitado na cama, quando ouviu um estardalhaço na rua. Um verdadeiro carnaval tomava conta da cidade. À frente do batalhão real, traziam a cabeça de Tiradentes.<br /> <br /><strong>V</strong><br />Aquela noite parecia mais escura do que as outras. Na Praça de Santa Quitéria, um sentinela do império se esforçava para dormir. A imagem daquela cabeça numa estaca, que ele tinha a missão de vigiar, assombrava seu sono. Do outro lado da rua, esgueirando-se pelas esquinas de Vila Rica, o padre Manuel da Silva Gatto aproximava-se do soldado adormecido com uma vara. O religioso acreditava que aquela cena macabra subvertia não só os valores morais da cidade, mas também os ideais de liberdade em que ele acreditava. A densa neblina o ajudaria a furtar a cabeça daquele que ele acreditava ser um honrado herói, um mártir de uma capitania livre. Ou, quem sabe, até país livre.<br /><br />A densa neblina da madrugada prejudicava a visão do padre, que, de longe, espetava a vara em direção à estaca que prendia a cabeça de Tiradentes. Mesmo sem enxergar o alvo, Gatto tentou diversas vezes, até perceber, num momento em que a neblina lhe possibilitou alguma visão, que a cabeça não estava mais lá. Assustado, fugiu ao perceber que o sentinela estava despertando. O soldado real surpreendeu-se com a estaca vazia e tratou de preparar a melhor desculpa que tinha para justificar o roubo.<br /> <br />Eliseu corria o mais rápido que podia até o necrotério, olhando para os lados de forma desconfiada. Dentro do saco de tecido, a cabeça de Tiradentes parecia conservada, provavelmente pela salmoura a que ela tinha sido submetida. Uma superstição para torná-la infértil, mas que veio muito a calhar.<br /><br />O quebra-cabeça estava montado, todos os procedimentos pareciam estar em ordem. A cabeça foi conectada ao grande mosaico humano criado por Eliseu. Seguindo passo a passo as anotações de Victor, Eliseu aguardou. Primeiro alguns minutos. Depois uma hora. Uma decepção pareceu tomar-lhe, pois nada acontecia.<br /> <br />– Não! Não pode ser! Levanta, criatura! – Eliseu enfurecia-se enquanto batia no peito do ser que ele havia criado. Primeiro lentamente, depois raivosamente.<br /><br />Num movimento brusco, a criatura ergueu-se com um urro grave. Assustado, o jovem cientista caiu ao pé da parede. Durante alguns segundos apenas observou o ser formado por diversos pedaços humanos sentado sobre sua mesa. Olhando em volta da sala, a criatura percebeu Eliseu.<br /><br />– Eli... Zeu... Garoto...<br /><br />Um choque subiu pela espinha de Eliseu. Aquilo poderia ser a maior descoberta científica da humanidade, mas a macabra lembrança que aquele mosaico humano tinha o perturbava.<br /><br />– Você... Ainda me conhece... É você, Tiradentes?<br /><br />– Tiradentes está morto... Eu estava lá... Eu era ele... – o ser agora articulava de forma impressionante, o que acelerava os batimentos cardíacos de Eliseu.<br /><br />Levantando-se da mesa, o ser caminhou até o cientista e ajoelhou-se perante seu criador, encarando-o face a face.<br /><br />– Por quê? Por que você me trouxe de volta?<br /><br />– Qualquer um gostaria de ter uma segunda chance... Pela cidade você é conhecido como um herói! E ainda mais: você agora é a prova de que não é apenas Deus que pode criar a vida!<br /><br />O ser segurou Eliseu pelos ombros agressivamente.<br /><br />– Você pensa que é Deus?! É por isso que me trouxe de volta? Acha que eu queria estar aqui? Eu não mereço mais viver! Nem muito menos ser chamado de... herói! Você não sabe o que eu passei... Nos três anos que fiquei preso... fui torturado diariamente. Espremiam-me por qualquer informação... Entreguei cada revolucionário de Vila Rica... da mesma forma que Silvério me entregou à coroa. A revolução é uma grande ilusão... E eu fui só um maldito peão.<br /><br />A criatura levantou-se e circulou pela sala. Olhou para si mesmo várias vezes. Chorou. Agitado, começou a correr pela sala quebrando todas as coisas que encontrava. Eliseu deixou o canto da parede e tentou aproximar-se de sua caixa de ferramentas. A criatura parecia não se importar mais com ele.<br /><br />O jovem não sabia como proceder. Estava diante de sua maior descoberta. Do fim da encruzilhada. Mas encarava uma criatura incompleta, incapaz de perceber sua própria importância. Um ser danificado como qualquer ser humano normal. Eliseu aproximou-se de um bisturi que estava à sua frente.<br /> <br />– Você não tinha o direito! Minha morte foi uma condenação por meus erros! – o ser gritava agora sem nenhuma reserva.<br /><br />Eliseu começou a se preocupar com o alarde que ele fazia. Logo haveria guardas à sua porta.<br /><br />– Acalme-se, doutor... Você precisa entender o que você se tornou... – com a mão que levava o bisturi escondida em suas costas, o cientista tentou aproximar-se da criatura.<br /><br />Por um momento, o ser se acalmou. Baixou a cabeça e começou a gargalhar insanamente.<br /><br />– É irônico, garoto. Devo-lhe algo! E ainda lembro o que você me deu na última vez que nos vemos: SANGUE!<br /><br />O ser pulou sobre Eliseu, e um confronto se deu sobre a mesa. Durante alguns minutos o cientista tentava, em vão, acertar o bisturi na criatura. Jogando-o com força sobre a parede, o amargurado ser desarmou o jovem. Eliseu mal pôde ver quando a criatura quebrou o recipiente de uma lamparina sobre si mesmo. O combustível começou a queimar o seu próprio corpo, enquanto o ser gargalhava de prazer.<br /><br />– É o que acontece quando você chega perto demais de Deus, garoto... – em chamas, o ser pulou sobre Eliseu.<br /><br />Tentando desvencilhar-se do monstro, Eliseu sentia seu corpo queimar. Ao mesmo tempo, toda a sala parecia incendiar-se com os resíduos do combustível. Criatura e criador pararam de respirar quase ao mesmo tempo.<br /> <br /><strong>VI</strong><br />No dia seguinte, uma parte da população de Vila Rica comentava o incêndio no necrotério. Pouco sobrara da sala de autópsia. Ferramentas derretidas e anotações queimadas, entre elas um velho diário, pilhavam-se ao lado de dois corpos fundidos e irreconhecíveis no meio da sala. Mas naquele momento o assunto que incomodava a maior parte dos cidadãos da vila era o desaparecimento da cabeça de Tiradentes.<br /> <br /><em>“Portanto condenam o réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi do Regimento pago da Capitania de Minas, a que, com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde no lugar mais público dela, será pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios das maiores povoações, até que o tempo também os consuma, declaram o réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens aplicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infâmia deste abominável réu; [...]”</em></span><div style="text-align: right;"><span>Sentença proferida contra Tiradentes em virtude do levante e conjuração de Minas Gerais</span></div> <span> <br /> <br /><em>“De pena algumas lágrimas verteram,<br />Mas resignados logo as enxugaram.</em><br /> <br /><em>Diante deles estava inteiro o Mundo<br />Para, a seu gosto, habitação tomarem,<br />E tinham por seu guia a Providência.</em><br /> <br /><em>Dando-se as mãos os pais da humana prole,<br />Vagarosos lá vão com passo errante</em><br /><em>Afastando-se do Éden, solitários.”</em></span><div style="text-align: right;"><span>Paraíso Perdido, John Milton</span></div></div>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-33731766750197024252020-03-30T18:34:00.001-03:002020-03-30T18:39:36.344-03:00O amor nos tempos da pandemia (Lista do Zé #29)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-InI-3-L0ff0/XoJllNUOyAI/AAAAAAAAHj8/Qq0fWCvn19gizMAGGfg1Q5UVZLIn87jsACLcBGAsYHQ/s1600/coronavirus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="716" data-original-width="876" height="522" src="https://1.bp.blogspot.com/-InI-3-L0ff0/XoJllNUOyAI/AAAAAAAAHj8/Qq0fWCvn19gizMAGGfg1Q5UVZLIn87jsACLcBGAsYHQ/s640/coronavirus.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
Olá, olá!<br />
<br />
O negócio tá meio assustador, eu admito. Nesta segunda-feira (30/03), completei 15 dias em quarentena na minha casa. O coronavírus desafia nossa lógica social. Ao mesmo tempo, esse tempo enfurnado com minha esposa e filhas me fez valorizar algumas pequenas coisas da correria diária, talvez por que é uma característica minha ver o lado bom desse tipo de situação. Ainda não sei como serão as próximas semanas, mas no geral temos conseguido passar muito bem por esse momento aqui em casa, com as crianças aproveitando como nunca essa aproximação familiar. Há coisas negativas? Ô, se há. Não dá pra ignorar os fatores econômicos, que a gente aqui em casa também vai sentir. Mas, ainda assim, tenho a convicção de que ficar em casa é a melhor opção no momento. Vamos ter que pensar nas consequências financeiras no momento seguinte, infelizmente. Pra você que lê esse texto, caso tenha condições, avalie apoiar iniciativas na sua comunidade para diminuir os impactos daquelas pessoas que não tem os privilégios que nós temos. E proteja seus pais e avós. Isso tá próximo de acabar, eu sinto isso. Infelizmente, não são muitas as coisas que eu posso fazer para conter o avanço da doença. Sendo assim, vou contribuir da forma que sei: com conteúdo. Pretendo aumentar os textos da minha lista de e-mails nas próximas semanas, pra começar. <br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-0UrcVu3T5QA/XoJkluTFZsI/AAAAAAAAHjw/IOUCGCJRMB0sGMzKspy0-W1aVrMmr78ugCLcBGAsYHQ/s1600/CoronaconBR_B.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-0UrcVu3T5QA/XoJkluTFZsI/AAAAAAAAHjw/IOUCGCJRMB0sGMzKspy0-W1aVrMmr78ugCLcBGAsYHQ/s640/CoronaconBR_B.png" width="640" /></a></div>
<br />
Além disso, pra esse período de isolamento social, junto com uma galera dos quadrinhos brasileiros, criei uma iniciativa que disponibiliza <b>quase duas centenas</b> (e subindo) de obras nacionais para leitura gratuita no site <a data-cke-saved-href="http://bit.ly/hqsnaquarentena" href="http://bit.ly/hqsnaquarentena" target="_blank"><b>bit.ly/hqsnaquarentena</b></a>. Aproveitem, por que este material estará disponível para download somente enquanto durar o período de isolamento social. E, se curtirem os trabalhos, sigam os autores nas redes sociais e considerem comprar material deles, afinal vai ser um ano muito difícil pra gente, com poucos eventos e muitas livrarias e comic shops fechadas.<br />
<br />
Pra essa iniciativa, disponibilizei meu quadrinho <b><i>Interlúdio</i></b>. Lançamos esse quadrinho online em 2008, como parte do segundo EP da minha banda <a data-cke-saved-href="https://open.spotify.com/artist/49ZVwz6igqC5BmZhMJjzJr?si=FMZqGSJkQTmSooSXfk8diA" href="https://open.spotify.com/artist/49ZVwz6igqC5BmZhMJjzJr?si=FMZqGSJkQTmSooSXfk8diA" target="_blank"><b>Sobre o Fim</b></a> (<a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/2009/12/interludio-um-nao-tao-breve-relato.html" href="http://www.zewellington.com/2009/12/interludio-um-nao-tao-breve-relato.html" target="_blank">tem uma parte da história dessa publicação aqui</a>). É uma HQ curtinha, sobre teoria do caos, desenhada pelos amigos <a class="notranslate" data-cke-saved-href="https://www.instagram.com/silviorom/" href="https://www.instagram.com/silviorom/">Silvio Romero</a>, <a class="notranslate" data-cke-saved-href="https://www.instagram.com/camilanagila/" href="https://www.instagram.com/camilanagila/">Camila Nágila</a>, <a class="notranslate" data-cke-saved-href="https://www.instagram.com/andrepinhe/" href="https://www.instagram.com/andrepinhe/">André Pinheiro</a> e <a class="notranslate" data-cke-saved-href="https://www.instagram.com/demetrio_braga/" href="https://www.instagram.com/demetrio_braga/">Demétrio Braga</a>, e que inclusive foi indicada ao <b>Troféu HQMIX</b> na época.<br />
<br />
Além disso, como uma pequena contribuição na vida das pessoas nesse momento, estou articulando algumas <i>lives</i> com amigos no Instagram, que devem começar a acontecer já nesta semana. Vão ser vários assuntos, mas principalmente dicas sobre produção de quadrinhos e indicações de quadrinhos, música, livros e filmes. Sigam o meu perfil (<a data-cke-saved-href="http://instagram.com/zewellington" href="http://instagram.com/zewellington" target="_blank"><b>@zewellington</b></a>) e fiquem atentos às divulgações que vão sair por lá.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.zewellington.com/p/combos.html" target="_blank"><img alt="https://www.zewellington.com/p/combos.html" border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-jddERmWXr48/XndikRC_sPI/AAAAAAAAHjk/iMls-OsR-lMMqXza33hcdVw3XGoiF8y9wCPcBGAYYCw/s640/Combos%2BQuarentena%2B3.png" width="640" /></a></div>
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Outra novidade é a volta às prateleiras da minha primeira graphic novel, <a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/p/quem-matou-joao-ninguem.html" href="http://www.zewellington.com/p/quem-matou-joao-ninguem.html" target="_blank"><b><i>Quem Matou João Ninguém?</i></b></a>, que pode ser adquiridas no site da<b> <a data-cke-saved-href="https://editoradraco.com/produto/quem-matou-joao-ninguem-ze-wellington-e-wagner-nogueira/" href="https://editoradraco.com/produto/quem-matou-joao-ninguem-ze-wellington-e-wagner-nogueira/" target="_blank">Editora Draco</a></b>, na <a data-cke-saved-href="https://amzn.to/2Jnhcg9" href="https://amzn.to/2Jnhcg9" target="_blank">Amazon</a> ou diretamente comigo.<br />
<br />
Por falar em pegar comigo, montei alguns combos com meus quadrinhos e promocionalmente estarei vendendo com frete grátis para todo o Brasil. Meu compromisso com meus leitores sempre foi de divulgar os lugares mais em conta onde comprar minhas HQs, não seria diferente neste momento econômico mais complicado, então eu tenho que dizer que sai bem mais barato <a data-cke-saved-href="https://www.amazon.com.br/s/ref=as_li_ss_tl?i=stripbooks&rh=p_27:Z%C3%A9+Wellington&ref=dp_byline_sr_book_1&linkCode=ll2&tag=zewellington-20&linkId=42c49da7c1637ee9c7280e550605afab&language=pt_BR" href="https://www.amazon.com.br/s/ref=as_li_ss_tl?i=stripbooks&rh=p_27:Z%C3%A9+Wellington&ref=dp_byline_sr_book_1&linkCode=ll2&tag=zewellington-20&linkId=42c49da7c1637ee9c7280e550605afab&language=pt_BR" target="_blank">comprá-las pela Amazon</a> (com pouco mais de R$ 70,00 você consegue comprar juntas <i>Quem Matou João Ninguém?</i>, <a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/p/cangaco-overdrive.html" href="http://www.zewellington.com/p/cangaco-overdrive.html" target="_blank"><b><i>Cangaço Overdrive</i></b></a> e <a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/p/steampunk-ladies.html" href="http://www.zewellington.com/p/steampunk-ladies.html" target="_blank"><b><i>Steampunk Ladies: Choque do Futuro</i></b></a>). Mesmo assim, listei<b> três</b> motivos para comprar diretamente comigo:<br />
<br />
1⃣ em todos os combos comprados comigo vão brindes (adesivo ou pôster A3 ou ambos nos combos a partir de três livros). E, se o comprador quiser, tem também <b>dedicatória</b> com seu nome nos livros.<br />
2⃣ <b><i>Steampunk Ladies: Vingança a Vapor</i></b>, o primeiro volume da série, está esgotado na maior parte das livrarias, incluindo a Amazon. Tenho comigo alguns exemplares resgatados de comic shop (e que estão esgotando rapidamente).<br />
3⃣ <b>por que você ajuda a desaguar meu estoque de quadrinhos</b>, que eu esperava baixar nos eventos cancelados neste semestre.<br />
<br />
O link para a compra dos combos é facinho: <b><a data-cke-saved-href="http://bit.ly/zwcombos" href="http://bit.ly/zwcombos" target="_blank">bit.ly/zwcombos</a></b><br />
<br />
E a vida segue. Se quiser precisar de alguém para conversar, responde este e-mail que ele chega direto na minha caixa de entrada.<br />
<br />
Fique em casa e cuide da sua família.<br />
<b></b>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-62333331681243019772020-02-13T18:41:00.001-03:002021-11-22T21:53:54.428-03:00Roteirista de quadrinhos no Brasil? (Lista do Zé #28)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-_jJo6OdTctA/XkXCFKKNZsI/AAAAAAAAHh8/UYlDPm6mqsQ5-W9hmv-rZPwsi1sc32OyQCLcBGAsYHQ/s1600/roteiro.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1234" data-original-width="1600" height="492" src="https://1.bp.blogspot.com/-_jJo6OdTctA/XkXCFKKNZsI/AAAAAAAAHh8/UYlDPm6mqsQ5-W9hmv-rZPwsi1sc32OyQCLcBGAsYHQ/s640/roteiro.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
Olá, olá!<br />
<br />
Ano passado completei 15 anos nesta vida de histórias em quadrinhos, mais especificamente como <b>roteirista</b>. Nos últimos tempos tenho recebido diversas dúvidas de outros colegas iniciando nesta atividade e pensei que poderia ser legal escrever sobre esses anseios. É bom destacar que, mesmo debutante na atividade, ainda estou aprendendo sobre ela e sobre o mercado, então as 7 perguntas que eu respondi abaixo são mais relacionadas à minha visão como roteirista.<br /><p><b>Mas, primeiro</b>…</p><p>Preciso da sua ajuda para colocar no mundo uma inédita edição impressa de “<b>Mata-mata</b>”,
ebook que lancei no final do ano passado. Essa versão inclui uma nova
revisão do material lançado online e ainda uma série de contos, cordéis e
ilustrações que contam o <b>ANTES</b> e o <b>DEPOIS</b>
da história original. Sim, é a hora de entender melhor a família
Tainha, se embrenhar nos confrontos entre irmãos no evento Mata-mata e
saber o que aconteceu com os personagens principais depois do trágico
fim do ebook.</p><p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ZiIYCy7wIIM" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p><p><a href="http://catarse.me/matamata" target="_blank">ACESSE CATARSE.ME/MATAMATA OU CLIQUE NA IMAGEM PARA APOIAR! </a></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://catarse.me/matamata" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="720" height="356" src="https://1.bp.blogspot.com/-R0Vnl5okUQ0/YZfJJRjWI1I/AAAAAAAAIN0/jTfmeOHiEz0lXqk09O316bGo27ZXguwFgCPcBGAYYCw/w640-h356/ImagemDestaque-Catarse.png" width="640" /></a></div><br /> <br /><p></p><p>x x x
<br />
Tem que ser meio DOIDO para encarar uma carreira de roteirista de quadrinhos no Brasil (ou amar quadrinhos e não ter disposição para aprender a desenhar). Tem, sim, um montão de gente no país fazendo roteiro para HQ (e muito bem), mas as funções ligadas a desenho são bem mais populares. Saber desenhar realmente é uma mão na roda para contar histórias em forma de quadrinhos, ao mesmo tempo que não dispor dessa habilidade vai dificultar um pouquinho (mas não tornar impossível) a vida do pretenso quadrinista.<br />
<br />
Escrevi meus primeiros textos ainda na adolescência. Os quadrinhos entraram na minha vida bem depois da literatura (<a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/p/literatura.html" href="http://www.zewellington.com/p/literatura.html" target="_blank">que ainda é presente na minha vida, mas com muito menos intensidade</a>). Minhas primeiras tentativas de fazer quadrinho vieram durante a explosão dos <i>animes</i> no Brasil, lá quando <b><i>Os Cavaleiros do Zodíaco</i></b> chegaram por aqui. Foi quando descobri também que é necessária muita dedicação para ser um bom desenhista. Mas, já na adolescência, eu era um multifazedor-de-coisas e vi que não dava para aprender a desenhar, aprender a tocar violão, organizar eventos, passar no vestibular etc. ao mesmo tempo. Durante um curso de cinema me dei conta que os roteiros poderiam ser um melhor caminho para mim. E assim vem sendo.<br />
<br />
Separei abaixo algumas das principais perguntas que recebo sobre esta função. Elas podem ser um guia para as pessoas que pretendem se jogar nesta maluquice.<br />
<br />
<b>1. Um roteirista é aquele cara que faz as letrinhas das histórias?</b><br />
Por mais boba que essa pergunta possa parecer, eu me sinto na obrigação de começar por ela. Quem faz as letrinhas nos quadrinhos é um profissional importantíssimo chamado <b>letrista</b> (nos meus últimos quadrinhos, tive o privilégio de contar com o incrível <a data-cke-saved-href="http://www.instagram.com/deyvisonmanes" href="http://www.instagram.com/deyvisonmanes" target="_blank"><b>Deyvison Manes</b></a> na função). Para letreirizar a HQ, o letrista utiliza o <b>roteiro</b>, essa, sim, a peça fundamental do trabalho do roteirista. O roteiro é um documento que guia a criação das histórias em quadrinhos. Não existe um formato pré-definido para ele, pesquisando pela internet você vai encontrar modelos diferentes. Embora a maioria dos roteiristas escreva um texto descrevendo o que quer que seja desenhado, há colegas que desenham seus roteiros, como se fosse um esboço da história em quadrinhos (é assim que são feitos os roteiros da <i><b>Turma da Mônica</b></i>). <a data-cke-saved-href="https://docs.google.com/document/d/1_uADyGmcPMHgbnUnQT_P5kFUc6GFSfgM5z81E_eWbrM/edit?usp=sharing" href="https://docs.google.com/document/d/1_uADyGmcPMHgbnUnQT_P5kFUc6GFSfgM5z81E_eWbrM/edit?usp=sharing" target="_blank">Coloquei um trechinho do roteiro de Cangaço Overdrive neste link</a>, para quem tiver curiosidade em ver como são os meus. Ah, embora não seja função do roteirista letreirizar sua HQ, é bem interessante ele ter noções sobre esta função (dica para a vida).<br />
<br />
<b>2. Como consigo pessoas para desenhar meus roteiros?</b><br />
Essa é a pergunta que mais recebo no inbox do meu Instagram. Para um roteirista iniciante, é um desafio absurdo convencer um bom desenhista a desenvolver seus primeiros roteiros. As sugestões que eu daria seriam as seguintes: <b>A</b>) comece com roteiros de histórias curtas (entre 4 e 12 páginas) e <b>B</b>) tente juntar outras pessoas que querem fazer quadrinhos e proponha trabalhos coletivos. Sobre a letra A, leve em consideração que desenhar quadrinhos é uma coisa demorada e que pode levar tempo. Histórias curtas aumentam as chances de um desenhista se interessar e de aquele seu roteiro realmente ser desenhado até o final. Sobre a B, vou contar um segredinho para vocês.... Quando me dei conta que queria ser roteirista, me vi sob essa problemática. Minha primeira ação foi criar um grupo de estudo na minha cidade, o que atraiu vários quadrinistas (a maioria desenhistas). Criamos um fanzine chamado <i><b>Gattai Zine</b></i>, onde publicávamos trabalhos curtinhos, misturando as pessoas do grupo. <b>Bum! </b>Dois coelhos com uma cajadada só. Se mesmo assim tiver dificuldades, talvez seja melhor se matricular em aulas de desenho... ou botar a cabeça para funcionar e pensar em alternativas, como fez o <b>Marcelo Saravá</b> no incrível <i><b>1000 Palavras</b></i>, coletânea de tirinhas apenas com textos (<a data-cke-saved-href="http://www.universohq.com/noticias/em-1000-palavras-marcelo-sarava-apresenta-tiras-sem-desenho/" href="http://www.universohq.com/noticias/em-1000-palavras-marcelo-sarava-apresenta-tiras-sem-desenho/" target="_blank">conheça aqui</a>). Ah, mesmo já tendo algum reconhecimento, até hoje ainda é um desafio para mim encontrar parceiros. Tanto que nos meus últimos quadrinhos eu busquei apoio de editais para conseguir pagar todos os envolvidos (<a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/2017/01/e-o-tal-do-edital-lista-do-ze-12.html" href="http://www.zewellington.com/2017/01/e-o-tal-do-edital-lista-do-ze-12.html" target="_blank">falei sobre isso neste texto</a>).<br />
<br />
<b>3. Você vive disso?</b><br />
Hoje sim, mas não apenas disso. Tenho outras duas profissões (sou professor universitário e consultor na área de marketing). Vale dizer que nos primeiros 10 anos como roteirista/quadrinista EU MAIS GASTEI DO QUE GANHEI ALGUMA COISA. Lembro que 50% da cota dos meus exemplares de <a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/p/quem-matou-joao-ninguem.html" href="http://www.zewellington.com/p/quem-matou-joao-ninguem.html" target="_blank"><b><i>Quem Matou João Ninguém?</i></b></a> (que lancei em 2014) enviei para a imprensa e influenciadores do meio. Felizmente, naquela época eu podia fazer isso (hoje já não tenho como). Como qualquer profissão ligada à arte, é preciso tempo e muito trabalho para estabelecer uma carreira. E, vale dizer, dentro das minhas receitas como roteirista, talvez uns 30% sejam com venda de quadrinhos. Os outros 70% vêm de participações em eventos, palestras, cursos e serviços relacionados. Conversando com outras pessoas no meio, percebi que isso é meio que bem comum.<br />
<br />
<b>4. Roteirista de HQ no interior do Ceará... Como é isso?</b><br />
Difícil pra caralho. Nem queira saber. E olha que tenho um monte de privilégios como o homem branco que sou (nem consigo imaginar como é para quem não tem). Eu entendo (mas fico triste com) o monte de gente que desiste no meio do caminho ou acaba debandando para outras áreas, como cinema e literatura.<br />
<br />
<b>5. Indica livros?</b><br />
Infelizmente tem pouca coisa impressa especificamente sobre roteiro para quadrinhos. Tem um material que a <b>Opera Graphica</b> lançou no Brasil (e que é difícil de encontrar hoje) chamado <a data-cke-saved-href="https://amzn.to/38oOS83" href="https://amzn.to/38oOS83" target="_blank"><i><b>Guia Oficial DC Comics – Roteiros</b></i></a>, escrito pelo grande <b>Dennis O’Neil</b>, que é um dos mais completos que já li. O primeiro material que tive acesso foi um e-book do <b>Gian Danton</b>, que é bem simples, mas me ajudou bastante (não é à toa que convidei o Gian para o prefácio de <i>Quem Matou João Ninguém?</i>). Tem alguma coisa sobre roteiro nos ótimos livros do <b>Scott Mccloud</b>, sendo o <a data-cke-saved-href="https://amzn.to/2UQObAe" href="https://amzn.to/2UQObAe" target="_blank"><i><b>Desenhando Quadrinhos</b></i></a> o meu favorito: o nome em português pode enganar (no original é <i>Making Comics</i>), mas ele trata de todas as etapas do processo. Tenho lido materiais de outras linguagens, que também ajudam bastante. Um dos livros que mais estudo e consulto é o <a data-cke-saved-href="https://amzn.to/31SPG2c" href="https://amzn.to/31SPG2c" target="_blank"><b><i>Story</i></b></a>, do <b>Robert McKee</b> (que é voltado para o roteiro de cinema). Tenho aqui, lá no fundo do meu coração, alimentado a ideia de escrever um pequeno manual... Quem sabe?<br />
<br />
<b>6. Pode ler meu roteiro e dar uma opinião?</b><br />
Taí uma coisa que me perguntam muito... Fico lisonjeado quando alguém me pede uma opinião sobre algo que escreveu. Mas fazer isso é uma questão muito complexa. Primeiro, ler um texto ainda não publicado gera um certo comprometimento com aquela ideia original. Se futuramente alguma história minha apresentar algum elemento similar ao conceito que o colega me enviou, ele pode entender que eu o estou plagiando. Segundo, alguém pode ficar surpreso com isso, mas LER ROTEIROS LEVA TEMPO. Tem gente que fica até chateado quando eu digo isso, mas é importante frisar que há quem preste este tipo de serviço, conhecido como <b>revisão crítica</b>, e dá um trabalho danado. E, mesmo que não desse, nesta minha vida de pai do Chris, com três empregos, é muito complicado conseguir arrumar tempo para algo assim. Nem mesmo quando me pedem como serviço pago eu costumo atender. Só faço isso em situações muito especiais. Então, quando fizer este pedido para algum roteirista ou escritor, entenda se ele lhe der um respeitoso "não". Se precisar deste tipo de serviço, <a data-cke-saved-href="https://viverdaescrita.com.br/banco-de-fornecedores-para-autores/" href="https://viverdaescrita.com.br/banco-de-fornecedores-para-autores/" target="_blank">recomendo essa relação de prestadores levantada pelo Rodrigo Van Kampen</a>.<br />
<br />
Receba textos como esse no conforto do seu e-mail. Cadastre-se na minha lista: <a data-cke-saved-href="http://bit.ly/listadoze" href="http://bit.ly/listadoze" target="_blank">http://bit.ly/listadoze</a></p>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-41956247332891037942020-01-30T10:12:00.000-03:002020-02-13T18:41:19.858-03:00Criando quadrinhos no Brasil (Lista do Zé #27)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://open.spotify.com/episode/2FissmQ0He4qjx2zLLKFNm?si=uLEiGS2JS3i4YUwYZVONEw" target="_blank"><img alt="https://open.spotify.com/episode/2FissmQ0He4qjx2zLLKFNm?si=uLEiGS2JS3i4YUwYZVONEw" border="0" data-original-height="480" data-original-width="480" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-v8badiThOxw/XjLU7SY4wnI/AAAAAAAAHhk/0n_zk5hUjMoV1Dp8n7-LrLfECK5O_l6qwCLcBGAsYHQ/s640/Capa%2BIncognito%2BSL2.png" width="640" /></a></div>
<br />
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Primeiramente: <b>Feliz Dia do Quadrinho Nacional</b>! Nós, que fazemos quadrinhos no Brasil, comemoramos esta data todo dia 30 de janeiro, em alusão à data da publicação do que se considera a primeira história em quadrinhos do Brasil, <b><i>As aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte</i></b>, de <b>Angelo Agostini</b>. Isso aconteceu em 1869.<br />
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Escolhi o dia de hoje para publicar um podcast onde converso com boa parte da equipe envolvida em <i><b>Steampunk Ladies: Choque do Futuro</b></i>. Falamos sobre como eles atuam no mercado, se vivem de fazer quadrinhos e ainda se quadrinhos e política são uma boa mistura. O programa é um prato cheio pros curiosos e, principalmente, pra quem quer entrar no mercado de quadrinhos. Dá pra escutar nos links abaixo:<br />
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<li><b><a data-cke-saved-href="http://iradex.net/19004/incognito-especial-a-criacao-de-steampunk-ladies-choque-do-futuro/" href="http://iradex.net/19004/incognito-especial-a-criacao-de-steampunk-ladies-choque-do-futuro/" target="_blank">Escute agora no site do Iradex</a></b></li>
<li><b><a data-cke-saved-href="https://open.spotify.com/episode/2FissmQ0He4qjx2zLLKFNm?si=uLEiGS2JS3i4YUwYZVONEw" href="https://open.spotify.com/episode/2FissmQ0He4qjx2zLLKFNm?si=uLEiGS2JS3i4YUwYZVONEw" target="_blank">Ou clique aqui para começar a tocar agora mesmo no seu Spotify</a></b></li>
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Tá liberado compartilhar nas redes sociais e prestigiar essa galera que tá na labuta diária!<br />
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O primeiro evento de lançamento de<i> Steampunk Ladies: Choque do Futuro</i> acontecerá no próximo sábado (01/02), em Fortaleza, durante a <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/feiralivredequadrinhos" href="http://instagram.com/feiralivredequadrinhos" target="_blank"><b>Feira Livre de Quadrinhos</b></a>, que nesta edição acontecerá no <b>Centro Universitário Farias Brito</b> (<span class="LrzXr">R. Castro Monte, 1364 - bairro Varjota). </span>O evento começa ao meio dia e o painel de lançamento será às 14h. Terei o prazer de dividir o momento com a querida <b>Brendda Maria</b> e o incrível <b>Paulo Moreira</b>. Meu amigo <b>Rildon Oliver</b> fará a moderação. Conto com a presença dos amigos de Fortaleza!<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-QsxpuJDZ44w/XjLVvhtTTTI/AAAAAAAAHhw/O6qF1bng9k8EaquqXqYMz0ovGbERYIWJgCLcBGAsYHQ/s1600/Lan%25C3%25A7amento%2BFLQ%2BSteampunk%2BLadies.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-QsxpuJDZ44w/XjLVvhtTTTI/AAAAAAAAHhw/O6qF1bng9k8EaquqXqYMz0ovGbERYIWJgCLcBGAsYHQ/s400/Lan%25C3%25A7amento%2BFLQ%2BSteampunk%2BLadies.jpg" width="400" /></a></div>
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Querendo compras meus quadrinhos? Vai no site da <a href="http://www.editoradraco.com/" target="_blank"><b>Editora Draco</b></a> ou peça o seu na Amazon (e se já tem, não esqueça de avaliar):</div>
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<li><i><a data-cke-saved-href="https://amzn.to/2teulUi" href="https://amzn.to/2teulUi" target="_blank">Quem Matou João Ninguém?</a></i></li>
<li><i><a data-cke-saved-href="https://amzn.to/3aVh9Vi" href="https://amzn.to/3aVh9Vi" target="_blank">Steampunk Ladies: Vingança a Vapor</a></i></li>
<li><i><a data-cke-saved-href="https://amzn.to/2GCvDeQ" href="https://amzn.to/2GCvDeQ" target="_blank">Cangaço Overdrive</a></i></li>
<li><a data-cke-saved-href="https://amzn.to/37HZwGC" href="https://amzn.to/37HZwGC" target="_blank"><i>Steampunk Ladies: Choque do Futuro</i></a></li>
</ul>
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Informações em tempo real lá no meu Instagram: <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/zewellington" href="http://instagram.com/zewellington" target="_blank">instagram.com/zewellington</a></div>
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Receba textos como esse no seu e-mail assim que eles saírem! Cadastre-se na minha lista de e-mails: <a data-cke-saved-href="http://bit.ly/listadoze" href="http://bit.ly/listadoze" target="_blank">http://bit.ly/listadoze</a> </div>
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Leia mais quadrinhos nacionais!</div>
Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-81501769488854600792019-11-18T09:27:00.002-03:002019-11-18T09:27:53.562-03:00Subversão londrina (Lista do Zé #26)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-t4pNm9kjTFo/Xc_gLe-luvI/AAAAAAAAHew/oH4ZR8MOMqIWJJUIhx6OZ5Sgl0iWs_ZhACPcBGAYYCw/s1600/Capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1138" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-t4pNm9kjTFo/Xc_gLe-luvI/AAAAAAAAHew/oH4ZR8MOMqIWJJUIhx6OZ5Sgl0iWs_ZhACPcBGAYYCw/s640/Capa.jpg" width="454" /></a></div>
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Está valendo! Já está à venda o meu novo quadrinho, Steampunk Ladies: Choque do futuro, nos links abaixo:<br />
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<li><strong><a data-cke-saved-href="https://editoradraco.com/produto/cangaco-overdrive-ze-wellington-walter-geovani/" href="https://editoradraco.com/produto/cangaco-overdrive-ze-wellington-walter-geovani/" target="_blank">Compre direto com a Editora Draco</a></strong></li>
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Agora é hora de falar um pouco mais sobre o quadrinho!<br />
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Subversão londrina</h2>
<strong>Sue</strong> e <strong>Rabiosa</strong> unem-se às sufragistas na Inglaterra do século XIX para impedir que tecnologias avançadas sejam usadas contra o resto do mundo. É uma nova aventura das personagens que surgiram em <a data-cke-saved-href="https://amzn.to/2Ynzsik" href="https://amzn.to/2Ynzsik" target="_blank"><strong><em>Steampunk Ladies: Vingança a vapor</em></strong></a> (2015), o livro que <a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/2016/08/e-eu-ganhei-o-hqmix-lista-do-ze-6.html" href="http://www.zewellington.com/2016/08/e-eu-ganhei-o-hqmix-lista-do-ze-6.html" target="_blank">me deu o <strong>Troféu HQMIX</strong> na categoria "Novo Talento Roteirista"</a>. Este volume tem desenhos de <strong>Sara Prado</strong>, <strong>Wilton Santos</strong> e <strong>Leonardo Pinheiro</strong>, cores de <strong>Ellis Carlos</strong>, <strong>Ale Starling</strong> e <strong>Thyago Brandão</strong> (com contribuição da <strong>Mariane Gusmão</strong>) e letras de <strong>Deyvison Manes</strong>. Tivemos a honra de contar ainda com prefácio da <strong>Lívia Stevaux</strong> (<a data-cke-saved-href="https://minasnerds.com.br/" href="https://minasnerds.com.br/" target="_blank">MinasNerds</a>) e posfácio da <strong>Dana Guedes</strong> (escritora e entusiasta steampunk). A edição ficou a cargo novamente do sensacional time da <strong>Editora Draco</strong>. Este projeto é apoiado pela Secretaria Estadual da Cultura do Governo do Estado do Ceará - Lei nº 13.811, de 20 de agosto de 2006.<br /><br />Originalmente, <strong><em>Steampunk Ladies: Choque do futuro</em></strong> deveria ter sido lançado no ano passado, mas tive que engatar uma marcha mais lenta na reta final dele para conseguir finalizar e lançar adequadamente <a data-cke-saved-href="https://editoradraco.com/produto/cangaco-overdrive-ze-wellington-walter-geovani/" href="https://editoradraco.com/produto/cangaco-overdrive-ze-wellington-walter-geovani/" target="_blank"><em><strong>Cangaço Overdrive</strong></em></a>. É uma continuação de <a data-cke-saved-href="https://amzn.to/37fqVjg" href="https://amzn.to/37fqVjg" target="_blank"><em><strong>Steampunk Ladies: Vingança a vapor</strong></em></a>. Tenho sentimentos bem variados este primeiro volume e cheguei a pensar em não continuar essa história, que comecei lá em 2015 (um pouco antes na verdade). Os detalhes vão ficar guardados nos cofres da memória, o que importa é que se trata de um quadrinho protagonizado por mulheres e bem próximo do lançamento de "<em>Vingança a vapor</em>" eu comecei a duvidar que tínhamos feito um trabalho que respeitasse esse conceito principal. Nem cheguei a fazer um lançamento propriamente dito do livro. Enfim, como eu acredito que só quem pode responder se fizemos ou não um trabalho adequado são as mulheres que leram o quadrinho, penso que na balança o saldo foi positivo, já que a maioria das respostas foi muito boa. O fato é que eu sentia que num segundo volume muitas coisas deveriam mudar.<br /><br />Há uma mudança brusca no tom deste novo quadrinho em comparação ao anterior. Parte disso está relacionado com o deslocamento do cenário do Velho Oeste Americano para a Inglaterra Vitoriana, mas as coisas vão bem além disso. "<em>Choque do futuro</em>", de alguma forma, reflete as modificações pelas quais o país e este escritor que vos fala passaram nos últimos quatro anos. O principal antagonista da história luta principalmente contra uma mudança no <em>status quo</em>, o que permitiria que o time de protagonistas (agora mais do que duas!) participasse no mundo moderno que se forma no universo de <em>Steampunk Ladies</em>. Não sei se vocês vão curtir esta aventura, mas pelo menos sei que o coração dela está apontado na direção certa.<br /><br />Pode ser uma experiência mais legal ler os volumes em sequência, mas adianto que não é necessário ler o primeiro volume para entender o segundo. Pode até ser interessante inverter a ordem das histórias, começando com este segundo e entendendo o primeiro volume como um <em>prequel</em> (se <em>Star Wars</em> pode ter várias formas de ver sua cronologia, eu também posso). De qualquer forma, <a data-cke-saved-href="https://editoradraco.com/produto/steampunk-ladies-choque-de-futuro-wellington-prado-santos-pinheiro/" href="https://editoradraco.com/produto/steampunk-ladies-choque-de-futuro-wellington-prado-santos-pinheiro/" target="_blank">quem quiser adquirir esta nova edição já pode clicar aqui e comprar no site da Editora Draco</a>. Para quem estará na <strong>CCXP - Comic Con Experience</strong>, que acontece de 5 a 8 de dezembro em São Paulo, pode pegar diretamente comigo na <strong>MESA F08</strong> da <em>Artists' Alley</em>.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-dk5QiTSMrqw/XdKMjYboR4I/AAAAAAAAHe8/gkX8qhlUDy0hNPDyUlnSLlFvKdx4uaIpwCLcBGAsYHQ/s1600/01.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1458" data-original-width="1000" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-dk5QiTSMrqw/XdKMjYboR4I/AAAAAAAAHe8/gkX8qhlUDy0hNPDyUlnSLlFvKdx4uaIpwCLcBGAsYHQ/s400/01.png" width="273" /></a></div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-ZQms4fp85e4/XdKMoaK9KkI/AAAAAAAAHfA/4v7smwD2IGoEXo044xazYcCmWEWjupooQCLcBGAsYHQ/s1600/02.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1413" data-original-width="1000" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-ZQms4fp85e4/XdKMoaK9KkI/AAAAAAAAHfA/4v7smwD2IGoEXo044xazYcCmWEWjupooQCLcBGAsYHQ/s400/02.png" width="282" /></a></div>
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Por falar em <strong>CCXP</strong>, no evento estarei dividindo mesa com o ilustrador <a data-cke-saved-href="https://www.facebook.com/jonboscoart" href="https://www.facebook.com/jonboscoart" target="_blank"><strong>Jon Bosco</strong></a> (conheçam o incrível trabalho dele!). Além de <em>Steampunk Ladies: Choque do futuro</em> (que será lançada no evento), ainda vou estar com <em>Cangaço Overdrive</em> e mais um monte de coisinhas (prints com as capas dos meus quadrinhos, coletâneas que participei, cordéis etc.). Pra quem é de fora do Ceará, é uma oportunidade única de bater um papo comigo e conseguir uma dedicatória em um dos meus trabalhos.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-ezb5N-dJ6r4/XdKMyXykOxI/AAAAAAAAHfE/dG_sTVeaZ3EXxUIvp7-70uxowrZBWOi8wCLcBGAsYHQ/s1600/Carrossel01.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-ezb5N-dJ6r4/XdKMyXykOxI/AAAAAAAAHfE/dG_sTVeaZ3EXxUIvp7-70uxowrZBWOi8wCLcBGAsYHQ/s640/Carrossel01.png" width="640" /></a></div>
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E se ano passado eu cheguei em SP direto para a CCXP, dessa vez eu consegui me organizar para estar por lá um pouco mais cedo. Um dos grandes motivos é o <strong>Draco Spirit Fest</strong>, aniversário de 10 anos da <strong>Editora Draco</strong>, minha casa editorial desde 2013. Vai ser uma celebração ao<strong> #dracospirit</strong>, com direito a show do meu conterrâneo <a data-cke-saved-href="https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/verso/online/jonnata-doll-os-garotos-solventes-calibram-sua-poetica-do-submundo-em-novo-disco-1.2139283" href="https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/verso/online/jonnata-doll-os-garotos-solventes-calibram-sua-poetica-do-submundo-em-novo-disco-1.2139283" target="_blank"><strong>Jonnata Doll</strong></a>, um dos grandes nomes da música indie brasileira atual. Vai ser no dia 30 de novembro (sábado), a partir das 17h, no <a data-cke-saved-href="https://www.instagram.com/seboclepsidra/?hl=pt-br" href="https://www.instagram.com/seboclepsidra/?hl=pt-br" target="_blank"><strong>Sebo Clepsidra</strong></a> (Loja 2).<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-9XIUEXYtZwo/XdKM9fAMPRI/AAAAAAAAHfM/ejPVlaFmhV0GDD0RuXK2f4RkV2FVLy0VQCLcBGAsYHQ/s1600/Anivers%25C3%25A1rio%2BDraco.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="480" src="https://1.bp.blogspot.com/-9XIUEXYtZwo/XdKM9fAMPRI/AAAAAAAAHfM/ejPVlaFmhV0GDD0RuXK2f4RkV2FVLy0VQCLcBGAsYHQ/s640/Anivers%25C3%25A1rio%2BDraco.png" width="640" /></a></div>
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Outra novidade é que volto mais uma vez para uma oficina de férias no <strong>Estúdio Daniel Brandão </strong>(em Fortaleza). Dessa vez, o tema será "<strong>Narrativa da Escrita</strong>" e o objetivo é discutir temas referentes à criação de histórias nas mais diversas mídias (focando um pouquinho nas histórias em quadrinhos). A oficina é parte do programa "<strong>As Artes Narrativas</strong>", que ainda terá as oficinas "<strong>Narrativa do Desenho</strong>" (com <strong>Daniel Brandão</strong>) e "<strong>Narrativa das Cores</strong>" (com <strong>Juliana Rabelo</strong>). A minha oficina é logo na segunda semana de 2020 (6 a 10 de janeiro, para ser mais exato), o que é massa para quem vai colocar nas resoluções de ano novo escrever um livro ou produzir uma HQ. Você pode fazer uma oficina só ou fazer todas e aproveitar um desconto na inscrição. Inscrições e mais informações pelo e-mail <strong>estudiodanielbrandao@gmail.com</strong> ou pelo telefone <strong>(85) 3264.0051</strong>. As aulas serão presenciais na sede do estúdio, na Torre Empresarial Del Passeo (Av. Santos Dumont).<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-hWKJuYjnjiM/XdKNHdRgvPI/AAAAAAAAHfQ/gshQ-14DMKYXwpiEROpT0zCgYwGDQn9DACLcBGAsYHQ/s1600/01.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1250" data-original-width="1251" height="638" src="https://1.bp.blogspot.com/-hWKJuYjnjiM/XdKNHdRgvPI/AAAAAAAAHfQ/gshQ-14DMKYXwpiEROpT0zCgYwGDQn9DACLcBGAsYHQ/s640/01.jpeg" width="640" /></a></div>
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Por hoje é só. Quer receber os meus textos no conforto do seu e-mail? Cadastre-se aqui: <a data-cke-saved-href="http://bit.ly/listadoze" href="http://bit.ly/listadoze" target="_blank">http://bit.ly/listadoze</a> <br />
Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-68771884901720304232019-10-08T08:32:00.001-03:002019-10-08T16:38:35.862-03:00Fomos indicados ao Prêmio Jabuti! (Lista do Zé #25)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Ahlk91Ev-D0/XZxzf5Ohr-I/AAAAAAAAHc4/Gw2yce61od48gRkEAmN61ktmcH4zg84fgCLcBGAsYHQ/s1600/Jabuti.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="667" data-original-width="667" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-Ahlk91Ev-D0/XZxzf5Ohr-I/AAAAAAAAHc4/Gw2yce61od48gRkEAmN61ktmcH4zg84fgCLcBGAsYHQ/s400/Jabuti.jpg" width="400" /></a></div>
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Olá, olá!<br />
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<i><b>Cangaço Overdrive</b></i> é um dos 10 finalistas na categoria História em Quadrinhos do <b>Prêmio Jabuti</b>, a maior premiação literária do Brasil. Só assim para eu tirar as teias de aranha dessa lista de e-mail. Juro que tentei várias vezes, em vão, sentar e pensar no meu texto #25, que a princípio seria lançado no dia 22 de agosto, em comemoração ao <b>Dia do Folclore</b>, com indicações de obras nacionais que exploravam temas brasileiros. Mas isso vai ficar pra próxima, por que <b>eu fui indicado ao Prêmio Jabuti, porra!</b> Tô bem feliz.<br />
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E é meio maluco, por que muitas coisas rolaram nesses últimos meses no cenário fantasista nacional e, sei lá, talvez tudo esteja ligado. Em agosto, estive em dois eventos literários: na <b>Flipelô</b> (em Salvador) e na <b>Bienal do Livro do Ceará</b> (que rolou em Fortaleza). Na Bahia, estive numa mesa com o quadrinista baiano <b>Hugo Canuto</b> (criador do quadrinho <b><i>Contos dos Orixás</i></b>) e em Fortaleza estive com o escritor potiguar <b>Marcio Benjamin</b> (especialista em terror com elementos nordestinos, autor do recém lançado <b><i>Agouro</i></b>) e ainda com o podcaster <b>Rildon Oliver</b> (<a data-cke-saved-href="https://cosmonerd.com.br/" href="https://cosmonerd.com.br/" target="_blank"><b><i>Cosmonerd</i></b></a>) e o professor/escritor/rpgista <b>Dmitri Gadelha</b>. Os temas foram bem parecidos: o impacto de se utilizar elementos brasileiros na escrita de ficção. No caso das mesas com o Hugo e o Marcio, formos ainda mais específicos: <b>focamos nos elementos nordestinos</b>.</div>
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Já tinha bastante coisa para começar a divagar a respeito, mas algumas bombas estavam para explodir. A primeira numa polêmica envolvendo uma série de ilustrações do artista gaúcho <b>Vitor Wiedergrun</b>, que tentava reimaginar elementos do cangaço num cenário futurista. <a data-cke-saved-href="https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Flidiazuin.blogosfera.uol.com.br%2F2019%2F09%2F02%2Famazofuturismo-e-cyberagreste-por-uma-nova-ficcao-cientifica-brasileira%2F&data=02%7C01%7C%7C6a76e365d83e46b2fce508d74b9bafda%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C637061004350366357&sdata=6CGyM%2FRjb%2FUs368tylYJxA1jkOFdHJwg5JlqkRrp1gs%3D&reserved=0" href="https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Flidiazuin.blogosfera.uol.com.br%2F2019%2F09%2F02%2Famazofuturismo-e-cyberagreste-por-uma-nova-ficcao-cientifica-brasileira%2F&data=02%7C01%7C%7C6a76e365d83e46b2fce508d74b9bafda%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C637061004350366357&sdata=6CGyM%2FRjb%2FUs368tylYJxA1jkOFdHJwg5JlqkRrp1gs%3D&reserved=0" target="_blank">Num texto da escritora Lídia Zuin</a>, o nome da série de ilustrações do Vitor, <b>Cyberagreste</b>, vira nome de um movimento estético/literário. Foi o suficiente para <a data-cke-saved-href="https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=http%3A%2F%2Falecsilva-escritor.blogspot.com%2F2019%2F09%2Fquer-entender-treta-do-cyberagreste-e.html&data=02%7C01%7C%7C6a76e365d83e46b2fce508d74b9bafda%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C637061004350376357&sdata=m7R84QcD%2B8e1kAu1%2FlcVLCO%2FLtCQctrygaChhW9EJ2U%3D&reserved=0" href="https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=http%3A%2F%2Falecsilva-escritor.blogspot.com%2F2019%2F09%2Fquer-entender-treta-do-cyberagreste-e.html&data=02%7C01%7C%7C6a76e365d83e46b2fce508d74b9bafda%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C637061004350376357&sdata=m7R84QcD%2B8e1kAu1%2FlcVLCO%2FLtCQctrygaChhW9EJ2U%3D&reserved=0" target="_blank">uma sequência de textos (e textões)</a> de nordestinos questionando pontos desta reportagem, que não tinha os principais interessados na história envolvidos: <b>os nordestinos</b>. Embora eu não tenhamos participado desse texto, <i>Cangaço Overdrive</i> é citado por lá, como tem estado na maior parte dessas discussões. Dessa história surge o <b>Sertãopunk</b>, um contraponto e quase um manifesto sobre o cyberpunk com o nordeste como cenário. Essa visão seria ardorosamente defendida por vários escritores nordestinos, com destaque para a cearense <b>G.G. Diniz</b> e os baianos <b>Alan de Sá</b> e <b>Alec Silva</b>. Veja só, eu entendo todo o sentimento do Vitor e da Lídia em suas produções e toda a boa vontade que está lá. Mas os questionamentos da Gabriele, do Alan e do Alec são muito válidos. <a href="https://blog.editoradraco.com/2019/10/jabuti-sertaopunk/" target="_blank">Escrevi um texto para o blog da Draco falando mais sobre o sertãopunk</a>.</div>
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E espera aí, que tem mais um ingrediente para acrescentar no caldeirão: <a data-cke-saved-href="https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Filustrissima%2F2019%2F09%2Feterna-promessa-literatura-fantastica-brasileira-nunca-decola.shtml&data=02%7C01%7C%7C6a76e365d83e46b2fce508d74b9bafda%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C637061004350376357&sdata=59fyZ0wdQ2%2BN7VTop7z5MM6XHK2oVir5BEO9eOGQlEk%3D&reserved=0" href="https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Filustrissima%2F2019%2F09%2Feterna-promessa-literatura-fantastica-brasileira-nunca-decola.shtml&data=02%7C01%7C%7C6a76e365d83e46b2fce508d74b9bafda%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C637061004350376357&sdata=59fyZ0wdQ2%2BN7VTop7z5MM6XHK2oVir5BEO9eOGQlEk%3D&reserved=0" target="_blank">num texto para a Folha de S. Paulo</a>, o escritor <b>Santiago Nazarian</b> joga um balde de água fria nos escritores de literatura especulativa brasileiros. Nazarian escreve que esse tipo de literatura vive sempre um sentimento de que está prestes a decolar no mercado, mas que nunca chega a lugar nenhum de fato. E, claro, existiram os contrapontos, com destaque para a <a data-cke-saved-href="https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Ftwitter.com%2FBrunoMatangrano%2Fstatus%2F1178451986640973825&data=02%7C01%7C%7C6a76e365d83e46b2fce508d74b9bafda%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C637061004350386374&sdata=RUImGCM%2F9wLj1bu6hrK1wpMVnordq%2B7pVUZZG9opFuw%3D&reserved=0" href="https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Ftwitter.com%2FBrunoMatangrano%2Fstatus%2F1178451986640973825&data=02%7C01%7C%7C6a76e365d83e46b2fce508d74b9bafda%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C637061004350386374&sdata=RUImGCM%2F9wLj1bu6hrK1wpMVnordq%2B7pVUZZG9opFuw%3D&reserved=0" target="_blank">excelente thread no Twitter do <b>Bruno Mantagrano</b></a> e <a data-cke-saved-href="https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Filustrissima%2F2019%2F10%2Fficcao-fantastica-decola-e-ganha-altura-defende-escritor.shtml&data=02%7C01%7C%7C6a76e365d83e46b2fce508d74b9bafda%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C637061004350396387&sdata=ke10Cb18p0jADYCQI9cn8njlQKS%2FwzfzjClTyEsjOE4%3D&reserved=0" href="https://eur04.safelinks.protection.outlook.com/?url=https%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Filustrissima%2F2019%2F10%2Fficcao-fantastica-decola-e-ganha-altura-defende-escritor.shtml&data=02%7C01%7C%7C6a76e365d83e46b2fce508d74b9bafda%7C84df9e7fe9f640afb435aaaaaaaaaaaa%7C1%7C0%7C637061004350396387&sdata=ke10Cb18p0jADYCQI9cn8njlQKS%2FwzfzjClTyEsjOE4%3D&reserved=0" target="_blank">o texto escrito também para a Folha pelo escritor <b>Samir Machado de Machado</b></a>.</div>
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Ficam os links, por que ler sobre estes pontos pode ser um negócio muito enriquecedor, ainda mais se você está se propondo a ser um escritor no Brasil. Tem gente bem mais inteligente do que eu falando aí e se tem algo que eu aprendi é que ler pessoas inteligentes é um jeito de ficar um pouco mais inteligente também.<br />
<br />
O fato é que a indicação do Jabuti chega num momento bem interessante, bem no meio dessa efervescência, onde a nossa ficção especulativa vai ganhando seu espaço entre os leitores brasileiros. Sou um cara bem novo nesse cenário e seria muito arrogante da minha parte ignorar todo o trabalho das gerações anteriores, que vem lá desde 1899, com o romance <i>A rainha do Ignoto</i>, da cearense Emília de Freitas. Mas eu consigo enxergar algumas bolhas sendo furadas.<br />
<br />
Com o alto nível dos concorrentes, é difícil dizer se sigo nas próximas etapas do Prêmio Jabuti, mas fico feliz de ter conseguido chegar até aqui com um quadrinho distópico, que nada mais é do que o resultado do nosso incômodo com o cenário de retrocesso atual e um questionamento sobre os avanços destrutivos do capital. E, principalmente, uma ode à jornada do nordestino. Perdi o 22 de agosto, mas ganhei o privilégio de publicar esse texto hoje, no dia em que comemoramos os 110 anos da data de nascimento de um dos maiores poetas populares da história desse país, <b>Patativa do Assaré</b>. Poeta, subversivo e uma das grandes influências na criação de <i>Cangaço Overdrive</i>, Patativa vive em suas ideias e ideais.<br />
<br />
Eu gostaria de agradecer a toda a equipe envolvida em <i>Cangaço Overdrive</i> por possibilitarem que chegássemos até aqui. Não poderia esquecer do apoio imprescindível da<b> Editora Draco</b> e de todos os amigos e familiares que vem ajudando a disseminar o quadrinho.<br />
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Sigamos lutando.</div>
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<span title="Editado">DICA:</span></h1>
<span title="Editado">Se você ainda não tem a obra, <a data-cke-saved-href="https://editoradraco.com/produto/cangaco-overdrive-ze-wellington-walter-geovani/" href="https://editoradraco.com/produto/cangaco-overdrive-ze-wellington-walter-geovani/" target="_blank">aproveita que ela está com 30% de desconto no site da Editora Draco</a>. Por tempo limitado!</span><br />
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Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-43765848449848161112019-06-21T14:29:00.002-03:002019-06-22T10:37:31.703-03:00O evangelho de Evangelion (Lista do Zé #24)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-nm1_jzcSUmc/XQ0TQiUTKXI/AAAAAAAAHYk/4xtlI0304ScgEQWbCtWk8kh-eoon2saWACLcBGAs/s1600/Evangelion.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1280" height="512" src="https://1.bp.blogspot.com/-nm1_jzcSUmc/XQ0TQiUTKXI/AAAAAAAAHYk/4xtlI0304ScgEQWbCtWk8kh-eoon2saWACLcBGAs/s640/Evangelion.jpg" width="640" /></a></div>
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Olá, olá!<br />
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Um dos animes mais amados de todos os tempos está disponível novamente! Nesse texto eu falo sobre <i><b>Evangelion</b></i>, animação japonesa que eu fiz um esforço absurdo para acompanhar no final dos anos 90 (via fitas VHS mal gravadas) e agora você pode assistir no conforto da sua <b>Netflix</b>. A criação máxima do estúdio <b>Gaynax</b> e do diretor <b>Hideaki Anno</b> agora pode ser apreciada por uma nova geração de amantes das boas (e um pouco complexas) histórias.<br />
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<b>Mas primeiro...</b><br />
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Preciso avisar que <i><b>Cangaço Overdrive</b></i> está de volta às prateleiras, depois de ter esgotado no site oficial da <a data-cke-saved-href="http://www.editoradraco.com" href="http://www.editoradraco.com/" target="_blank"><b>Editora Draco</b></a> e em alguns dos principais fornecedores online. A segunda tiragem do quadrinho já está disponível <a data-cke-saved-href="https://editoradraco.com/produto/cangaco-overdrive-ze-wellington-walter-geovani/" href="https://editoradraco.com/produto/cangaco-overdrive-ze-wellington-walter-geovani/" target="_blank">na loja online da Draco</a> ou na <a data-cke-saved-href="https://amzn.to/2x9wU8i" href="https://amzn.to/2x9wU8i" target="_blank"><b>Amazon</b></a>. Enjoy!<br />
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Além disso meu parceiro <b>Walter Geovani</b> está vendendo edições diretamente, incluindo um sketch original de brinde. Para adquirir, deixem mensagem lá no Instagram dele: <a data-cke-saved-href="http://www.instagram.com/walter_geovani_wg" href="http://www.instagram.com/walter_geovani_wg" target="_blank">instagram.com/walter_geovani_wg</a> <br />
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Clássico moderno </h2>
A <b>Netflix</b> acaba de disponibilizar em seu catálogo <a data-cke-saved-href="https://www.netflix.com/browse?jbv=81033445&jbp=0&jbr=2" href="https://www.netflix.com/browse?jbv=81033445&jbp=0&jbr=2" target="_blank"><i><b>Neon Genesis Evangelion</b></i></a>, um dos maiores clássicos da animação japonesa dos anos 1990. Pergunte a qualquer pessoa que tenha acompanhado a série na época do lançamento o que ela lembra a respeito e, <a data-cke-saved-href="https://www.youtube.com/watch?v=t-QSmNReDyI" href="https://www.youtube.com/watch?v=t-QSmNReDyI" target="_blank">além da marcante música de abertura</a>, provavelmente você ouvirá duas coisas: 1) os robôs gigantes e 2) a trama complexa. É reduzir demais colocar <i>Evangelion</i> apenas nestes dois pontos, mas são bons lugares para começarmos esse texto.<br />
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Então, sim, <b>tem uns robozões</b>. Robôs gigantes (os <i><b>mechas</b></i>) estão incrustados na cultura pop japonesa, desde os <i>live actions</i> do tipo <i>metal hero</i> e <i>tokusatsu</i> (<i>Jaspion</i> e <i>Changeman</i>, respectivamente) até animações como <i>Gundan</i> e <i>Macross</i>. Para justificar os robôs, a trama do anime se passa em 2015 (que seriam 20 anos no futuro na época do lançamento), num Japão distópico onde adolescentes são os únicos pilotos possíveis para máquinas de guerra gigantes, os <b>EVAs</b>. Logo no primeiro episódio entendemos quem essas máquinas gigantes têm de enfrentar: criaturas poderosas conhecidas como <b>Anjos</b> (e só isso já é de dar um nó na cabeça). Em meio aos confrontos, acompanhamos <b>Shinji Ikari</b>, um destes pilotos adolescentes, nos seus primeiros momentos como piloto do Eva-01. Abandonado na infância, Shinji volta à cidade natal para um momento de reconciliação, mas acaba frustrado quando descobre que seu pai é o líder dessa resistência contra os anjos e queria apenas que ele pilotasse o Eva-01. Esse conflito entre pai e filho (e o passado por trás dele) é apenas um dos temperos do caldeirão do anime, que tem nas batalhas um pequeno percentual do seu tempo de tela. O que não faltam por aí são textos falando que o próprio uso dos mechas no desenho denota uma crítica dos criadores à falência da sociedade japonesa, utilizando elementos dos mangás e animes, patrimônios nacionais do país. Isso sem falar em várias questões existencialistas levantadas pelos personagens, todos nitidamente lutando contra traumas psicológicos próprios.<br />
<br />
É aí que entramos no segundo ponto de destaque de <i>Evangelion</i>. Sem dúvidas temos aqui um dos roteiros mais inventivos e também mais complicados já criados em uma animação seriada, uma ficção científica existencialista com elementos da <b>Cabala</b>, do <b>Cristianismo</b>, do <b>Judaísmo</b> e do <b>Xintoísmo</b>. É a típica história que começa no meio e você se vê dentro de um furacão junto com o protagonista, que cresceu isolado de tudo e representa nossas dúvidas dentro da trama. Uma coisa que é necessária dizer pra você que vai encarar o anime pela primeira vez é que a maior parte dos mistérios da trama <b>não será explicada</b>. O anime é aberto a muitas interpretações e isso funciona muito bem na maior parte da trama. Mas é importante dizer que nem sempre esse mistério todo, beirando a <b>psicodelia</b> em alguns momentos, é proposital e bem conduzido. <i>Evangelion</i> teve uma série de problemas de produção, especialmente em seus últimos episódios, o que levou a um final forçado na série, com sérias restrições orçamentárias. Não é preciso ser expert para perceber isso, ainda mais quando em vários episódios você passa longos minutos numa tela estática e apenas ouvindo os personagens falando. A maior parte da ação (e ação BOA, diga-se de passagem) está na primeira metade da série. É óbvio que há um sem fim de ideias boas também para contornar os problemas de produção, como o fato de que os anjos vão tendo suas formas exploradas de forma absurda no decorrer da série, até serem muito mais do que monstro gigantes.<br />
<br />
Para compensar os probleminhas desse final, a série original já foi reeditada mais de uma vez e ainda ganhou um longa-metragem resumo (<b><i>Evangelion: Death (True)²</i></b>) e outro que finaliza o confronto com os anjos (<i><b>The End of Evangelion</b></i>), também disponíveis na Netflix.<br />
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E se você está em dúvidas sobre ver ou não, eu digo que vale a pena! A última vez que vi foi no ano passado e continua muito bom. Se tramas cabeçudas são sua praia, você não irá se decepcionar. Boa parte do gostoso de acompanhar algo assim é gastar horas lendo sobre teorias na internet depois... Definitivamente <i>Evangelion</i> é um desses raros casos em que vale a pena se perder nos vídeos de “final explicado”.<br />
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Já viu <i>Evangelion</i>? É sempre bom lembrar: responda este e-mail com seu comentário e ele chega na minha caixa de entrada. Você pode também deixar um comentário aqui ou ainda <a href="https://twitter.com/zewellington/status/1142425066854072322" target="_blank">no meu Twitter</a>, <a href="https://www.facebook.com/zewellington/posts/434133763853374" target="_blank">Facebook</a> ou <a href="https://www.instagram.com/p/BzA3681A0kF/" target="_blank">Instagram</a>.<br />
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Quer me ajudar um montão na minha carreira de escritor e roteirista? Avalie os meus livros e me siga no <a data-cke-saved-href="https://www.goodreads.com/author/show/8295304.Z_Wellington" href="https://www.goodreads.com/author/show/8295304.Z_Wellington" target="_blank">Goodreads</a> e no <a data-cke-saved-href="https://www.skoob.com.br/autor/5930" href="https://www.skoob.com.br/autor/5930" target="_blank">Skoob</a>. Lá você encontra minhas últimas leituras com alguns comentários.<br />
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<b>Levanta a cabeça, Shinji!</b>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-13393264326749381152019-05-25T11:12:00.000-03:002019-11-28T16:01:00.100-03:00Cordel de Cangaço Overdrive + indicações brasileiras steampunk (Lista do Zé #23)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-XDYCcZFyel4/XOlKWiQNisI/AAAAAAAAHWs/_Bn4vdUw8i8qn0SN3tEF2q_j6puqL_tSgCLcBGAs/s1600/capitu-a-todo-vapor-brasiliana-steampunk.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="819" data-original-width="1500" height="348" src="https://1.bp.blogspot.com/-XDYCcZFyel4/XOlKWiQNisI/AAAAAAAAHWs/_Bn4vdUw8i8qn0SN3tEF2q_j6puqL_tSgCLcBGAs/s640/capitu-a-todo-vapor-brasiliana-steampunk.jpg" width="640" /></a></div>
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Olá, olá!<br />
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Antes de te indicar alguns produtos brasileiros steampunk, preciso te dizer que já está à venda <i><b>Steampunk Ladies: Choque do futuro</b></i>, minha nova história em quadrinhos! Clique na imagem para garantir a sua agora!<br />
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<a href="https://editoradraco.com/produto/steampunk-ladies-choque-de-futuro-wellington-prado-santos-pinheiro/" target="_blank"><img alt="https://editoradraco.com/produto/steampunk-ladies-choque-de-futuro-wellington-prado-santos-pinheiro" border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1138" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-t4pNm9kjTFo/Xc_gLe-luvI/AAAAAAAAHew/oH4ZR8MOMqIWJJUIhx6OZ5Sgl0iWs_ZhACPcBGAYYCw/s400/Capa.jpg" width="283" /></a></div>
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Em comemoração, preparei um pequeno guia com a indicação de algumas outras obras recentes nacionais na temática <i>steampunk</i>, pra você ir entrando no clima enquanto meu novo quadrinho não chega na sua casa.<br />
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Além disso, falo sobre minha primeira publicação em literatura de cordel: <i><b>Cangaço Overdrive: Passado e futuro</b></i>. Este cordelzinho foi distribuído para quem comprou minha HQ <a href="http://www.zewellington.com/p/cangaco-overdrive.html" target="_blank"><i><b>Cangaço Overdrive</b></i></a> na <a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/2018/12/ccxp-como-e-estar-no-coracao-do-evento.html" href="http://www.zewellington.com/2018/12/ccxp-como-e-estar-no-coracao-do-evento.html" target="_blank">CCXP 2018</a> e agora é a sua vez de ter acesso em formato PDF. Vale dizer que não tem spoilers do quadrinho original, então pode ler antes dos quadrinhos, tá? E para quem já leu a HQ, é hora de conhecer um pouquinho mais sobre a origem dos personagens dos grupos de <b>Cotiara</b> e <b>Rosa</b>.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-PqvRzY8pD3Q/XOlKoXc0Y8I/AAAAAAAAHW0/PTRODniVKZoPkHLd84pgVy6nn_1IKfK1gCLcBGAs/s1600/cangaco-overdrive-cordel-cyberpunk.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="536" data-original-width="450" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-PqvRzY8pD3Q/XOlKoXc0Y8I/AAAAAAAAHW0/PTRODniVKZoPkHLd84pgVy6nn_1IKfK1gCLcBGAs/s640/cangaco-overdrive-cordel-cyberpunk.png" width="536" /></a></div>
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Uma das coisas mais elogiadas em <i>Cangaço Overdrive</i> é a narração em cordel. Foi uma das primeiras ideias que tive antes de iniciar o roteiro do quadrinho. Não sou poeta, mas rimar uma história não era pra ser tão complicado, afinal eu tive banda por mais de dez anos e já compus algumas músicas, certo?<br />
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Na prática o negócio foi mais complexo (imagina aí acertar texto e imagem, tendo que se preocupar com a rima e também com a métrica própria do cordel?). De qualquer forma, depois dessa experiência maluca eu fiquei doido pra fazer mais. Então para a CCXP do ano passado eu pensei que um brinde legal seria um pequeno cordel, que foi impresso e depois cortado e montado manualmente. O cordel explora a origem de alguns dos personagens da HQ. Agora é sua vez de tê-lo, clicando no link abaixo:<br />
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<span style="font-size: 18px;"><a data-cke-saved-href="http://bit.ly/cangacooverdrivecordel" href="http://bit.ly/cangacooverdrivecordel" target="_blank"><b>Baixe aqui agora!</b></a></span></div>
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<span style="font-size: 18px;"><b>Steampunk brasileiro</b></span></h2>
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<div style="text-align: left;">
Lá pela década de 80 a ficção científica vivia um dos seus momentos de ouro, especialmente na literatura. Nesse contexto foi criado o tal <b>cyberpunk</b> (<a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/2018/01/um-2017-cyberpunk-lista-do-ze-16.html" href="http://www.zewellington.com/2018/01/um-2017-cyberpunk-lista-do-ze-16.html" target="_blank">já falei um pouco sobre isso</a>), título de um conto do escritor <b>Bruce Bethke</b> e que acabou definindo um novo gênero. A frase que resume o estilo é o "<b>high tech, low life</b>", referindo-se a um futuro extremamente tecnológico, mas de péssimas condições de vida. Já no final da década de 80, o escritor <b>K. W. Jeter</b>, procurando uma expressão para designar trabalhos que se passavam no passado e que remetiam aos conceitos do cyberpunk, cunhou o <b>steampunk</b>. Ao invés do futuro, os cenários/períodos históricos favoritos do gênero eram a<b> Era Vitoriana Inglesa</b> e o <b>Velho Oeste Americano</b> pós-segunda revolução industrial, por isso o "steam" do nome, uma alusão à tecnologia a vapor vigente na época. A principal brincadeira era imaginar estes períodos com tecnologia mais avançada. Vale dizer que depois surgiram outras vertentes, com combustíveis diferentes alimentando as cabeças dos autores: <b>teslapunk</b> (em alusão às primeiras máquinas elétricas), <b>dieselpunk</b> (diesel das máquinas nas guerras mundiais), <b>atompunk</b> (energia atômica) e até <b>solarpunk</b> (que leva a discussão de volta para o futuro, com energias limpas). Mas esses outros ficam para um próximo texto...<br />
<br />
<b>E no Brasil?</b> Muita coisa stempunk tem sido lançada no Brasil nestes mais de trinta anos. Fazer uma lista é um negócio espinhoso e para essa me concentrei em trabalhos mais recentes. Lá no meu blog eu pretendo aumentar esta lista nos próximos meses (e tô guardando na agulha um texto sobre ficção científica nacional em que quero explorar os títulos mais clássicos, em breve neste mesmo canal).<span style="font-size: 18px;"><b></b></span></div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-6SWhzQ_XRyE/XOlLGh0SKCI/AAAAAAAAHW8/QkY27IMA3OQqR902opNgWFMGonCzBh-LACLcBGAs/s1600/vaporpunk-draco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="342" data-original-width="640" height="342" src="https://1.bp.blogspot.com/-6SWhzQ_XRyE/XOlLGh0SKCI/AAAAAAAAHW8/QkY27IMA3OQqR902opNgWFMGonCzBh-LACLcBGAs/s640/vaporpunk-draco.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: 18px;"><b><br /></b></span></div>
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<h2>
Vaporpunk</h2>
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O Steampunk feito no Brasil se enraizou no<i> fandon</i> primeiramente através de livros de contos, especialmente antologias de editoras de gênero. Embora não possa deixar de reconhecer os trabalhos de editoras como a <b>Tarja</b> (in memorian) e a <b>Estronho</b>, foi a <b>Draco</b> que pavimentou essa estrada, especialmente com os dois volumes de <i>Vaporpunk</i>. Embora livros de contos de autores diferentes costumem apresentam trabalhos melhores e piores, considero o nível dos dois livros bem alto, possivelmente por que temos alguns dos escritores mais prolíficos do gênero no país: Octavio Aragão, Flávio Medeiros, Eric Novello, Carlos Orsi, Fábio Fernandes, Romeu Martins, Dana Guedes, Nikelen Witter, Luiz Bras, Sid Castro, Jacques Barcia, Cirilo S. Lemos e Gerson Lodi-Ribeiro. Vale dizer que o primeiro volume também tem participação de autores portugueses. Esses livros foram só o pontapé para uma coleção chamada <b>Mundo Punk</b>, que também incluiu as coletâneas <i>Dieselpunk</i> e <i>Solarpunk</i> (que foi uma das primeiras iniciativas no gênero do mundo e já foi traduzida para o inglês). Nada como encerrar o ciclo com um livro sobre <i>Cyberpunk</i>, que iniciou todo o gênero, né? Na campanha que está rolando do livro, tem uma recompensa para levar TODOS os livros do Mundo Punk (mais a coletânea em quadrinhos <i>Periferia Cyberpunk</i>) <b>por apenas R$ 200,00</b>. <a data-cke-saved-href="https://www.catarse.me/cyberpunkdraco" href="https://www.catarse.me/cyberpunkdraco" target="_blank">Apoie a coletânea até o dia 29/05 e leve a coleção completa por esse precinho camarada!</a><br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Cd1qfs0--gk/XOlLalUNAnI/AAAAAAAAHXE/pq6HMoc-yM0mJVEYJuOUqabu9SLizyQXwCLcBGAs/s1600/le-chevalier-avec.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="800" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-Cd1qfs0--gk/XOlLalUNAnI/AAAAAAAAHXE/pq6HMoc-yM0mJVEYJuOUqabu9SLizyQXwCLcBGAs/s640/le-chevalier-avec.jpg" width="640" /></a></div>
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Le Chevalier</h2>
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Um espião francês sem passado é o indicado por Napoleão em casos em que o Império Francês precisa resolver com discrição. Iniciado num romance do escritor <b>A.Z. Cordenonsi</b>, <b><a data-cke-saved-href="https://amzn.to/30J4dwG" href="https://amzn.to/30J4dwG" target="_blank"><i>Le Chevalier e a Exposição Universal</i></a></b>, as aventuras do personagem seriam expandidas também para uma série de contos e duas histórias em quadrinhos,<b><i> <a data-cke-saved-href="https://amzn.to/30HNZDZ" href="https://amzn.to/30HNZDZ" target="_blank">Le Chevalier: Arquivos Secretos Vol. 1</a></i></b> e <a data-cke-saved-href="https://amzn.to/2WjVstH" href="https://amzn.to/2WjVstH" target="_blank"><i><b>Le Chevalier nas Montanhas da Loucura</b></i></a> (com roteiros do escritor e desenhos de <b>Fred Rubin</b>, que eu considero o "Mignola brasileiro"). As aventuras do cavaleiro são uma boa pegada para quem gosta de histórias despretensiosas e cheias de ação.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-H6MaXE05VH8/XOlLvpvwGKI/AAAAAAAAHXM/OnMVzx-4wVgc_WiYCqvpLhaEz913BfsxACLcBGAs/s1600/brasiliana-steampunk.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://1.bp.blogspot.com/-H6MaXE05VH8/XOlLvpvwGKI/AAAAAAAAHXM/OnMVzx-4wVgc_WiYCqvpLhaEz913BfsxACLcBGAs/s640/brasiliana-steampunk.jpg" width="640" /></a></div>
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Brasiliana Steampunk</h2>
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Se na indicação anterior o autor resolveu expandir seu universo além da literatura, aqui nós vamos ainda mais longe. Estudioso da arte transmídia, o escritor <b>Enéias Tavares</b> toca o ambicioso projeto <a data-cke-saved-href="https://brasilianasteampunk.com.br/" href="https://brasilianasteampunk.com.br/" target="_blank"><b><i>Brasiliana Steampunk</i></b></a>, que concentra a história num Brasil ficcional onde personagens clássicos da nossa literatura interagem entre si. No centro das tramas, um grupo de aventureiros autodenominado <b>Parthenon Místico</b>. Os passos que consolidaram este universo foram dados no romance policial <a data-cke-saved-href="https://amzn.to/30LEt2w" href="https://amzn.to/30LEt2w" target="_blank"><i><b>A Lição de Anatomia do Temível Dr. Louison</b></i></a>, que narra através de cartas e "gravações mecânicas" os acontecimentos que se seguem após a prisão de um assassino serial na cidade de Porto Alegre dos Amantes. Não bastasse ter escrito um dos romances mais inventivos da ficção científica nacional, Enéias seguiu ampliando seu universo em direção a outras linguagens, incluindo vários <a data-cke-saved-href="https://brasilianasteampunk.com.br/contos/" href="https://brasilianasteampunk.com.br/contos/" target="_blank">contos</a>, um <a data-cke-saved-href="https://brasilianasteampunk.com.br/contato/educacional/" href="https://brasilianasteampunk.com.br/contato/educacional/" target="_blank">suplemento escolar</a>, <a data-cke-saved-href="https://brasilianasteampunk.com.br/audios-dramaticos/" href="https://brasilianasteampunk.com.br/audios-dramaticos/" target="_blank">áudios dramáticos</a>, um jogo de tabuleiro (<b><i><a data-cke-saved-href="https://brasilianasteampunk.com.br/cartas-a-vapor/" href="https://brasilianasteampunk.com.br/cartas-a-vapor/" target="_blank">Cartas a Vapor</a></i></b>), <a data-cke-saved-href="https://cosmonerd.com.br/a-todo-vapor-webcomics/" href="https://cosmonerd.com.br/a-todo-vapor-webcomics/" target="_blank">webcomics</a> e agora uma audaciosa <a data-cke-saved-href="https://brasilianasteampunk.com.br/personagens/" href="https://brasilianasteampunk.com.br/personagens/" target="_blank">série em live action</a>. Dá pra se perder por bastante tempo neste universo!<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-DwfSiZuFZN4/XOlMAog8epI/AAAAAAAAHXU/-MfxRIOKTZskUgewxncFwQ1tS1i6Jgv9QCLcBGAs/s1600/arcane-sally-sr-vapor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="519" data-original-width="667" height="496" src="https://1.bp.blogspot.com/-DwfSiZuFZN4/XOlMAog8epI/AAAAAAAAHXU/-MfxRIOKTZskUgewxncFwQ1tS1i6Jgv9QCLcBGAs/s640/arcane-sally-sr-vapor.jpg" width="640" /></a></div>
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<h2>
Arcane Sally & Sr. Vapor </h2>
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<a data-cke-saved-href="https://tapas.io/series/arcanesally" href="https://tapas.io/series/arcanesally" target="_blank">Lançada primeiro online no Tapas</a> em inglês e depois impressa em edição nacional numa campanha no Catarse, a história em quadrinhos <i><b>Arcane Sally & Sr. Vapor</b></i> é escrita pelo norte-americano <b>David Alton Hedges</b> com desenhos do brasileiro <b>Jefferson Costa</b> (<i>La dançarina</i>, <i>Jeremias: Pele</i>). Misturando os conceitos científicos do steampunk com fantasia (uma tendência nos últimos anos), acompanhamos Sr. Vapor, um agente da coroa britânica, e seu fiel valete Sr. Runnymede em caça a um criminoso que supostamente voltou dos mortos. Para isso eles contarão com uma nova e misteriosa parceira, Miss Sally. Essa edição nacional compila os três primeiros capítulos da webcomic (que é tudo que saiu até agora... Cadê o resto, Jefferson??).</div>
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Depois quero saber sua opinião sobre o meu cordelzinho! Tem outras indicações steampunk nacionais? Comente aí embaixo. Você pode também deixar um comentário sobre este texto no meu Facebook ou no meu Instagram.<br />
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Quer me ajudar um montão na minha carreira de escritor e roteirista? Avalie os meus livros e me siga no <a data-cke-saved-href="https://www.goodreads.com/author/show/8295304.Z_Wellington" href="https://www.goodreads.com/author/show/8295304.Z_Wellington" target="_blank">Goodreads</a> e no <a data-cke-saved-href="https://www.skoob.com.br/autor/5930" href="https://www.skoob.com.br/autor/5930" target="_blank">Skoob</a>. Lá você encontra minhas últimas leituras com alguns comentários.<br />
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Já leu <i>Quem Matou João Ninguém?</i>, <i>Steampunk Ladies</i> ou <i>Cangaço Overdrive</i>? <b>Se não</b>, compre na <b>Amazon</b> nos links abaixo. <b>Já leu?</b> Ajude a espalhar a palavra do Zé e deixe sua avaliação lá no site deles!</div>
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Alimentem as caldeiras, que tenho um quadrinho para terminar! </div>
<b></b>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-16631118723747004222019-03-29T08:26:00.001-03:002019-03-29T12:40:40.923-03:00O Príncipe Dragão (Lista do Zé #22)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-aIQnhiyBr38/XJ39TB6DWpI/AAAAAAAAHFE/ozD962zM_4Y57W7EFAfGU2zV1l9rAEh9ACLcBGAs/s1600/oprincipedragao2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="1200" height="360" src="https://3.bp.blogspot.com/-aIQnhiyBr38/XJ39TB6DWpI/AAAAAAAAHFE/ozD962zM_4Y57W7EFAfGU2zV1l9rAEh9ACLcBGAs/s640/oprincipedragao2.jpg" width="640" /></a></div>
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Olá, olá!<br />
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Com muitos projetos em andamento tá complicado impedir alguns "hiatos" nos meus textos. Nunca antes estive tão envolvido em projetos relacionados à arte como agora. Tem quadrinhos, cinema e talvez até um retorno à música em andamento. Ainda que eu não consiga dar uma data AINDA, meu próximo projeto é a continuação de <i><b>Steampunk Ladies</b></i>, quatro anos após o lançamento do primeiro volume. Segurem as pontas, por que está saindo.<br />
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Eu tinha preparado outro texto pra hoje, mas nessa semana consegui concluir a segunda temporada de <b><i>O Príncipe Dragão</i></b>, animação que eu indiquei rapidamente <a href="https://www.zewellington.com/2018/12/pra-comecar-2019-com-animacao-lista-do.html" target="_blank">no texto passado</a>. Tenho que dizer que fiquei maluco no final, pensando em várias coisas em que a série me afetou, e acabei colocando esse texto na frente para tentar convencer vocês a também conhecer a série, já que eu vejo tão poucas pessoas falando a respeito dela. Será que eu consigo?<br />
<br />
Ah, antes disso, <b><i>Cangaço Overdrive</i></b> está concorrendo ao <b>Prêmio Le Blanc de Arte sequencial, Animação e Literatura Fantástica</b> e QUALQUER PESSOA pode votar. Concorremos na categoria HISTÓRIA EM QUADRINHOS NACIONAL PUBLICADA POR EDITORA. Se curtiu o quadrinho e quer ver seu legado continuar, separe dois minutinhos pra votar neste link: <a data-cke-saved-href="http://bit.ly/CotiaraNoLeblanc" href="http://bit.ly/CotiaraNoLeblanc" target="_blank">http://bit.ly/CotiaraNoLeblanc</a><br />
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Quando numa <a data-cke-saved-href="https://pt.wikipedia.org/wiki/San_Diego_Comic-Con" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/San_Diego_Comic-Con" target="_blank">San Diego Comic-Con</a> anunciaram <i>O Príncipe Dragão</i> (<i>The Dragon Prince</i>), me empolguei bastante. À frente de qualquer descrição sobre a trama surgia apenas a frase: "Dos mesmos criadores de <a data-cke-saved-href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Avatar:_The_Last_Airbender" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Avatar:_The_Last_Airbender" target="_blank"><i>Avatar: A Lenda de Aang</i></a>)". Como grande fã de <i>Avatar</i> e de sua sucessora, <a data-cke-saved-href="http://iradex.net/4534/destrinchando-2-a-subversao-de-korra/" href="http://iradex.net/4534/destrinchando-2-a-subversao-de-korra/" target="_blank"><i>A Lenda de Korra</i></a>, era empolgante vê-los numa tentativa de criar um novo mundo de fantasia. Mas confesso a grande tristeza quando vi <a data-cke-saved-href="https://www.youtube.com/watch?v=PDMX34aeuJQ" href="https://www.youtube.com/watch?v=PDMX34aeuJQ" target="_blank">o primeiro trailer</a> de <i>O Príncipe Dragão</i>... Ao que parece o público infantojuvenil tem demonstrado uma certa aversão ao estilo tradicional de animação, o que tem feito a maior parte das produtoras apostar nas animações em 3D. Em OPD (vamos abreviar para facilitar) isso se repete, com o adicional de uma escolha questionável pela diminuição da taxa de quadros (efeito que faz parecer às vezes que estamos assistindo um <i>slideshow</i> ao invés de um desenho animado). Lá mesmo, naquele trailer, eu condenaria essa técnica. Preciso dizer que eu queimei minha língua sobre ela alguns anos depois, ao ver <i>Homem-Aranha no Aranhaverso</i>, que se utiliza muito melhor do mesmo recurso. O fato é que OPD nem de longe tem o charme da animação do teioso. Era o fim, certo? Como encarar uma animação que incomoda tanto? <b>Com um bom roteiro, claro.</b><br />
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Na trama de OPD, os irmãos e príncipes humanos Callum e Ezran começam uma inesperada parceria com Rayla, uma elfa assassina enviada para matá-los. Trabalhando em conjunto, eles embarcam em uma jornada épica na busca de paz para seus reinos em guerra.<br />
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O tal criador de <i>Avatar</i> envolvido em OPD é <b>Aaron Ehasz</b>, na verdade um dos principais roteiristas da animação já clássica da Nickelodeon. Junto dele, outras cabeças ligadas principalmente ao mercado de videogames, pessoas que contribuíram em jogos como <b><i>League of Legends</i></b> e <i><b>Uncharted</b></i> (e vale dizer que há um game de OPD já em desenvolvimento). Com um pé na jornada aventuresca da animação de Aang, mas em alguns momentos alçando voos que a aproximariam de <i>Game of Thrones</i> (ou uma versão para todos os públicos dela), a equipe de criadores e roteiristas conseguiu criar um intrigante trama que explora de forma muito competente contornos familiares e políticos.<br />
<br />
"Mas <i>Game of Thrones</i>, Zé? <b>Sério mesmo?</b>". Um dos grandes trunfos de OPD são os personagens, tão tridimensionais quanto a animação em si, o que lembra muito a série da HBO. Em muitos momentos é até difícil definir os antagonistas, criaturas tão (ou mais) interessantes que a trinca principal de protagonistas. Só no final da segunda temporada é que se tem uma dimensão maior das forças antagônicas da série (ou pelo menos eu acho que tive). Sobre os personagens, é interessante ressaltar a forma sensível como a diversidade é representada, com um casal de rainhas, um lobo deficiente físico, um pirata cego e ainda a sensacional Amaya. Esta última, uma das minhas personagens prediletas, é uma general surda e muda que se comunica com os outros personagens através de libras. Esses discursos acontecem de forma tão natural que esse é o tipo de desenho animado que eu quero que minhas filhas vejam mais e mais no futuro.<br />
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Mas o fato de ser influenciada por cenários de alta fantasia como GOT não impede que a série explore de forma muito satisfatória um dos itens obrigatórios das animações infantojuvenis: <b>o humor</b>. Mesmo em momentos mais dramáticos, os personagens ainda fazem piadas sobre suas próprias situações, equilibrando bem os positivos e negativos. O destaque fica para a personagem Claudia. Tão obscura quanto a magia que usa, Claudia tem alguns dos melhores momentos de humor, enquanto tem um dos arcos dramáticos mais misteriosos da série.<br />
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Tudo isso em apenas duas temporadas curtas de nove episódios cada. A animação, <a data-cke-saved-href="https://www.netflix.com/br/title/80212245" href="https://www.netflix.com/br/title/80212245" target="_blank">que é uma série original <b>Netflix</b></a>, parece estar ainda longe de terminar. E tem potencial para se tornar algo ainda muito maior.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-bZnCqlMTA10/XCVWi_SXzbI/AAAAAAAAHBU/iZ9bavZflVcGXI5xxDB9beZvcufmyJQagCPcBGAYYCw/s1600/the-dagon-prince.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="651" data-original-width="1300" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-bZnCqlMTA10/XCVWi_SXzbI/AAAAAAAAHBU/iZ9bavZflVcGXI5xxDB9beZvcufmyJQagCPcBGAYYCw/s640/the-dagon-prince.jpeg" width="640" /></a></div>
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Já viu <i>O Príncipe Dragão</i>? Deixe seu comentário! Você pode também deixar um comentário sobre esse texto no meu <a href="https://www.facebook.com/zewellingtonfilho/posts/1493221277475668?__xts__[0]=68.ARAtFmEjUH_-oJ2F_XpMbQPSf_eJjDW28Lx2L-Oz3SSsQfsV2Awsnox1eT8LQocbRdHowEhgIhIx3CWZr8qDqwLFUgO6gqypv440Oj1lBpwE5k_4PBqowXImpQerE-fpleZOlv9PGzZcu-FF3lhTKSsoYze8joaPIROEH_Eb1aLOyF0miXcxRaQ&__tn__=-R" target="_blank">Facebook</a> ou no meu <a href="https://www.instagram.com/p/BvlzxSzgO-f/" target="_blank">Instagram</a>.<br />
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Salvem o príncipe dragão!Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-58386525710471974702018-12-27T19:56:00.000-03:002018-12-28T09:42:45.254-03:00Pra começar 2019 com animação (Lista do Zé #21)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-sA7VpDMbj3g/XCVWcQh889I/AAAAAAAAHBI/nu0YURxY1xQnu0c-1elraC_cr2_uMBDsgCLcBGAs/s1600/Pickle-Rick.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="545" data-original-width="970" height="358" src="https://3.bp.blogspot.com/-sA7VpDMbj3g/XCVWcQh889I/AAAAAAAAHBI/nu0YURxY1xQnu0c-1elraC_cr2_uMBDsgCLcBGAs/s640/Pickle-Rick.jpg" width="640" /></a></div>
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Olá, olá!<br />
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Estranhou a falta de um "boas festas" <a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/2018/12/ccxp-como-e-estar-no-coracao-do-evento.html" href="http://www.zewellington.com/2018/12/ccxp-como-e-estar-no-coracao-do-evento.html" target="_blank">no texto anterior</a>? É por que eu ainda tinha uma carta na manga. Quem me conhece sabe que sou apaixonado por <b>desenho animado</b>, em todos os seus gêneros, espectros e nacionalidades. Inclusive, é um sonho meu um dia poder me envolver com isso. Então juntei algumas coisinhas pra começar 2019 com animação (tudunts!). Não é uma lista de melhores do ano por que a) nem tudo é de 2018 e b) bem que eu queria ter visto coisas o suficiente pra fazer uma lista dessa com propriedade mas o tempo não deixa. Por sinal, o que eu mais gosto das indicações abaixo é que são séries com episódios curtos e que são facilmente encaixáveis em momentos livres. E, tirando o bônus, todos estão disponíveis na <a data-cke-saved-href="https://www.netflix.com/br/" href="https://www.netflix.com/br/" target="_blank">Netflix</a>. Ah, para dicas diárias e em tempo real, me siga no Instagram: <a data-cke-saved-href="https://www.instagram.com/zewellington/" href="https://www.instagram.com/zewellington/" target="_blank">instagram.com/zewellington</a><br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-bZnCqlMTA10/XCVWi_SXzbI/AAAAAAAAHBM/zTnbjPM57uMZ1Slmob6r8qTF3XXsWnECQCLcBGAs/s1600/the-dagon-prince.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="651" data-original-width="1300" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-bZnCqlMTA10/XCVWi_SXzbI/AAAAAAAAHBM/zTnbjPM57uMZ1Slmob6r8qTF3XXsWnECQCLcBGAs/s640/the-dagon-prince.jpeg" width="640" /></a></div>
<h2>
1. O PRÍNCIPE DRAGÃO</h2>
Foi quase, MAS QUASE MESMO, que deixei passar <i>O Príncipe Dragão</i>. Vendida como a nova animação das mentes criativas por trás de <i>Avatar: A Lenda de Aang</i>, a série se passa num mundo fantástico que me lembra mais <i>Game of Thrones</i>. Mas se a pegada da animação é bem mais pra família, o desenho animado e a série da HBO têm mais coisas em comum: apresentam personagens complexos e a mesma perspectiva sobre as nuances complexas entre o bem e o mal. Um dos maiores exemplos é o <b>Lorde Viren</b>, antagonista dessa primeira temporada. Habilidosamente os roteiristas manipulam seus interesses entre os dois lados da trama e o espectador nem sabe direito no que acreditar. E eu poderia facilmente construir um texto sobre cada um dos três personagens do grupo principal da série ou ainda dos incríveis coadjuvantes (como Claudia e Amaya), mas não quero estragar nenhuma surpresa. Resumindo: o roteiro é definitivamente o ponto alto. Como eu disse antes, eu quase dispensei a série, por conta do seu principal defeito já presente desde o primeiro trailer: a animação. A técnica de computação gráfica estranhíssima escolhida pela produção, com uma taxa de quadros por segundo reduzida, quase põe tudo a perder. Em algumas cenas de ação mais rápidas a impressão é que o vídeo está travando. Mas vá na fé, os olhos se acostumam rápido e a história envolve de uma forma que rapidamente vai embora a curta primeira temporada.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-zMdWhd_QECo/XCVW2uh4F4I/AAAAAAAAHBY/M8Pr_0ddC3AI3H7fFaUQ-WUu3WzRpsU_gCLcBGAs/s1600/voltron.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="426" src="https://1.bp.blogspot.com/-zMdWhd_QECo/XCVW2uh4F4I/AAAAAAAAHBY/M8Pr_0ddC3AI3H7fFaUQ-WUu3WzRpsU_gCLcBGAs/s640/voltron.jpg" width="640" /></a></div>
<h2>
2. VOLTRON - O DEFENSOR LENDÁRIO</h2>
Estamos ainda naquelas produções em que, pelos trailers e divulgações, eu não daria nada. Remake de um anime da década de 80, <i>Voltron – O Defensor Lendário</i> é uma grande homenagem a essas produções de “<i>mechas</i>”, conhecidas vulgarmente como “filminhos de robô gigante”. A pegada aqui não é <i>Power Rangers</i>, mas algo mais pra <i>Macross</i> ou <i>Gundam</i>, outros clássicos japoneses. Beleza? Não, não. Esquece isso. Voltron, o robô lendário da série, se monta talvez umas quatro vezes na primeira temporada de 11 episódios da série. Capitaneado por uma experiente equipe de animação, o desenho animado ganha contornos complexos e histórias que focam no passado dos pilotos dos leões que formam o robozão. Como <i>showrunners</i> temos dois nomes quase ocultos do <i>mainstream</i>, mas que figuraram entre os principais desenhos animados lançados nos últimos vinte anos: <b>Lauren Montgomery</b> e <b>Joaquim dos Santos</b> (não estranhem o nome, Joaquim nasceu em Portugal). Os dois estiveram à frente de boa parte das boas (e algumas ótimas) animações lançadas pela DC Comics nos últimos vinte anos e ainda o já citado <i>Avatar: A Lenda de Aang</i> e sua continuação <i>A Lenda de Korra</i>. Dito isso, já se sabe o que esperar: uma trama cheia de nuances, com muita cabeça mas também bastante coração. E as lutas de robô contra monstros? Ah, tem delas também. São poucas, mas quando acontecem ocupam quase episódios inteiros e são bem empolgantes. Voltron não é a melhor coisa que você vai assistir na vida, mas vai te divertir bastante. Só vi a primeira temporada (de 2016) e assistir até a oitava já lançada é uma das primeiras resoluções para 2019.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-IEDl00lmdKE/XCVXHCp83oI/AAAAAAAAHBg/hvsq2IiwcDAZA3qe_BbVSwmGMA32zu38wCLcBGAs/s1600/hilda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="360" src="https://3.bp.blogspot.com/-IEDl00lmdKE/XCVXHCp83oI/AAAAAAAAHBg/hvsq2IiwcDAZA3qe_BbVSwmGMA32zu38wCLcBGAs/s640/hilda.jpg" width="640" /></a></div>
<h2>
3. HILDA</h2>
Provavelmente a melhor animação de 2018 na minha opinião, <i>Hilda</i> é uma adaptação da série de histórias em quadrinhos do mesmo nome, criada pelo inglês <b>Luke Pearson</b>. A animação aproveita um pouco dos quadrinhos, mas segue seu rumo próprio levando a personagem que dá nome às histórias para uma aventura na cidade. Olha, eu tenho duas filhas, uma de cinco e outra de três anos, e é um desafio diário encontrar coisas que consigam capturar a minha atenção e a delas ao mesmo tempo. Quando encontramos algo que elas gostam, é bobo demais pra mim. Aí eu encontro algo que eu gosto e parece perfeito pra elas e... Elas não tão nem aí. Quem é pai sabe como é. Por isso <i>Hilda</i> é ouro puro. Uma animação fofinha, com um design de personagens lindo, cenários de degradê hipnotizantes e trilha sonora de vídeo-game (feita pela canadense Grimes), capazes da tarefa hercúlea que é prender a atenção de uma criança com menos de dez anos. E ainda consegue usar todos esses elementos para embalar uma história poderosa, cheia de fantasia e mensagens positivas e onde nada é o que parece. E nada é por acaso também. Tudo acontece por um motivo e episódios que parecem isolados se conectam numa grande história. <i>Hilda</i> é uma verdadeira obra de arte da animação moderna. Se esse tipo de filme é a sua pegada, só veja.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-qZFu18WF5_E/XCVXX7vJGfI/AAAAAAAAHBo/M1YGJR-9GwILtE07g3x4wrB0kJBpYihMACLcBGAs/s1600/rickandmorty.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://2.bp.blogspot.com/-qZFu18WF5_E/XCVXX7vJGfI/AAAAAAAAHBo/M1YGJR-9GwILtE07g3x4wrB0kJBpYihMACLcBGAs/s640/rickandmorty.jpg" width="640" /></a></div>
<h2>
4. RICK AND MORTY</h2>
Já falei sobre as duas primeiras temporadas de <i>Rick and Morty</i> (<a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/2017/03/rick-morty-e-o-carnaval-lista-do-ze-13.html" href="http://www.zewellington.com/2017/03/rick-morty-e-o-carnaval-lista-do-ze-13.html" target="_blank">leia aqui</a>). De uns tempos pra cá o negócio virou uma febre (e foi um dos temas que mais vi na <a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/2018/12/ccxp-como-e-estar-no-coracao-do-evento.html" href="http://www.zewellington.com/2018/12/ccxp-como-e-estar-no-coracao-do-evento.html" target="_blank"><b>CCXP</b> deste ano</a>). Então corre, por que a terceira temporada tá na Netflix! Sem dar muitos spoilers, eu adianto que é a temporada mais sombria e filosófica da série. No mesmo episódio que Rick vira um pickle (<b>Pickle Rick!</b>) e protagoniza uma (VIOLENTA) homenagem ao cinema de ação das décadas de 80 e 90, temos uma análise da família dos protagonistas num consultório psicológico que é um dos diálogos mais bem escritos que assisti nos últimos tempos. <i>Rick and Morty</i> continua uma animação MUITO ERRADA (e inapropriada para menores de 18 anos). Mas ainda assim é impossível deixar de assistir.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-CE0MXH7uyd0/XCVXr3z4gyI/AAAAAAAAHBw/odWlLFZEaaY9c_lvtTtmG2LHO5WOxa5xgCLcBGAs/s1600/oswaldo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="360" src="https://1.bp.blogspot.com/-CE0MXH7uyd0/XCVXr3z4gyI/AAAAAAAAHBw/odWlLFZEaaY9c_lvtTtmG2LHO5WOxa5xgCLcBGAs/s640/oswaldo.png" width="640" /></a></div>
<h2>
5. OSWALDO</h2>
Esse é um bônus, ok? Isso por que das animações que eu tô indicando aqui <i>Oswaldo</i> é a única que não tem na Netflix (mas deve estar disponível no <a data-cke-saved-href="https://www.cnja.com.br/" href="https://www.cnja.com.br/" target="_blank"><b>Cartoon Network Já!</b></a>, para quem tem CN na sua tevê por assinatura). Vivemos um momento incrível na animação nacional. O Brasil conseguiu derrubar várias barreiras e vincular seus conteúdos em canais como <b>Discovery Kids</b>, <b>Cartoon Network</b> e os canais da <b>Disney</b>, junto com algumas das maiores produções do mundo. E não é simplesmente uma cota sendo cumprida: algumas dessas animações estão entre as mais assistidas dos canais onde são vinculadas. <i>Oswaldo</i>, que mostra o dia a dia de um pinguim de 12 anos dentro de uma família “normal”, é um desses bons exemplos. Criado por <b>Pedro Eboli</b> e pelo <b>Birdo Studio</b>, a animação é um prato cheio para quem viveu sua adolescência entre internet, RPG e vídeo-games na (não mais tão próxima) década de 90. Com roteiros espertíssimos, o desenho sabe como fazer rir. Os 13 episódios da primeira temporada têm 11 minutos cada de humor bem feito para todas as idades. <i>Oswaldo</i> foi a animação mais assistida na Cartoon Network em 2017, mesmo enfrentando gigantes como <i>Hora da Aventura</i> e <i>Steven Universo</i>. Uma façanha merecida. E a segunda temporada vem aí em 2019.<br />
<br />
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x x x </div>
<br data-cke-eol="1" />2018 foi um ano maluco pra mim. Mas foi o ano de <em>Cangaço Overdrive</em>, então acho que valeu muito a pena. Estou sendo marcado em algumas listas de melhores do ano e recebendo críticas e resenhas incríveis do trabalho (<a data-cke-saved-href="http://judao.com.br/best-of-judao-2018-da-pra-fazer-gibi-de-genero-no-brasil-sim/?utm_source=Judao&utm_medium=Home&utm_campaign=Ultimas" href="http://judao.com.br/best-of-judao-2018-da-pra-fazer-gibi-de-genero-no-brasil-sim/?utm_source=Judao&utm_medium=Home&utm_campaign=Ultimas" target="_blank">a última foi essa do <strong>Judão</strong></a>). Muito obrigado a todo mundo que comprou e/ou divulgou o quadrinho. Vocês me ajudaram a fazer esse ano um pouco melhor.<br /><br /> Para 2019 tem a continuação de <em>Steampunk Ladies: Vingança a Vapor</em> no forno, uma adaptação literária para HQ e uma vontade imensa de voltar à prosa (e, quem sabe, pelo menos terminar de escrever a primeira versão do meu primeiro romance). Existem outros projetos menores e muitos obstáculos. Mas eu sigo da mesma forma como sempre segui em toda minha vida: um passo por vez.<br />
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<br /></div>
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x x x</div>
<br />
Quer receber meus texto por e-mail? É só se cadastrar neste link: <a href="http://bit.ly/listadoze" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank">http://bit.ly/listadoze</a><br />
<br />
<i>Agora sim: um ótimo final de ano para todo mundo!</i> Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-12719910748806081652018-12-21T10:54:00.000-03:002018-12-21T11:03:29.742-03:00CCXP: como é estar no coração do evento (Lista do Zé #20)<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-xDpN4numPwc/XBzv8wG43MI/AAAAAAAAHA0/KvtSU-nKcjcWahDS-rZzdkGuACVrOQnXwCLcBGAs/s1600/Z%25C3%25A9%2BWellington%2BCCXP.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="960" height="640" src="https://4.bp.blogspot.com/-xDpN4numPwc/XBzv8wG43MI/AAAAAAAAHA0/KvtSU-nKcjcWahDS-rZzdkGuACVrOQnXwCLcBGAs/s640/Z%25C3%25A9%2BWellington%2BCCXP.jpg" width="480" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">FOTO: Autógrafos na mais perfeita ergonomia na Alley da CCXP.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
Olá, olá!<br />
<br />
Este ano lancei um quadrinho novo e já emendei a divulgação dele com a participação na <b>Comic Con Experience</b>, mais conhecida como <b>CCXP</b>,
o que deixou esse semestre bem intenso. Por sinal, vou falar um
pouquinho nesse texto da experiência de expor no evento e de participar
como artista em convenções do tipo. Vai!<br />
<h2>
No coração do entretenimento brasileiro</h2>
<br />
Só no quinto ano de realização consegui participar pela primeira vez da
CCXP, grande evento de entretenimento encabeçado pelo site <b><a href="http://www.omelete.com.br/" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank">Omelete</a></b> e pela agência <a href="http://chiaroscuro-studios.com/" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank"><b>Chiaroscuro Studios</b></a>
(além de vários outros parceiros). Embora nunca tenha participado de
eventos do tipo fora do Brasil, sei pelos depoimentos dos organizadores
que a CCXP é baseada em eventos como a <b>San Diego Comic Con</b> e a <b>New York Comic Con</b>. O <i>comic</i>
no nome já denuncia que os quadrinhos tiveram papel importante na
origem desses eventos, mas já lá fora os estúdios de cinema (e agora
também de televisão) vêm conquistando os maiores espaços de exposição.
Aqui no Brasil não é diferente: nossa versão brasileira de uma grande
convenção já é marcada pela divulgação dos grandes blockbusters
vindouros. Mas os quadrinhos resistem e estavam representados nesta CCXP
na participação de editoras como <b>Panini</b>, <b>JBC</b> e <b>Jambô</b> e ainda pela imensa <i>Artists’ Alley</i>,
local onde se concentram os chamados artistas independentes (eu poderia
fazer um texto inteiro sobre o uso do termo “independente” aqui, mas
vou deixar pra uma próxima vez).<br />
<br />
Há uma seleção acirrada pelo espaço na AA da CCXP. Foram aproximadamente
540 selecionados entre mais de 1.000 inscrições. Nós pagamos para ter
um espaço lá, um valor que, embora venha crescendo ano a ano, ainda é
menor do que o valor dos ingressos de quem vai apenas pra curtir. Para
os artistas a CCXP é trabalho PESADO. Por contrato não podemos abandonar
nosso espaço no evento. Embora na maioria dos casos as mesas do AA
sejam duplas e permitam um rodízio (e este ano tive a companhia incrível
do roteirista e letrista das estrelas <b><a href="http://justicasideral.com.br/" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank">Deyvison Manes</a></b>),
dificilmente quem está lá quer se ausentar do seu espaço, já que isso
significa perder vendas (e num evento gigante como a CCXP, é pouco
provável que alguém faça o mesmo caminho duas vezes). Em um dos dias,
fora pequenos intervalos para banheiro e lanche, cheguei a ficar 10
HORAS na minha mesa em atividade intensa. Por que se os grandes nomes
internacionais (alguns brasileiros, inclusive) podem se dar ao luxo de
ficar sentados esperando as filas de autógrafo se formarem na sua
frente, para a maior parte dos autores uma nova função na sua carreira
precisa ser desenvolvida neste período de cinco dias de evento: <b>VENDEDOR</b>.<br />
<br />
A maior parte do público passante da CCXP não consome quadrinhos. Muitos
estão cientes da existência de grandes personagens dos quadrinhos, como
Capitão América, Homem de Ferro e Superman, mas muito por conta dos
filmes dos cinemas ou dos milhares de produtos licenciados (ou não). É
nesse momento que o artista da AA precisa se apresentar e em alguns
momentos até abordar algum curioso na frente da mesa para vender seu
trabalho. Sei que para alguns colegas fazer isso é algo impensável e que
os incomoda bastante. Eu meio que venho perdendo esta vergonha de
evento pra evento, especialmente quando percebi que o que ganho desse
contato é imenso, tanto na possível conversão da compra quanto num
feedback imediato.<br />
<br />
Nesta CCXP percebi o grande acerto que foi a criação do conceito de <a href="http://www.zewellington.com/p/cangaco-overdrive.html" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank"><b><i>Cangaço Overdrive</i></b></a>,
que acabou sendo uma das grandes lições do evento. Misturar cangaceiros
e ficção científica (além da sacada do nome do projeto e da belíssima
capa feita pelo <b>Daniel Canedo</b>) gerou um grande número
de pessoas parando em frente à minha mesa. Mas nem só de abordagens a
curiosos foi feito o meu evento. Todo o trabalho que venho desenvolvendo
nestes mais de dez anos fazendo quadrinhos trouxe à minha mesa muita
gente que queria me conhecer e até mesmo completar a sua “estante do
Zé”. Cada elogio e cada “esperando a continuação” que recebia gerava uma
energia inexplicável (também conhecida como “quentinho no coração”).
Contou também ao meu favor todo esforço de divulgação que fizemos, em
mais uma parceria de sucesso com a <a href="http://www.editoradraco.com/" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank"><b>Editora Draco</b></a>,
no decorrer de 2018. Além do buzz gerado nos primeiros meses de
lançamento, antes do evento conseguimos alguns espaços importantes em
veículos conhecidos em matérias com “quadrinhos indicados para conhecer
no evento”. E aí vem o outro aprendizado: qual o melhor momento para
fazer um lançamento de quadrinhos?<br />
<br />
Primeiro tenho que destacar que, mesmo com toda minha organização para o evento, houve um ponto falho. O segundo volume de <a href="http://zewellington.com/p/steampunk-ladies.html" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank"><b><i>Steampunk Ladies</i></b></a>
deveria ser o meu lançamento para o evento, mas acabamos adiando o
lançamento para não comprometer a qualidade do produto final. Lançado há
mais de seis meses, <i>Cangaço Overdrive</i> acabou tendo que ocupar
este lugar. Eu, que sempre evitei lançar meus quadrinhos próximo a
grandes eventos por conta da grande concorrência no período (um dia
também escrevo sobre isso), percebi o quanto seria vantajoso ter algo
recente na CCXP. Meu estoque pessoal estava baixo (e preciso dizer que
voltei para casa praticamente sem NADA do que levei). A situação só não
foi pior por conta do apoio imprescindível que recebi da editora. Não
acho que seja assim para todos os artistas, tanto que conheço colegas
que não tiveram sua expectativa de vendas atendida no evento. Há algumas
variáveis aí, mas penso que a maioria delas está relacionada com a
habilidade que o artista tem para divulgar suas obras. Conta a meu favor
minha dedicação nessa área e minha experiência profissional com
marketing (meu trabalho na “vida real”). Como autor foi legal ver a
saída e o interesse nas minhas obras. E olha que já fui a eventos em que
eu tinha que me desdobrar para carregar de volta a maior parte do
estoque que tinha levado... Pra minha sorte, a CCXP se confirmou como um
local para vender, com um público sedento em consumir novidades.<br />
<br />
Fico feliz por ter conseguido participar do evento. Meu ano foi
conturbado e cheguei a desistir de ir ao evento no início do semestre.
Há muito investimento envolvido nesta viagem de mais 3.000 km e a grana
despendida, apesar de alta, nem é o maior dos gastos. Conciliar a vida
profissional e pessoal sem muitas certezas dos retornos criam uma
espécie de estresse pré-evento. Para estar na CCXP, abri mão, por
exemplo, da festinha de final de ano da escola das minhas filhas, o que
me gerou uma culpa enorme enquanto estava em São Paulo. E aí vale
destacar o GRANDE apoio que recebi da minha esposa para encarar esta
aventura. Felizmente, o resultado desta jornada foi a substituição do
estresse pré-evento por uma satisfação pós-evento. Uma boa maneira de
dar fim a 2018.<br />
<br />
P.S. IMPORTANTE: nunca mude seu cabelo antes de um evento desse por que muita gente não vai te reconhecer. <br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-99lGL_rJmHU/XBzwJTebL7I/AAAAAAAAHA4/0tJTZk9mEM0QaxAsqxe5ki7bW8xtyVyXQCLcBGAs/s1600/CCXP%2BAlley.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="640" src="https://2.bp.blogspot.com/-99lGL_rJmHU/XBzwJTebL7I/AAAAAAAAHA4/0tJTZk9mEM0QaxAsqxe5ki7bW8xtyVyXQCLcBGAs/s640/CCXP%2BAlley.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Detalhe da minha mesa na CCXP 2018.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
x x x</div>
<br />
Lá no Facebook (ou o que ainda resta dele) criei uma página, mais para
poder atender a algumas necessidades de divulgação usando anúncios. Se
você é um dos resistentes que ainda usam a rede, aproveita pra curtir: <a href="http://www.facebook.com/zewellington" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank">fb.com/zewellington</a> (inclusive você pode deixar um comentário sobre esse texto <a href="https://www.facebook.com/zewellington/posts/340453673221384" target="_blank">no post dele lá</a>).<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
x x x</div>
<br />
Ah, estou colocando tudo que leio nos meus perfis no <a href="https://www.skoob.com.br/usuario/174724" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank">Skoob</a> (<a href="https://www.skoob.com.br/autor/5930-ze-wellington" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank">me sigam também no meu perfil de autor</a>) e <a href="https://www.goodreads.com/author/show/8295304.Z_Wellington" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank">Goodreads</a> e o que assisto está indo pro <a href="https://filmow.com/usuario/zewellington/" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank">Filmow</a>. Cliquem nos links e me adicionem por lá.<br />
<br />
Já leu <i>Quem Matou João Ninguém?</i>, <i>Steampunk Ladies</i> ou <i>Cangaço Overdrive</i>? Que tal ir lá na <b>Amazon</b> e avaliá-los? Ajude a espalhar a palavra do Zé!
<br />
<ul dir="auto">
<li style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-line-height-rule: exactly;"><a href="https://www.amazon.com.br/dp/8582430620/ref=cm_sw_r_tw_dp_x_b-JeAb8E45SGN" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank"><i>Quem Matou João Ninguém?</i></a>.</li>
<li style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-line-height-rule: exactly;"><a href="https://www.amazon.com.br/dp/858243149X/ref=cm_sw_r_tw_dp_x_p.JeAbHB8J0VA" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank"><i>Steampunk Ladies</i></a>.</li>
<li style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; mso-line-height-rule: exactly;"><a href="https://www.amazon.com.br/dp/8582432402/ref=cm_sw_r_tw_dp_U_x_jJ.UAb4Z3N6PV" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank"><i>Cangaço Overdrive</i></a></li>
</ul>
<div dir="auto">
Quer receber meus texto por e-mail? É só se cadastrar neste link: <a href="http://bit.ly/listadoze" style="-ms-text-size-adjust: 100%; -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #2baadf; font-weight: normal; mso-line-height-rule: exactly; text-decoration: underline;" target="_blank">http://bit.ly/listadoze</a></div>
<br />
<i>Só vem, 2019!</i>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-15681784574016447812018-07-22T16:48:00.001-03:002018-07-22T22:31:21.156-03:00De Londres (Lista do Zé #19)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://amzn.to/2uEFL0Y" target="_blank"><img alt="https://amzn.to/2uEFL0Y" border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1154" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-eXThvLe5QfI/W1TeRnsaLOI/AAAAAAAAG_A/Y6UyfYa1dk03pD9jFUf2sU_m__vowhycgCLcBGAs/s640/Capa_Do_Inferno.jpg" width="460" /></a></div>
<br />
Olá, olá!<br />
<br />
De volta à programação normal, apresento o álbum <a href="https://amzn.to/2uEFL0Y" target="_blank"><b><i>Do Inferno</i></b></a>, de <b>Alan Moore</b> e <b>Eddie Campbell</b>. Além disso, falo um pouco de uma primeira experiência no <b>IGTV</b>, ou <b>Instagram TV</b>, onde pretendo disponibilizar algumas dicas para quem quer aprender mais sobre contar histórias. Também para quem quer produzir, divulgo no final deste texto um curso que estarei realizando no <b>Estúdio Daniel Brandão</b> ainda neste mês de julho. Embarque aí, por que já estamos zarpando!<br />
<br />
<h2 class="null">
De Londres</h2>
Não foi a primeira vez que li <b><i>Do Inferno</i></b>, clássico dos quadrinhos com roteiro de Alan Moore e desenhos de Eddie Campbell. Na primeira leitura, há mais de dez anos, lembro que uma das partes que mais me chamou atenção foi o capítulo IV, um elaborado passeio pela cidade de Londres conduzido por <b>Sir William Gull</b>, médico que viveu durante a era vitoriana e o escolhido (explico mais à frente) pelos autores como o mítico assassino <b>Jack, o Estripador</b>.<br />
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É um capítulo estranho, diga-se de passagem, já que você está no começo do livro, naquela expectativa de adentrar na investigação minuciosamente contextualizada de Moore e Campbell, e tem que encarar quase 40 páginas de conversa entre Gull e o seu cocheiro sobre a história de alguns locais de <b>Londres</b>. Confesso que na primeira leitura não entendi bem o porquê deste trecho da história, mas foi uma das partes que mais gostei, especialmente pela forma como Moore encerra o capítulo. Só uma década depois saquei o que o roteirista queria com o capítulo, além, é claro, de criar uma relação do assassino com a cidade. Um pouco antes de eu encarar <i>Do Inferno</i> mais uma vez, eu li outro quadrinho também lançado pela <b>Editora Veneta</b> no Brasil: <b><i>A vida secreta de Londres</i></b>. Organizada pelo quadrinista <b>Oscar Zárate</b>, o livro é uma coletânea de pequenos quadrinhos e contos sobre Londres. Embora, como toda coletânea, o livro tenha seus altos e baixos, uma das partes mais bacanas é o (imenso) texto introdutório, escrito pelo editor <b>Rogério de Campos</b>. Nele, o editor se dedica a apresentar as origens da <b>psicogeografia</b>, termo cunhado pelo pensador francês <b>Guy Debord</b>, em 1955, para tratar dos efeitos que o ambiente geográfico opera sobre as emoções e o comportamento dos indivíduos. Não sou um estudioso do assunto e é provável que eu erre ampliando e simplificando esta definição, mas ainda assim eu vou tentar: imagine um grupo de pessoas que tenta entender o efeito dos lugares (ou da história deles) nas pessoas. Na introdução de <i>A vida secreta de Londres</i> sabemos que <b>Iain Sinclair</b>, um dos mais importante nomes da psicogeografia, é um dos autores que mais influenciou Alan Moore (ambos inclusive participam desta coletânea).<br />
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E aí nós voltamos ao quadrinho, que tem seu roteiro embasado principalmente no livro <b><i>Jack The Ripper: The Final Solution</i></b> (1977), de <b>Stephen Knight</b>, que supõe que Sir William Gull, que chegou a ser médico da Rainha Vitória e da Coroa Britânica, seria o culpado pelos famosos assassinatos de cinco prostitutas durante o ano de 1888, numa conspiração arquitetada pela <b>Maçonaria</b>. O roteiro de Moore é meticuloso, costurando vários acontecimentos da época, documentos oficiais e tudo mais que se sabe (e também o que se supõe) sobre os assassinatos. Antes de se tomar tudo como verdadeiro, vale ler o imenso apêndice do livro, onde Moore comenta praticamente PÁGINA A PÁGINA os acontecimentos da HQ, revelando o que é real e comprovado e o que foi "mudado para fins ficcionais".<br />
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Até hoje não há consenso sobre quem foi o estripador e vez por outra, mesmo os crimes já completando seus 130 anos, algum fato novo surge. O último (que eu tenho conhecimento) foi a descoberta do DNA de um dos principais suspeitos da época, o barbeiro polonês <b>Aaron Kosminski</b>, em um xale de uma das vítimas. Ainda que esta descoberta encontre vários contestadores, reli <i>Do Inferno</i> com esta notícia na cabeça e imaginando como Moore gastou sua energia apostando num culpado que um dia pode ser inocentado, num tijolo de mais de 600 páginas, e como isso poderia fazer a obra perder sua relevância. Bobagem minha. Antes de ser uma história policial, o quadrinho é uma poderosa carta de amor e de ódio à Londres. Neste sentido, <i>Do Inferno</i> seguirá ainda durante muito tempo como um clássico dos quadrinhos.<br />
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Ainda assim, lá no final, em um dos apêndices desta edição brasileira da Veneta, Moore conta numa pequena história em quadrinhos a sua relação com o tema e como a obsessiva busca pelo verdadeiro estripador foi capaz de criar grandes “telefones sem fio” na história deste caso e mexer com todos aqueles que se debruçaram sobre o caso, ele mesmo incluso. E eu, como roteirista e escritor, entendi bem o ponto de Mr. Moore sobre como imergir num assunto pode neblinar os pensamentos de um contador de histórias. A mesma neblina londrina que, ano a ano, escurece as possibilidades de um dia sabermos quem foi o verdadeiro assassino.<br />
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Recentemente o Instagram disponibilizou o <b>IGTV</b>, uma estrutura para vídeos mais longos voltada especialmente para quem produz conteúdo. Resolvi fazer uma primeira experiência na ferramenta com um vídeo sobre <b>estrutura narrativa</b>. Para conferir, é só procurar meu perfil lá no Instagram: <a data-cke-saved-href="http://instagram.com/zewellington" href="http://instagram.com/zewellington" target="_blank">@zewellington</a>.<br />
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É sempre bom lembrar: responda este e-mail com seu comentário e ele chega na minha caixa de entrada. Você pode também deixar um comentário sobre esse texto no meu Facebook, <a data-cke-saved-href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1158225367641929&set=a.121068434690966.21211.100003634308947&type=3" href="https://www.facebook.com/zewellington/posts/1300877616710036" target="_blank">no post sobre ele</a>.<br />
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Ah, estou colocando tudo que leio nos meus perfis no <a data-cke-saved-href="https://www.skoob.com.br/usuario/174724" href="https://www.skoob.com.br/usuario/174724" target="_blank">Skoob</a> (<a data-cke-saved-href="https://www.skoob.com.br/autor/5930-ze-wellington" href="https://www.skoob.com.br/autor/5930-ze-wellington" target="_blank">me sigam também no meu perfil de autor</a>) e <a data-cke-saved-href="https://www.goodreads.com/author/show/8295304.Z_Wellington" href="https://www.goodreads.com/author/show/8295304.Z_Wellington" target="_blank">Goodreads</a> e o que assisto está indo pro <a data-cke-saved-href="https://filmow.com/usuario/zewellington/" href="https://filmow.com/usuario/zewellington/" target="_blank">Filmow</a>. Cliquem nos links e me adicionem por lá.<br />
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Já leu <i>Quem Matou João Ninguém?</i>, <i>Steampunk Ladies</i> ou <i>Cangaço Overdrive</i>? Que tal ir lá na <b>Amazon</b> e avaliá-los? Você ajuda a mais pessoas saberem se os livros são para elas. Não tem ainda? Aproveita o Black Friday do site, por que eles estão com desconto:</div>
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Gostaria de receber meus textos por e-mail? Inscreva-se em: <a data-cke-saved-href="http://bit.ly/listadoze" href="http://bit.ly/listadoze" target="_blank">http://bit.ly/listadoze</a></div>
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<i>See you!</i>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38696113.post-29096489250201199022018-04-24T00:19:00.002-03:002018-04-24T08:45:55.716-03:00Imprimi o livro. Acabou? (Lista do Zé #18)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Beqq4j_GCSE/Wt6hKfsOxoI/AAAAAAAAG7I/8XLpBOUyWEMs_Eul9jPWX7eET9KS--04QCLcBGAs/s1600/lancamento%2Bq.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="640" src="https://2.bp.blogspot.com/-Beqq4j_GCSE/Wt6hKfsOxoI/AAAAAAAAG7I/8XLpBOUyWEMs_Eul9jPWX7eET9KS--04QCLcBGAs/s640/lancamento%2Bq.png" width="640" /></a></div>
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Olá, olá!<br />
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Como já tinha adiantado para você, meu novo quadrinho, <i><b>Cangaço Overdrive</b></i>, é real, e já está chegando nas pessoas!<br />
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Para quem quiser pegar o seu diretamente das mãos da galera que produziu, a partir deste sábado começaremos uma série de eventos de lançamentos:<br />
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<li><b>28/04, 15h</b> - lançamento e bate-papo na <b>Reboot Comic Store</b>, em Fortaleza/CE</li>
<li><b>05/05, 19h</b> - lançamento e bate-papo na <b>Livraria Pensar</b>, em Sobral/CE</li>
<li><b>12/05, 19h</b> - lançamento e bate-papo na <b>Fafidam Uece</b>, em Limoeiro do Norte/CE</li>
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Não é do Ceará? Vou deixar a dica de ouro: na <b>Amazon</b>, a HQ está saindo com um descontão e frete grátis na promoção do <b>Dia Mundial do Livro</b>:<br />
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<li><a data-cke-saved-href="https://www.amazon.com.br/Cangaço-Overdrive-Zé-Wellington/dp/8582432402" href="https://www.amazon.com.br/Canga%C3%A7o-Overdrive-Z%C3%A9-Wellington/dp/8582432402" target="_blank"><i><b>Cangaço Overdrive</b></i>, de R$ 37,90 por R$ 30,00</a> (depois que colocar no carrinho, use o cupom <b>FRETEGRATIS</b>)</li>
</ul>
Mas o que acontece com o quadrinista depois que seu livro já está impresso?<br />
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A vida pós-impressão</h1>
Saiu o livro! Acabou o trabalho? Com certeza, não.<br /><br />O livro ainda nem tinha saído da gráfica, atualizo contatos de imprensa. Lá no <a data-cke-saved-href="http://mailchimp.com/" href="http://mailchimp.com/" target="_blank"><strong>MailChimp</strong></a> já está tudo mais ou menos organizado em listas. Discussão com a editora para fechar um texto para imprensa e escolha das páginas para divulgar. Disparo de e-mails. Muitos feedbacks positivos (“baita sacada esse título”). Muita gente pedindo entrevista. Um jornal de Brasília escreve uma maravilhosa nota para o livro, mesmo ninguém de fora da equipe tendo lido ainda. Muita gente pedindo o livro. Alguns canais “com ótimos preços para reviews de livros de autores iniciantes”.<br /><br />Não dá pra mandar livro para todo mundo da imprensa. Então escolho, escolho, escolho. Visito site de jornal, visito blog, visito Instagram e YouTube (esses dois últimos entre os canais mais relevantes, diz o editor). Escolho, escolho, escolho. Entro em contato com os “escolhidos”. Muitos ficam felizes. Alguns não respondem. Outros dizem não receber livros. Ok, tudo bem, obrigado, espero que goste. Empacoto livros, escrevo dedicatórias individuais. Durmo tarde nesse dia.<br /><br />Mando mensagens para amigos: me chamem para podcasts, qualquer um que aceite um jabá no final. Gravo podcast sobre cyberpunk, gravo podcast sobre Instagram e gravo podcast sobre Nicolas Cage (sério).<br /><br />Configuro o <a data-cke-saved-href="https://www.google.com/alerts" href="https://www.google.com/alerts" target="_blank"><strong>Google Alertas</strong></a> para receber e-mail sobre qualquer menção ao livro na internet. A ansiedade é grande, abro o Twitter e já tem o nome do livro escrito na caixa de busca. Mas não dá tempo de ficar nervoso, pois é hora de pensar nos eventos de lançamento.<br /><br />Reservo local. Mando fazer banner. Será que vai alguém?<br /><br />Tem mais? Tem sim, o livro saiu de edital: tenho prestação de contas para fazer, tenho relatório para fazer.<br /><br />Enquanto isso, a equipe do <a data-cke-saved-href="http://www.zewellington.com/2018/01/um-2017-cyberpunk-lista-do-ze-16.html" href="http://www.zewellington.com/2018/01/um-2017-cyberpunk-lista-do-ze-16.html" target="_blank">outro quadrinho para lançar este ano</a> cobra o roteiro. Daqui a pouco vai começar tudo novamente.<strong> Ainda bem</strong>.<br />
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Ah, estou colocando tudo que leio nos meus perfis no <a data-cke-saved-href="https://www.skoob.com.br/usuario/174724" href="https://www.skoob.com.br/usuario/174724" target="_blank">Skoob</a> (<a data-cke-saved-href="https://www.skoob.com.br/autor/5930-ze-wellington" href="https://www.skoob.com.br/autor/5930-ze-wellington" target="_blank">me sigam também no meu perfil de autor</a>) e <a data-cke-saved-href="https://www.goodreads.com/author/show/8295304.Z_Wellington" href="https://www.goodreads.com/author/show/8295304.Z_Wellington" target="_blank">Goodreads</a> e o que assisto está indo pro <a data-cke-saved-href="https://filmow.com/usuario/zewellington/" href="https://filmow.com/usuario/zewellington/" target="_blank">Filmow</a>. Cliquem nos links e me adicionem por lá.<br />
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Quer me ajudar na divulgação de Cangaço Overdrive? Que tal deixar uma avaliação para eles e fazer outras pessoas se interessarem?</div>
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<li><a data-cke-saved-href="https://www.goodreads.com/book/show/39354717-canga-o-overdrive" href="https://www.goodreads.com/book/show/39354717-canga-o-overdrive" target="_blank"><i>Cangaço Overdrive no Goodreads</i>.</a></li>
<li><a data-cke-saved-href="https://www.skoob.com.br/livro/766267ED770209" href="https://www.skoob.com.br/livro/766267ED770209" target="_blank"><i>Cangaço Overdrive</i> no Skoob.</a></li>
<li><a data-cke-saved-href="https://www.amazon.com.br/dp/8582432402" href="https://www.amazon.com.br/dp/8582432402" target="_blank"><i>Cangaço Overdrive</i> na Amazon.</a></li>
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<i>See you, space cowboy!</i>Zé Wellingtonhttp://www.blogger.com/profile/09997996752274740906noreply@blogger.com1